O carro é um bem de alto valor que passou a se tornar cada vez mais comum no cotidiano do brasileiro. Se antes as pessoas se organizavam para a compra de um modelo zero km, atualmente, com tantas opções e modelos para todos os gostos, a oferta de veículos aumentou exponencialmente.
Existem carros para quem pretende trabalhar ou modelos mais potentes para quem gosta de pegar estrada em alta velocidade. Também tem opções para transportar pequenas cargas, enfrentar estradas esburacadas e até mesmo para uma família de sete pessoas.
A verdade é que, para cada fase de nossas vidas, um tipo de carro tende a ser mais adequado. E isso de certa forma ajuda a movimentar o setor, que hoje também se preocupa bastante com os chamados seminovos, ou seja, carros que foram usados por pouco tempo e apresentam boas condições de venda.
Por conta disso, muitas pessoas passam pelo processo de comprar e, também, de vender o seu veículo. Atualmente, existem diversas formas de trabalhar com o processo de venda: você pode fazer isso diretamente com o interessado, negociar com uma revendedora ou concessionária a compra do seu veículo ou contar com uma plataforma que realiza esse tipo de intermediação.
Mas, quem já passou ou avaliou esse processo sabe muito bem que a venda de um veículo não é assim tão simples. Ela envolve uma série de detalhes que precisam ser considerados, para que consiga fazer um bom negócio para ambas as partes. É, sim, responsabilidade do dono do veículo ser transparente em relação a tudo o que envolve o carro - e ele pode se preparar para oferecer um carro atrativo ao próximo comprador, com um valor justo.
O momento para a venda de carros é bom, afinal, as pessoas estão mais interessadas em seminovos, já que os zero km estão com preços elevados devido à inflação e crise dos microchips. O ano de 2022, por exemplo, mostra que as vendas de veículos novos não vão muito bem: houve uma queda de 14,5% no primeiro semestre de 2022, segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Com isso, o interesse em compra de seminovos ou usados há mais tempo fica mais aquecido, mostrando uma boa oportunidade para uma negociação com o seu veículo que você quer vender.
Mas, de que tipos de cuidados estamos falando quando o objetivo é vender o seu carro? Iremos explicar tudo a seguir, confira.
Cuidados com a conservação do veículo
A seguir, vamos apresentar algumas dicas importantes para que você consiga manter a preservação do seu veículo.
Cuide bem do seu carro
A aparência do carro é a primeira coisa que os interessados na compra analisam. Não é por menos: o visual do carro gera uma identificação com o comprador. Quando ele se vê como dono de um carro que esteja com boa aparência, as chances de se ter uma boa experiência de compra aumentam bastante.
Se o carro teve alguns arranhões que danificaram a pintura, por exemplo, vale a pena passar na funilaria para cuidar dos reparos. Um bom profissional com martelinho de ouro pode cuidar de pequenos amassados na carroceria. Fique atento a outras questões, como o polimento, para que o seu veículo mantenha uma boa aparência mesmo antes do processo de venda.
Algumas dicas que podem evitar o desgaste da pintura do carro: não deixe-o muito exposto ao sol e tome cuidado com as chuvas. O sol forte após um temporal pode queimar a pintura do seu carro.
Vale lembrar que o cuidado vai muito além do aspecto estético. Condutores que dirigem de forma perigosa, por exemplo, podem exigir mais do motor do veículo, fazendo com que ele se desgaste em tempo mais rápido.
O interior do carro também costuma ser observado com cautela por possíveis compradores. Limpe bem o estofado antes de anunciar sua venda: caso o carro tenha bancos de couro, utilize produtos adequados para mantê-lo com aspecto brilhoso, como se estivesse novo. Uma boa lavagem interna antes da transação pode deixá-lo com o aspecto ideal para despertar interesse no possível comprador, portanto, não deixe de passar no lava-rápido antes de mostrar seu veículo.
Preserve os equipamentos originais do seu veículo
Existem compradores que apreciam carros ‘tunados’, com suspensão rebaixada e rodas com aros gigantes. Embora esses quesitos favoreçam a estética de alguns modelos, no geral um carro que foi modificado tende a ser ainda mais desvalorizado como revenda, principalmente em concessionárias.
Quem possui carro personalizado precisa fechar uma venda no particular, caso queira ter lucro. É mais comum que esse tipo de carro atenda a um público específico, que esteja disposto a pagar a mais por um veículo personalizado.
