Como escolher o primeiro carro

Como escolher o primeiro carro

Comprar um automóvel é o sonho de consumo de muita gente. Na verdade, esse é o sonho de consumo mais comum do brasileiro. Tanto é assim que começa bem cedo, quando tiramos a carta pela primeira vez. No entanto, qual é o melhor primeiro carro para ter?

Se você acabou de tirar a CNH e quer comprar um automóvel, precisa ter em mente que a escolha de um veículo não é uma que se toma de maneira leviana. Pelo contrário: começar a sua vida de motorista com um carro ruim pode transformar aquele sonho de ficar motorizado e ganhar autonomia e independência em um pesadelo.

Por isso, é essencial pensar em um automóvel que seja ideal para o seu começo de jornada. Ele precisa ter bom custo-benefício, boa qualidade e manutenção barata.

Na hora de escolher o primeiro carro, aparecem mais dúvidas que certezas, mas não precisa ser o fim do mundo

Para te ajudar a comprar seu primeiro carro, reunimos aqui as principais informações que você precisa ter para escolher o melhor modelo sem arrependimentos.

Confira alguns pontos que você deve considerar para fazer essa compra.

Dicas para escolher o primeiro carro mais adequado para você

Evite comprar imediatamente

Mesmo tendo gostado do que viu após um test drive, nada de tomar a decisão na hora! De frente para o vendedor, com a pressão da boa experiência ainda recente, as condições de pagamento facilitadas e até o cafezinho da concessionária, você pode não tomar a melhor decisão. Tire um tempo para avaliar tudo com calma e, se preciso, volte, anote, negocie, pesquise mais e compare os concorrentes.

Por mais que você tenha uma necessidade imediata do carro, tire pelo menos algumas horas para o processo, considerando os prós e contras mais de uma vez. Acredite: essa pausa estratégica pode salvá-lo de fazer um mau negócio.

Quais são as suas necessidades

Antes de pensar em qual carro comprar, onde comprar e como comprar, primeiro você deve pensar em quais são suas necessidades.

Se você tiver esposa/marido e filhos, ou se tem o costume de viajar com os amigos ou ainda for usar o carro para o trabalho, talvez você necessite de um porta-malas mais espaçoso.

Se você não usa tanto essa parte do carro, pode considerar carros com o porta-malas menor.

É preciso pensar em que tipo de estrada seu carro vai transitar com mais frequência. É uma zona rural? Você vai usar o carro para percorrer grandes distâncias?

Dependendo das respostas você pode necessitar de um carro mais robusto. Ter em mente suas prioridades é o primeiro passo para escolher bem.

Com base nas suas necessidades, considere principalmente alguns itens:

  • Acessórios de Segurança (além dos cintos de segurança existem opções com travas elétricas, airbags ou alarme);

  • Câmera traseira;

  • Número de portas;

  • Acessórios de Conforto (ar condicionado, GPS, câmbio automático).

Definidas suas prioridades, vamos para o próximo questionamento dessa jornada.

Considere também o amanhã

Na prática, as despesas com o veículo mal começam quando você faz a compra. Dependendo do modelo de carro escolhido, os gastos com impostos, seguro, manutenção e combustível podem tanto transformar o barato em caro como fazer o carro valer a pena ao pagar sua diferença em pouco tempo.

Hoje em dia, por exemplo, um importado de 10 anos atrás pode ser vendido pelo mesmo preço de um popular zero quilômetro. O detalhe é que, por mais que esteja muito bem conservado, oferece luxo e um desempenho bem superior, é bem provável que seus gastos com gasolina e a primeira troca de peças já deixem seus cabelos em pé.

Por isso, procure saber a respeito do período de garantia dos modelos, pesquise o custo médio da sua manutenção, bem como os valores do IPVA, os índices de consumo de combustível e ainda faça a cotação de um seguro auto. Melhor prevenir agora que se arrepender depois, não concorda?

Escolho um novo ou seminovo

Quando falamos de valorização de bens, comprar o carro novo pode não ser muito vantajoso. Além de ter um preço mais elevado, ele desvaloriza mais rápido, principalmente nos três anos iniciais de uso.

Já o seminovo além de ter preços mais atrativos, traz a possibilidade dos opcionais já inclusos.

O seminovo pode ser a melhor opção, financeiramente, para você. Mas alguns cuidados precisam ser tomados na hora de escolher o carro.

Qual o orçamento disponível

Passadas as outras etapas, agora é a hora de mexer com o dinheiro. Seu planejamento financeiro é essencial para comprar um carro.

Considere as possibilidades de financiamentos e parcelamentos em relação ao montante total e a quanto você pode investir de imediato.

