Principais tipos de imóveis

30 de set. de 202211 minutos de leitura
Principais tipos de imóveis

É sabido que um dos maiores desejos dos brasileiros é ter a conquista da casa própria. Há muito tempo tem sido assim e, com o fator pandemia Covid-19, essa vontade tem se fortalecido cada vez mais.

Uma pesquisa realizada pela plataforma de moradia QuintoAndar com o Instituto Datafolha revelou que, em uma escala de 0 a 10, os brasileiros atribuem, em média, uma nota de 9,7 para a importância de se ter uma casa própria - acima de outros fatores importantes, como estabilidade financeira (9,6), família (9,4), plano de saúde (9,2), religião (9), negócio próprio (8,8), carro (8,5), filhos (7,9) e casar (6,9).

Atualmente, quando se fala em casa própria, estamos mencionando algum imóvel que seja de sua propriedade. Pode ser um sobrado, um apartamento, um loft, enfim: existem diversos tipos de moradia, para diferentes tipos de perfis.

Mas, quais são os principais tipos de imóveis e suas características? Vamos apresentá-los a seguir, confira.

Conheça os tipos de imóveis

A seguir, vamos mostrar todos os tipos de imóveis existentes, com seus detalhes e principais características.

Casa geminada

Sabe aqueles bairros em que você visualiza casas iguaizinhas umas às outras? Pois bem, estas são as conhecidas casas geminadas.

Como o próprio nome dá a entender, as casas desse tipo são gêmeas umas das outras, com estruturas semelhantes. Geralmente elas dividem de forma proporcional o mesmo lote do terreno e possuem construções simétricas, dividindo a mesma parede e materiais semelhantes para edificação, alvenaria e até mesmo o telhado.

Muitos proprietários investem em um grande terreno para a construção de uma boa quantidade de casas geminadas. Além de ser mais barato para construir, existe uma boa diminuição de custos de projeto e construção. Por sinal, boa parte dessas construções são feitas com o objetivo de alugar para outras pessoas - e, assim, ter um rendimento extra - ou para vender mesmo.

Por conta dessas características, as casas geminadas se apresentam como boa opção para quem deseja comprar a casa própria - ainda mais se for solteiro ou um casal sem filhos, por exemplo, visto que é comum esse tipo de imóvel ter menos espaço do que um sobrado.

Entre as vantagens das casas geminadas estão os custos, que são mais em conta do que os demais imóveis, além de economia na construção - caso você queira comprar um terreno, por exemplo. Assim, pode construir mais de um imóvel e ter uma boa rentabilidade. Por conta disso, a manutenção de sua estrutura sai mais em conta, resultando em uma grande economia tanto para quem pretende construir e vender, quanto para quem deseja comprar.

Mas, nem tudo são mil maravilhas. É comum que casas geminadas sejam prejudicadas pela falta de iluminação solar, principalmente se estiverem muito grudadas umas às outras. Se não tiver cuidado, pode haver o risco de infiltrações em alguns locais. Por isso, ao considerar a compra ou aluguel de uma casa desse tipo, fique atento a todos os detalhes.

Outro problema é a falta de isolamento acústico. Se você costuma ouvir música ou TV em alto volume, por exemplo, facilmente pode incomodar o seu vizinho. No caso de manutenção, pode acontecer de se tratar de uma questão compartilhada com o seu vizinho - o que, dependendo da situação, pode gerar um mal-estar.

Sobrado

Um dos tipos mais comuns e desejados de casa é o famoso sobrado. Mas, sabe o que diferencia um sobrado de uma casa comum? Simplesmente o fato de ter mais de um andar.

Por conta disso, o sobrado ganha mais espaço, dando mais opções ao morador para decorar da forma que deseja. É comum ver casais com filhos ou grandes famílias morando em imóveis desse tipo, para conseguir ajustar bem cada um dos cômodos e personalizá-los da forma que deseja.

Claro que é possível erguer um sobrado em um terreno pequeno - para se ter uma ideia, existem exemplos de casas geminadas que são pequenos sobrados.

Uma das maiores vantagens do sobrado é proporcionar mais espaço e liberdade de construção para o proprietário. Claro que, em todos os casos, o trabalho de um arquiteto ou engenheiro se mostra essencial, visto que uma construção envolve colunas, que são parte estruturante, e podem gerar riscos, caso não sejam construídas da forma correta.