Mas, se você realmente se preocupa com a valorização do seu veículo, o ideal é manter as peças originais: suspensão, rodas e, principalmente, pintura. Ter cuidado para não bater ou arranhar a carroceria do veículo é importante, embora inevitável em alguns momentos. Quando isso acontecer, opte por reparos ou pela troca total de algum componente que seja original de fábrica.
Isso exige reparar o seu veículo em mecânicos de qualidade, sempre prezando por um serviço que não vá prejudicar a revenda que planeja.
A não ser que os itens incrementais venham de fábrica, a personalização do carro, além do dinheiro gasto, faz com que o preço final do veículo despenque.
Cuide bem da limpeza do carro
Na hora de tentar vender o carro, certifique-se de que ele esteja bem limpo. Isso vai além de uma lavagem completa com cera; observe a situação do estofado, se os tapetes estão bem conservados e se os pneus estão em boa conservação.
Como já antecipamos, isso faz parte do processo de ‘cuidar bem’ do seu veículo. Porém, você pode ir muito além do quesito limpeza.
Para cuidar bem da limpeza, você pode contratar serviços profissionais que eliminam germes e utilizam aspiradores de alta temperatura para higienizar todas as partes do carro - inclusive o motor.
A higienização é uma limpeza profunda feita no interior e exterior do carro. Seu principal objetivo é impedir que alguns fungos e germes possam surgir dentro do seu veículo.
Ela deve ser feita por profissionais qualificados que vão desmontar algumas partes do seu carro e tenham à disposição bons equipamentos para limpeza.
Na primeira parte desse processo, o profissional retira os bancos, carpete e o estepe do carro. Ele aplica um produto com propriedade para eliminar germes e faz uma limpeza profunda em partes como o porta-luvas e porta-objetos, que nem sempre passam por uma limpeza profunda no processo de lavagem rotineira do veículo.
Depois disso, o profissional utiliza o extrator, um tipo de aspirador que funciona em altas temperaturas, podendo chegar a até 180ºC. O objetivo do extrator é tirar toda a umidade do produto utilizado para acabar com fungos e bactérias.
O ideal é conduzir uma limpeza desse tipo de uma a duas vezes por ano, para que seu veículo atenda a condições mínimas de higiene e tenha sua parte interna mais preservada.
Guarde o manual e a chave reserva
O manual do carro possui os carimbos de todas as revisões obrigatórias feitas nas concessionárias. Trata-se de um documento importante para quem pretende comprar um carro seminovo que ainda está na garantia do fabricante.
Além, claro, de ter todas as orientações e diretrizes para que o novo comprador possa utilizar o veículo da melhor forma possível.
Por mais que o interessado na compra muito provavelmente saiba como conduzir o carro, existem diversos detalhes e aspectos técnicos que estão descritos somente no manual e podem ser úteis como consultas futuras.
Quanto à chave reserva, além de servir como uma garantia ao novo proprietário, mostra que os donos anteriores preservaram bem o veículo, a ponto de manter intacta a chave original.
Mantenha os comprovantes de manutenções
Uma das maiores preocupações dos novos compradores é entender a quantidade de manutenções pelas quais o veículo passou. Nesse caso, a transparência é extremamente importante.
Por mais que o manual do veículo possua o registro das primeiras revisões, é comum que um veículo passe por manutenções adicionais após expiração da garantia do veículo.
Aliás, quanto mais velho for o carro, maiores são as chances de ter que levá-lo mais vezes ao mecânico para lidar com problemas de manutenção.
Mostre o comprovante das manutenções, para que o possível comprador conheça melhor o histórico do veículo e tenha melhor decisão de compra.
As trocas de óleo, que geralmente devem acontecer a cada 10 mil km rodados com o veículo, também precisam ser registradas, para que o novo comprador possa programar melhor quando realizar o próximo ciclo.
Além de oferecer mais segurança ao comprador, você evita possíveis dores de cabeças de novos proprietários questionando a situação do veículo após concluir a transação.
Transação do veículo
Para uma boa experiência, vamos apresentar agora os principais cuidados na hora da negociação de venda do seu veículo.
Defina um valor para o seu carro
Saber identificar o preço de um carro já foi uma tarefa bem complicada. Hoje em dia, felizmente, existem diversas ferramentas que ajudam a definir um valor justo para você prosseguir com a venda do seu veículo.
Consulte a Tabela Fipe, primeiramente, para saber qual é o valor médio do seu veículo. Vale lembrar que o valor tabelado considera veículos que não passaram por avarias significativas.
Outra forma de chegar a um valor é pesquisar por sites e plataformas que trabalham com compras e vendas de veículos. Sites como OLX, Mercado Livre e Webmotors são alguns dos mais conhecidos quando se trata de saber o valor de carros novos e usados.