Na hora de comprar é importante lembrar que esse é um investimento de médio a longo prazo.

A escolha do modelo

Essa é a parte mais legal de todo o processo de compra de um novo carro. Nela você pode ver vários modelos, fazer test drive e avaliar cada característica do carro.

A seguir, listamos alguns pontos que devem ter maior atenção e podem te ajudar a escolher o seu carro de acordo com suas necessidades.

Mais econômicos

Carros total flex permitem um controle maior sobre gastos com combustível. Além disso, a potência do motor interfere no consumo de combustível: quanto maior a potência, maior o consumo.

Mais ou menos espaço

Versões compactas apresentam muitas opções financeiramente interessantes, mas nem todas são mais baratas que os carros convencionais. O importante nesse quesito é priorizar a sua necessidade.

Direção

A direção hidráulica, opção mais antiga, dá mais leveza à direção na hora de fazer manobras, entretanto requer a rotina de troca de óleo. Já a direção elétrica exige menos do motor e acaba sendo razoavelmente mais econômica, contribuindo para manobras mais precisas.

Qual o custo de manutenção

Além do preço, é preciso considerar os custos adicionais com o carro: troca de óleo, pneus, revisão e etc.

Além de todas essas dicas, é essencial também pensar em opções que se assemelham ao seu estilo e personalidade.

Entenda as formas de pagamento

Saber quanto você precisará pagar por um carro é fundamental sim, mas tão importante quanto conhecer o valor total é saber de que forma esse pagamento será feito. Afinal de contas, não faz parte da realidade da maioria dos brasileiros ter os recursos necessários para comprar um carro pagando à vista e, com isso, conseguir bons descontos, certo? Por isso, é comum que se recorra ao financiamento ou ao consórcio.

No financiamento você já consegue sair dirigindo em um prazo bem curto. Para isso, basta dar a entrada e cumprir os trâmites burocráticos exigidos — que não são poucos. Mas é preciso dar um valor de entrada considerável e ficar atento aos juros da transação para não complicar seu orçamento ao longo dos anos.

Já quem opta pelo consórcio de carros pode ter que esperar um pouco até ser contemplado. No entanto, a modalidade não conta com juros, a burocracia é muito menor e não é necessário dar qualquer valor de entrada para conseguir boas condições. E tem mais: é possível encurtar o caminho até o carro novo por meio dos lances, adiantando mensalidades para melhorar suas chances de contemplação.

Além disso, vale lembrar que as mensalidades mais previsíveis do consórcio são ótimas para quem quer manter as finanças da família sob controle mesmo no momento de adquirir um patrimônio de alto valor.

Considere o valor de revenda

Tudo bem que o carro é um grande investimento, mas você provavelmente não ficará com o mesmo modelo pela vida toda. Seja porque os custos de manutenção acabaram ficando altos demais, pelo desejo de adquirir um veículo mais moderno e seguro ou simplesmente por querer comprar um carro melhor no futuro, é bem comum querer trocar o carro após alguns anos.

Por essas e outras, é importante considerar as possibilidades de vender seu carro no futuro. E isso significa entender como ele se desvaloriza. Em geral, a depreciação do valor do veículo é de 10% ao ano, sendo maior nos 3 primeiros anos. No entanto, é preciso considerar que carros populares, aqueles com alta demanda, têm uma desvalorização mais lenta. Já aqueles modelos menos procurados têm uma depreciação bem maior.

Preveja a rotina de uso

Qual o objetivo de ter o carro? Se você quer ir e voltar do trabalho ou da faculdade todos os dias, fazendo um trajeto bem curto, é mais que possível que um modelo econômico e compacto seja suficiente. Já se sua intenção é fazer viagens, talvez seja interessante buscar um pouco mais de espaço e robustez. Nesse caso, que tal uma caminhonete ou algum outro modelo com espírito aventureiro, que pode oferecer acessórios muito úteis para esses trajetos?

Mas é claro que também dá para atender a uma rotina composta por uma mistura de trajetos e necessidades. É sim possível encontrar o equilíbrio ideal para a vida na cidade e nas estradas — de terra ou de asfalto. Para tanto, basta dar a devida importância a esse ponto na hora de escolher o carro mais adequado para você!

Exija qualidade máxima

Modelos de entrada costumam apresentar alguns caprichos a menos, além de materiais mais econômicos na composição de painéis, molduras, maçanetas, itens de desempenho e conforto em geral. O importante é considerar se o baixo valor compensa a ausência de determinados equipamentos e, também, se é possível melhorar o carro aos poucos com custos controlados.