Com maior aproveitamento do terreno, você pode fazer com que o sobrado tenha espaço para garagem, jardim e, dependendo dos casos, até mesmo uma piscina nos fundos. Caso opte por comprar um imóvel desse tipo que já esteja construído, você tem a opção de conduzir uma reforma, que vai repaginar totalmente o ambiente a seu favor.

Bangalô

Os bangalôs são construções de apenas um andar e que possuem uma pequena varanda. Comuns em pequenas cidades, os bangalôs costumam fazer parte de um ambiente mais campestre, facilitando o contato com a natureza e se tornando ótimas opções para descanso e refúgio das grandes cidades.

Como característica, os bangalôs costumam ser erguidos com materiais naturais (como madeira, tijolos e pedras), explorando bastante a área externa. Muitas construções desse tipo aproveitam seu entorno, fazendo com que a casa seja uma extensão de seu ambiente externo.

Seu aspecto não costuma ser simétrico, mas é equilibrado com colunas quadradas ou, às vezes, até cônicas.

Apesar de compactos, os bangalôs podem ser compostos com todos os principais cômodos: quartos, cozinha, banheiro e sala de jantar, em torno de uma área central. Por mais que esse tipo de imóvel remeta ao campo, é possível investir em bangalôs mais robustos, que podem explorar tamanhos maiores de terreno.

Apartamento

Quem mora nas grandes cidades certamente sabe como funciona a composição de um apartamento. Afinal, o mercado imobiliário tem apostado cada vez mais nesse tipo de construção, seja para abrigar mais pessoas nas regiões mais nobres da cidade ou ter a possibilidade de criar uma quantidade maior de moradias em um pequeno espaço de terreno.

A procura por moradia tem aumentado tanto, que muitas cidades já estão cada vez mais acostumadas com a invasão dos apartamentos. E, com o passar dos anos, eles foram se modernizando, de acordo com as necessidades dos moradores.

Geralmente o apartamento é parte de um condomínio, que reúne dois ou mais prédios dentro de um mesmo complexo. Os condomínios oferecem uma série de serviços para as pessoas que moram nos apartamentos, como área de lazer, estacionamento, parque, churrasqueira e até piscina em alguns casos. Claro que tudo depende do tamanho e da composição do condomínio.

Para que todos possam desfrutar de maneira justa dos serviços de um condomínio, é cobrada uma taxa de todos os moradores. Essa taxa é utilizada para manutenção dos serviços, pagamento dos funcionários que trabalham nos prédios (como zeladores, faxineiros, porteiros etc) e demais assuntos relacionados ao convívio comum de todos que moram no condomínio.

Quem faz a gestão de tudo relacionado ao condomínio é o síndico, que fica como responsável pela tesouraria, reuniões entre os moradores e gestão de todos os assuntos relacionados ao condomínio.

Tudo isso mostra que, ao avaliar a compra de um apartamento, você precisa prestar atenção em detalhes que vão além do espaço ou da localidade. É preciso estar ciente dos valores praticados no condomínio (que são obrigatórios, mesmo que você não more mais lá), entender quais são os serviços prestados e observar o impacto de tudo isso em seu orçamento mensal.

Em relação ao espaçamento interno dos apartamentos, você pode contar com inúmeras opções: desde apês mais compactos, com apenas uma suíte, a espaços mais luxuosos, que podem ter mais de um andar (duplex) e mais opções de conforto, como varanda ou até piscina privativa.

Existem prédios que dão a opção de morar na cobertura, que proporciona um espaço ainda maior, comparado aos demais moradores do prédio. Claro que as coberturas têm preço mais elevado, mas oferecem mais espaço, privacidade, além de uma vista invejável da cidade em que mora.

Kitnet

As kitnets são apartamentos pequenos, geralmente caracterizados por um pequeno cômodo que abriga quarto e cozinha, além de ter um banheiro à parte.

Algumas kitnets também possuem varanda também, para dar mais conforto ao morador.

Muitos modelos de kitnets são de prédios antigos, geralmente construídos entre os anos 1950 e 1980. Eles costumam atender a necessidades de pessoas solteiras, que moram sozinhas ou, no máximo, com mais uma pessoa. Algumas pessoas escolhem kitnets para passar curtos períodos de moradia, enquanto investem em imóveis mais espaçosos para morar no futuro.