Se preferir, você pode fazer uma pesquisa de campo nas concessionárias e revendedoras, para ter mais comparativos. Considere a qualidade do seu carro e o estado de conservação antes de determinar um valor considerado justo.
Dessa forma, você conseguirá estabelecer um valor competitivo o suficiente para atrair mais interessados.
Faça uma perícia no seu veículo
Quem vai comprar o seu carro certamente irá fazer o possível para avaliar todos os aspectos. É comum se deparar com pessoas que levam o seu mecânico de confiança, para avaliar condições de peças e do motor, a fim de encontrar brechas que justifiquem uma diminuição no valor estabelecido para a compra do carro.
Uma forma de se antecipar a isso é contratar uma empresa que realiza uma perícia de forma preventiva. Eles emitem um parecer que deixa bem transparente quais são os problemas e reparos que foram realizados. Isso gera mais confiabilidade na transação - tanto que você pode se sentir mais seguro para determinar o melhor preço para o seu veículo.
Saiba vender seu carro na hora certa
Identificar o momento certo de vender o seu carro pode ser crucial. Avalie se:
O carro ainda está em boas condições: com boa aparência, baixa quilometragem e poucas idas ao mecânico, por exemplo, para que se mantenha valorizado;
As pessoas estão interessadas em seminovos: com a queda na compra de carros zero km, as pessoas tendem a procurar mais por seminovos, porque não querem perder o valor de compra em uma concessionária, por exemplo;
Você não será prejudicado se não vender tão rápido: a pressa pode fazer com que as pessoas tomem decisões ruins. Independente do motivo que o faça vender seu carro, é importante ter paciência, para que consiga fazer uma transação vantajosa para ambas as partes;
Evite circular com o carro quando tiver a intenção de vender: muitos podem esquecer, mas circular com o carro é deixá-lo vulnerável a situações que podem prejudicar seu processo de venda - por exemplo, passar por uma batida, obter mais algum tipo de arranhão ou até mesmo comprometer parte da mecânica de seu veículo. Por isso, o ideal é circular o menos possível com o veículo até conseguir vendê-lo.
Cuidado ao vender pela internet
Um dos maiores pontos de compra e venda de carro atualmente são os sites de revenda. Eles são muito boas opções para dar mais visibilidade na hora da venda do carro, e grandes facilitadores. Vale lembrar que, após a pandemia de Covid-19, mais pessoas passaram a considerar a internet em seu processo de compra, e isso também é válido na hora de avaliar a compra de um veículo.
De qualquer forma, ainda é preciso ficar muito atento aos golpes e fraudes que podem ser aplicados. Por isso, existem regras de segurança para você se certificar que está fazendo seu negócio com a maior segurança possível.
Um dos golpes mais frequentes nessas situações é marcar o encontro para ver o carro, e em seguida assaltar o dono do carro, muitas vezes levando o próprio carro. Também é comum o comprador chegar a dar uma entrada e fugir com o carro, sem pagar o preço completo.
Por isso, quando você fizer o anúncio de venda pela internet e for mostrar o carro para o possível comprador, marque o encontro em um lugar público, com uma boa quantidade de pessoas por perto. Nunca marque na sua própria casa, pois o ladrão pode ainda por cima estar de olho para assaltar sua residência. Especialistas sugerem estacionamentos de lugares públicos, como parques e shoppings. De preferência faça esse processo com mais pessoas, principalmente se você for mulher (que são os alvos preferidos dos bandidos).
Atenção na hora de fechar o negócio
Se você estiver lidando direto com o comprador, não parcele o valor do veículo por conta própria. Como dissemos, é comum os golpistas falarem que vão pagar o restante no mês seguinte e desaparecer.
Só aceite parcelamentos, caso você esteja lidando com uma concessionária, empresas especializadas em vendas de carros, ou caso seja uma pessoa do seu convívio que você confia. Ter uma plataforma ou instituição financeira intermediando todo esse processo é importante, porque dá garantia de recebimento do valor acordado.
Contar apenas com o fator ‘confiança’ pode ser extremamente prejudicial - por mais que esteja vendendo seu veículo para algum parente ou amigo próximo. Sempre busque uma forma de se conectar a algum intermediário para realizar a venda e, assim, garantir o recebimento de seu valor, sem ter que cobrar pessoalmente o novo dono.
Certifique-se também que o valor foi transferido para a sua conta. Os golpistas também costumam fazer depósitos falsos para pegarem o carro, e você só descobre quando o depósito não cai na sua conta. Então não deixe de checar no banco se o valor está correto e já na sua conta bancária.