Você pode optar por comprar um carro sem vidros elétricos nas 4 portas, por exemplo. Mas será possível fazer essa modificação no futuro a baixo custo e de forma segura? Alguns casos são simples de resolver: alarmes ou rádios e mesmo computadores de bordo podem ser comprados separadamente. Mas o mesmo não vale para itens mais sofisticados, como airbags e outros dispositivos de segurança.

O nível vai melhorando conforme você caminha pelo leque de produtos das montadoras, podendo também ser bem diferente na concorrência, mesmo em carros que deveriam estar equiparados em tudo. O ideal é considerar os melhores atributos entregues em cada detalhe, pois isso vai muito além do conforto. Lembre-se: maior qualidade quase sempre é sinônimo de um carro com melhor desempenho e menos dor de cabeça com manutenção.

Mantenha o foco na segurança

Uma outra questão diretamente relacionada à qualidade é, claro, a segurança. Equipamentos cuja eficiência é devidamente testada e garantida são grandes aliados não só seus, mas de todas as outras pessoas envolvidas no trânsito.

A boa notícia é que a preocupação com a proteção das pessoas cresceu bastante nas últimas décadas, fazendo até com que airbags frontais e freios ABS se tornassem obrigatórios nos carros produzidos por aqui. Indo além desses itens, quanto mais segurança um modelo puder oferecer (como estrutura reforçada, controle de estabilidade e airbags laterais), melhor.

Faça o test drive

Toda oportunidade de conhecer melhor um produto antes de efetivamente comprá-lo parece uma ótima pedida, não é mesmo? Pois se você acha importante sentar em um sofá ou folhear uma revista antes de levá-los para casa, o mesmo vale para o carro pelo qual você se interessa!

As concessionárias costumam separar exemplares dos modelos mais vendidos para um atendimento imediato, além de normalmente agendarem sem problemas o teste de outros, a princípio menos acessíveis. Essa é a hora de avaliar principalmente itens dinâmicos, aqueles que fazem a diferença quando o carro está em movimento.

Mesmo que, no papel, um veículo possua um motor ligeiramente melhor que o de outro, é com as mãos na direção que você realmente saberá distinguir o melhor. Sinta também os pedais, o banco e a visibilidade em torno do carro para, ao final, ter mais propriedade para dizer qual modelo agrada mais.

Revise a documentação

Muitas lojas de carros usados repassam veículos nos moldes de consignação — pertencem a terceiros. Já imaginou se o carro dos seus sonhos ainda está em fase de financiamento ou tem alguma questão pendente em bancos e financeiras? Pensando nisso, não deixe de se informar sobre a situação do veículo!

Para isso, peça o documento do automóvel e anote o número do Renavam. Com esses dados em mãos, acesse o site do Detran e verifique se existem multas ou quaisquer outras pendências.

Mesmo em situações que pareçam bem vantajosas e de negócio rápido (como em feirões), é mais que válido revisar a documentação com cuidado. Por mais que o vendedor afirme que todos os carros foram periciados e estão em nome da loja, não seja convencido tão facilmente. Desconfie e exija os documentos!

Identifique danos por colisões graves

Colisões graves, que podem causar danos que desvalorizam o carro, costumam deixar rastros mesmo após uma boa reforma. Para identificar esses vestígios, faça uma vistoria à luz do dia, com a pintura do veículo seca e limpa. Busque primeiramente por diferenças na cor. Além disso, avalie a simetria no encaixe das diversas partes do carro, como portas, faróis, capô e para-choques. Note também se há ondulações na lataria.

Dar pequenas batidinhas da lataria ajuda a descobrir se houve a aplicação de massa plástica, já que o barulho nesses pontos fica diferente. Embora isso possa afetar o valor de compra, o mais importante é avaliar se a estrutura do veículo sofreu avarias.

O Detran estabelece que, em casos mais graves de colisão, seja registrado no documento do carro a palavra sinistrado. Na prática, porém, isso nem sempre ocorre. Se ainda ficar desconfiado, você pode contratar uma empresa especializada para fazer a inspeção, pedir a um mecânico de confiança para dar uma olhada ou simplesmente passar para outro automóvel.

Opções para o primeiro carro

Como dito, o melhor primeiro carro para um motorista iniciante é aquele que apresenta o melhor custo-benefício (ou seja, o melhor equilíbrio entre valor e custo), é feito com peças de boa qualidade e conta com manutenção ampla e barata.

Por isso, nossa seleção de automóveis começa selecionando os veículos das principais marcas do país, pois são os modelos de maior abundância de peças e que são mais fáceis para os mecânicos, o que resulta em uma manutenção mais barata.