Por conta disso, as kitnets costumam ter um valor mais em conta que o apartamento convencional. Dependendo do prédio em que for morar, você pode contar com uma área de serviços e estacionamento, para melhor comodidade.

Flat

Quem procura por um tipo de apartamento que ofereça todos os serviços básicos, como limpeza, alimentação e demais formas de comodidade, pode se dar bem com um flat, que é um tipo de apartamento com características de hotelaria.

Muito procurado por pessoas que querem morar perto do trabalho e, ainda assim, desfrutar de tudo o que a cidade tem a oferecer à noite, os flats costumam estar localizados nas regiões centrais da cidade. Assim como as kitnets, os flats são mais procurados por pessoas que moram sozinhas ou que estão de passagem.

Um dos maiores atrativos do flat, além dos serviços que oferece, é seu valor - que costuma ser inferior aos serviços de hotelaria, por exemplo.

Loft

Sabe aqueles apartamentos com pé alto, com aparência industrial e que lembram bastante a atmosfera de Nova York dos anos 1970? Pois bem, é disso que se trata um loft.

Em um loft, não há uma unidade divisória entre os cômodos: com um grande espaço, é você que decide como arrumar sua cozinha, sala de jantar e até mesmo quarto - que, em muitos exemplos, podem ter uma escada que o separa dos demais, uma vez que o imóvel é alto o suficiente para ter um cômodo no segundo andar.

Studio

O apartamento tipo studio tem uma estrutura parecida com os lofts. Porém, são mais compactos, com quarto, sala, cozinha e um banheiro.

Geralmente os studios são localizados nos centros das grandes cidades, com o objetivo de facilitar a vida de quem quer estender sua moradia como parte de seu trabalho. Não à toa, é uma unidade muito procurada por quem possui galerias e quer manter seu portfólio como parte do apartamento, por exemplo.

Por conta disso, os studios têm um valor mais em conta do que um loft ou um apartamento convencional.

Formas de investir em um imóvel

Agora que você já conhece bem os tipos de imóveis existentes, vamos apresentar as principais formas de investir na compra de um novo imóvel.

Financiamento

Ao optar pelo financiamento, é preciso procurar uma instituição financeira e pedir que ela ‘pague’ o imóvel para você de uma vez.

Claro que esse procedimento é bem mais complicado do que parece. Para que o banco ‘adquira’ o imóvel para você, é preciso passar por longas etapas de aprovação com a gerência.

Antes de tudo, é preciso indicar o imóvel que deseja financiar. O banco avalia o seu preço total e pergunta sobre as condições de pagamento.

As mensalidades não podem ultrapassar 30% do seu rendimento líquido mensal. Esse valor é determinante para a aprovação ou não do financiamento.

Segundo pesquisa do Canal do Crédito, em parceria com a revista Exame, uma família com renda mensal de R$ 6 mil, por exemplo, pode investir em um imóvel de, no máximo, R$ 260 mil.

Além disso, o banco exige uma entrada de, no mínimo, 10% do total do imóvel.

Ainda no exemplo da família de R$ 6 mil mensais, ela só poderia investir em um imóvel de R$ 260 mil se tivesse R$ 78 mil de entrada - ou seja, o equivalente a 30%. Este percentual tende a diminuir quando o valor de rendimento mensal é mais elevado.

Só após pagar o valor de entrada estipulado pelo banco é aprovado o financiamento, que pode chegar a até 30 anos.

Em todas as parcelas, o banco faz cobrança de juros, sem falar nos reajustes anuais de índices que acompanham a inflação.

Uma simulação do UOL dá um bom panorama do quanto esse investimento pode ficar bem caro com o passar dos anos. Considerando a compra de um imóvel de R$ 500 mil, com R$ 100 mil de entrada e financiamento do restante em 30 anos, no fim o comprador terá gasto R$ 950 mil só com esse financiamento - ou seja, um total de R$ 550 mil em juros e taxas.

Comprar imóvel à vista

Muitas pessoas se perguntam se a melhor opção não seria juntar dinheiro todos os meses e comprar um imóvel à vista.

O problema é que nem todos têm um bom valor à disposição para investir em um imóvel. Afinal, você se vê guardando dinheiro e esperando mais de 15 anos para realizar o sonho da casa própria?

Embora o tempo pareça extenso, esperar é a melhor forma de garantir que o seu dinheiro será bem aplicado.