Atenção após fechar o negócio
Para evitar que multas e eventuais cobranças ainda cheguem na sua casa é essencial fazer todo o processo completo de transferência do veículo. O prazo para cumprir a transferência é em até 30 dias depois do preenchimento do Certificado de Registro (CRV). Inclusive existe uma multa para caso esse prazo não seja cumprido.
É de suma importância que você preencha o CRV (Certificado de Registro) para não correr o risco de que eventuais golpistas preencham com dados falsos ou até mesmo passem o veículo para outra pessoa sem o seu conhecimento.
Depois do processo concluído, não esqueça de manter toda a documentação guardada para você conseguir comprovar que o veículo foi vendido de forma correta, evitando maiores problemas no futuro.
Por último, leve os documentos ao DETRAN e comunique que você não é mais dono do veículo. Assim como guardar os documentos e preencher o CRV, essa etapa conclui o processo e faz com que seu nome seja desvinculado do veículo.
É essencial tomar o máximo de cuidados nessa hora justamente para que você não tome multas ou sofra eventuais golpes por uma propriedade que não é mais sua.
O que as pessoas levam em consideração na hora de comprar um carro
Quem possui um carro certamente sabe como funciona o processo de compra. Muitas vezes a própria venda do seu veículo é uma forma de estar mais capitalizado para a compra de um novo, que atenda às necessidades atuais.
Porém, muitas pessoas que pretendem vender o carro acabam se esquecendo do que faz uma pessoa considerar a compra de um veículo.
Vamos mostrar alguns dos pontos principais a seguir.
Pessoas compram um carro por um motivo
Por mais que você saiba que está vendendo seu carro por um bom preço, pode ser que ele não atraia a quantidade de pessoas que você gostaria.
Isso porque existem diversos motivos para que uma pessoa leve em consideração a compra de um veículo.
Quem mora sozinho, por exemplo, pode procurar um modelo mais econômico para lidar com os afazeres. E, quem tem uma grande família, provavelmente irá procurar modelos mais espaçosos, às vezes um sedã ou uma SUV, por exemplo.
Quem precisa de um carro para trabalhar precisa considerar o consumo - principalmente a relação de quilômetros por litro de combustível. Quanto maior a quilometragem por litro, mais econômico o carro é. Pessoas com este perfil tendem a considerar modelos flex (que dão a possibilidade de abastecer tanto com etanol, como gasolina) ou até mesmo um carro que possua a opção de kit gás, que pode deixar seu modelo mais econômico.
Interessados fazem comparativos de modelos
Muitas vezes as pessoas criam um método próprio para se organizar durante um processo de compra de carro. Elas podem contar com aplicativos de finanças ou até mesmo a utilização de uma planilha para este processo.
É comum que os interessados observem os seguintes aspectos de compra:
Consumo: é o total de quilometragem por litro que o veículo faz com o combustível. Além dos carros convencionais, atualmente o mercado tem contado com carros híbridos ou totalmente elétricos - que, embora economizem bastante, custam bem mais caro que os demais veículos.
Manutenção: saber o valor das peças do veículo ou até mesmo a sua oferta no mercado nacional é outro aspecto considerado por compradores. Por mais que não se esteja pensando em levá-lo ao mecânico tão cedo, este fator é importante, porque vai influenciar nos gastos correntes com o veículo.
Potência: se a ideia é ter um carro para passeio ou para viajar, a potência é um fator a ser levado em consideração. Quem gosta de acelerar bem nas avenidas e estradas, precisa de um veículo que entregue o que precisa. Além do mais, a potência ajuda a entender se um modelo pesado demais não terá sua performance comprometida, por exemplo.
Capacidade de revenda: uma pesquisa na tabela Fipe pode ajudar a entender se o carro a ser comprado costuma se valorizar ou não. É possível pesquisar na ANFAVEA quais são os modelos mais procurados e emplacados pelos consumidores, para saber se o seu veículo terá um bom preço quando decidir vender ou trocar.
Preço: o preço, claro, é determinante para a escolha do seu carro. Veja se o valor final está condizente com o mercado, para que possa atrair uma quantidade relevante de interessados. Vale destacar que as pessoas deixam de comprar carros mais caros para não lidar com dívidas mais altas, como IPVA e seguro, por exemplo, que são calculados sobre o valor venal do veículo.
Quais são as formas de pagamento por um veículo?
A pessoa interessada na compra precisa avaliar as opções que possui na hora de comprar o seu carro. Vamos apresentar algumas delas.