Confira abaixo uma lista com nossas sugestões de automóveis!

1. Fiat Uno

O Fiat Uno é uma opção muito interessante para um primeiro carro. Seu principal atrativo é o fato de ser um automóvel barato para comprar e também de baixo custo de manutenção, além de ótima eficiência energética. Por causa disso, ele é um modelo econômico.

Para completar, o Uno tem uma série de versões poderosas, o que pode ser muito interessante para os motoristas iniciantes. Afinal, eles poderão usufruir de uma flexibilidade significativa de opções de potência e itens de série.

2. Chevrolet Onix

Se for verdade que quanto mais clientes, mais indicações de que um produto é bom, então o Chevrolet Onix é um dos melhores produtos do país. Isso porque ele é o carro mais vendido do Brasil há vários anos, com larga vantagem dos concorrentes.

Para se ter uma ideia, no ano passado ele emplacou mais unidades que o segundo e o terceiro lugar do ranking juntos.

É claro que o número de vendas não é garantia de qualidade, mas demonstra que há valor no veículo. Além disso, um elemento que faz do Onix um dos melhores carros para iniciantes é o fato dele ter várias versões caprichadas.

3. Ford Ka

O Ford Ka é um dos carros mais vendidos do Brasil, além de ser um automóvel que está no mercado há bastante tempo. Isso faz com que ele seja um carro conhecido dos mecânicos e com abundância de peças. Portanto, é um bom primeiro carro para iniciantes.

4. Hyundai HB20

O HB20 não é um automóvel tão tradicional quanto o Ford Ka ou o Fiat Uno, mas é muito vendido. Em 2019, ele ficou em 3º lugar no ranking nacional.

Além disso, ele também conta com versões muito bem equipadas na sua linha, o que faz com que seja um automóvel com bastante potencial de valor para o motorista iniciante. Por isso, vale a menção neste artigo.

5. Citröen C3

O Citröen C3 foge um pouco da linha de carros recomendados neste artigo. Ele não é o mais popular do mercado, mas conta com várias vantagens para o motorista. Ele tem um bom tamanho, é bem confortável e um motor potente. No entanto, o fator que faz com que ele seja um dos melhores carros para iniciantes é o combo de câmbio automático e direção elétrica que ele tem. Juntos, eles fazem com que seja muito fácil aprender a dirigir dentro de um C3.

Compre o primeiro carro com consórcio

O consórcio é uma modalidade de compra baseada na união de pessoas – físicas ou jurídicas, que em grupo, tem a finalidade de formar uma poupança para a aquisição de bens ou serviços. Todas as etapas são realizadas com a ajuda de uma administradora de consórcios.

Por isso, é importante ter o cuidado na hora de escolher a sua. Consulte mais informações no site do Banco Central, que divulga com frequência, o ranking de administradoras com reclamações reguladas, reguladas, procedentes e não reguladas para ajudar na sua adesão.

Com o objetivo bem definido, o consorciado passa a ter o valor do bem diluído em um prazo predeterminado. Ao longo desse período, contribui com valores mensais correspondentes ao bem, conforme contrato de adesão e plano disponível.

Essa poupança forçada que se forma, junta-se às demais, constituindo um fundo comum. Mensalmente, a administradora destina esse valor para a contemplação dos participantes, por sorteio ou lance.

A participação individual é identificada por um número, fornecido pela própria administradora. Nada impede que o mesmo consorciado tenha mais de uma cota por grupo. Entretanto, é preciso consultar as regras com a sua administradora.

Então, assim que contemplado com a carta de crédito, o consorciado, em dia com os pagamentos, poderá comprar o automóvel seminovo ou zero quilômetro, da marca, cor ou modelo que sempre desejou.

Características do consórcio

  • Parcelamento integral;

  • Diversidade de prazos para pagamento;

  • Poder de compra à vista;

  • Possibilidade mensal de obter crédito por sorteio;

  • Flexibilidade de escolha e do uso do crédito;

  • Acelerar a contemplação com a oferta de lances.

Vale lembrar que o consórcio é mais indicado para quem não tem pressa ou não necessita imediatamente do bem. É aconselhado para comprar o 1º automóvel, trocar o usado por um zero quilômetro ou ainda, renovar a frota de veículos da empresa.

Como não há uma data específica para ocorrer a contemplação, é importante manter a calma e a paciência, uma vez que serão os sorteios, os responsáveis pela sua sorte. Todas as características do sistema de consórcio deverão estar presentes no contrato, como: valor contratado, prazo de pagamento, entre outros. Por isso, é importante ler com atenção todas as cláusulas presentes no documento.

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