Por isso mesmo, muitos especialistas em finanças pessoais batem na tecla de que é melhor pagar um aluguel e investir parte do seu dinheiro em um imóvel do que entrar de vez em um financiamento e pagar mais que o dobro do valor a prazo de uma casa ou apartamento.

Além disso, quando se tem o valor à vista, tem-se melhor margem de negociação com o proprietário.

Felizmente, existe uma opção que permite a contribuição de mensalidades especificamente para o investimento de imóveis, sem juros, sem necessidade de pagar entrada e sem a burocracia de aprovação das instituições financeiras. A seguir, apresentamos as vantagens do consórcio.

Consórcio de imóveis

Desde que a Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (ABAC) permitiu a inclusão da categoria de consórcio de imóveis, no início dos anos 1990, muitas famílias passaram a investir no sonho da casa própria por essa modalidade.

O consórcio funciona da seguinte forma: antes de tudo, é preciso ter uma ideia do valor total do imóvel que deseja comprar. Não é preciso ser tão exato, já que o valor da carta de crédito, que representa o total do consórcio, tende a passar por variações ao longo dos anos, acompanhando os índices de valorização da moeda.

Este valor final pode ser utilizado como carta de crédito no momento em que você fizer a simulação do consórcio de imóveis.

As principais administradoras de consórcio possuem um simulador virtual que permite ter uma visão geral do total da carta de crédito, quantidade de parcelas e o valor das mensalidades que compõem a sua cota.

Digamos que você queira investir em um imóvel de R$ 200 mil e sugere a opção de pagar em 10 anos, ou seja, 120 meses.

Após inserir alguns dados, o simulador mostra quanto ficaria a mensalidade, incluindo valores que são diluídos nas parcelas, como:

  • Taxa de administração: valor que ajuda a remunerar a empresa de consórcio pela formação dos grupos, administração dos sorteios e entrega das cartas de crédito.

  • Fundo de reserva: valor para garantir que o fundo com o qual os consorciados contribuem não seja afetado por inadimplência de algum membro, por exemplo.

Todos os anos, geralmente no mês que é considerado ‘aniversário da cota’, a parcela é reajustada de acordo com o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), responsável por verificar os custos de obras no segmento de habitação.

A seguir, explicamos em detalhes como funciona o consórcio e as vantagens de investir em um imóvel por esta modalidade.

Quais são as vantagens do consórcio?

  • Não é preciso valor de entrada: ou seja, você não precisa ter à disposição um percentual de 10% ou 20% do imóvel para investir nele.

  • Não é cobrado valor de juros: as mensalidades do consórcio já são estipuladas no momento da simulação. Como explicado anteriormente, as mensalidades têm acréscimo da taxa de administração e fundo de reserva - além dos reajustes anuais, que acompanham os índices econômicos. Se quiser, o consorciado também pode fazer a contratação de seguro, para se preparar ante imprevistos, como desemprego.

  • Você tem mais flexibilidade: você pode escolher o valor total do bem do imóvel e a quantidade de parcelas que deseja pagar, de acordo com os seus rendimentos mensais. É recomendado, porém, não deixar que o valor da parcela ultrapasse 30% desses rendimentos.

  • Ajuste do valor da carta de crédito: se achar necessário, você pode ajustar o valor da carta enquanto paga as mensalidades da sua cota.

  • Usar a carta para outras despesas: caso o bem selecionado para a compra seja inferior ao valor da sua carta de crédito, você pode utilizar o restante para pagar despesas adicionais, como documentações de transferência, idas ao cartório etc. Se o valor do seu imóvel for superior à sua carta de crédito, fique tranquilo: é possível completar com os seus próprios recursos.

  • Poder de compra à vista: ao ser contemplado, você pode fazer a transferência da carta de crédito diretamente para o proprietário do imóvel. Este valor é transferido integralmente. Isso dá maior margem de negociação, já que a sua carta tem poder de compra à vista.

  • Possibilidade de dar um lance: se você quiser antecipar a compra do seu imóvel, e não quer esperar pelos sorteios, pode se organizar para dar um lance nas assembleias. No caso específico do consórcio de imóveis, é possível utilizar os recursos do FGTS na sua oferta.

Viu como é fácil investir na sua próxima moradia? Faça uma simulação de consórcio de imóveis e conte com as vantagens de uma modalidade que já ajudou milhares de pessoas a realizarem seus sonhos.