Pagamento à vista
Assim como qualquer compra que fazemos em nossas vidas, também é possível juntar dinheiro para pagar o veículo à vista. Por se tratar de um bem de alto valor, isso pode representar um esforço maior do que qualquer outro tipo de compra.
A vantagem do pagamento à vista é que o interessado não estende a dívida. Ao efetuar o pagamento, ele já pode levar o veículo quitado e não precisa se preocupar em pagar mensalidades.
Financiamento
Uma das formas mais conhecidas para viabilizar a compra de um veículo é o financiamento. Por esse método de compra, o interessado precisa entrar em contato com uma instituição financeira, que vai avaliar os rendimentos mensais e status de bom pagador para a possível liberação. Depois desse processo, a instituição quita a compra do bem com a empresa ou o proprietário e forma uma dívida para o comprador.
Para isso, ela exige um valor de entrada, que geralmente representa 20% do total do bem. Por exemplo, se você vender o seu carro por R$ 80 mil, significa que o interessado necessita de pelo menos R$ 16 mil de entrada.
O valor restante é parcelado, com acréscimo de juros compostos (que são juros sobre juros). Quanto maior a quantidade de parcelas do financiamento, maior é a quantidade de juros a serem pagos para a instituição financeira na compra.
Com tudo aprovado, o consumidor sai com o modelo na hora e precisa se comprometer com o pagamento das mensalidades. A principal desvantagem do financiamento é que o valor a prazo do seu veículo fica bem acima do valor do carro - em muitos casos, o interessado pode pagar mais que o dobro de seu valor original no total a prazo.
Vale destacar que o financiamento de um carro geralmente precisa de uma empresa intermediando o processo.
Consórcio
A melhor forma de investir em um bem de alto valor, como um carro, sem ter que se endividar, é com o consórcio.
Isso porque ele funciona como uma espécie de autofinanciamento: o interessado determina o valor que quer investir para a compra e a quantidade de parcelas que vai pagar.
Diferentemente de outros tipos de compra, com o consórcio é necessário que o interessado esteja com o valor da carta de crédito, que equivale ao bem que deseja comprar.
Este valor tem poder de compra à vista, facilitando bastante a negociação de compra do seu veículo.
Conheça o consórcio de carros
O consórcio é uma forma de investir em um bem de alto valor de forma parcelada, sem ter a necessidade de pagar valor de entrada ou juros nas mensalidades.
Para isso, o interessado define o valor que gostaria de pagar pelo bem por meio da carta de crédito. Ao fazer um consórcio, na verdade, o consumidor está investindo no valor que selecionou como carta.
A aquisição do bem acontece quando ele é contemplado com o valor da carta de crédito. Isso pode acontecer de duas formas:
Sorteios mensais: desta forma, todos os consorciados de um mesmo grupo possuem as mesmas chances de serem contemplados. O sorteio acontece mensalmente e pode ser que o consorciado tenha acesso à carta de crédito tanto nos primeiros, quanto nos últimos meses de pagamento da sua cota, afinal, nenhuma administradora pode prometer o momento exato em que cada consorciado será contemplado.
Oferta de lance: o lance é um valor a mais que cada consorciado pode tentar em uma assembleia. Pelo lance livre, que é a modalidade mais comum, o maior valor define o vencedor. Porém, existem outros tipos de lance, como lance fixo, em que um valor é prefixado e, então, é feito um sorteio entre os interessados, e o lance embutido, que permite utilizar até 25% do valor da cota para a proposta de lance.
Para fazer um consórcio, primeiramente, é necessário ter em mente o valor do modelo que deseja comprar. Você pode iniciar um consórcio enquanto faz a pesquisa do carro. E, quando já tiver em mente o valor de compra, pode realizar o processo de simulação.
Antes de tudo, selecione uma administradora que tenha autorização do Banco Central do Brasil (Bacen) para funcionamento, como a Embracon. Selecione o consórcio de automóveis e faça a simulação, inserindo o valor de carta de crédito, que equivale ao total do bem, e a quantidade de mensalidades.
Você pode simular a compra quantas vezes quiser. O objetivo é encontrar um valor de mensalidade que caiba em seu bolso.
Depois disso, um especialista de consórcio entra em contato e tira todas as dúvidas relacionadas ao consórcio. Após assinatura do contrato, você entra em um grupo e pode participar das assembleias.
Com o acesso à Área de Clientes, você verifica as datas das assembleias. É preciso estar com o pagamento em dia das mensalidades de seu consórcio para participar.
Uma das maiores vantagens da carta de crédito é seu poder de compra à vista. Isso dá uma boa margem de negociação na hora de escolher o carro que deseja comprar.
