Consórcio para autônomos e profissionais liberais

Consórcio para autônomos e profissionais liberais

Ser um profissional autônomo, MEI e afins é uma excelente opção para quem quer finalmente sair do regime CLT, mas exige um bom planejamento financeiro.

Fato é que na maioria das vezes não é fácil alcançar certos objetivos financeiros. Por isso, o planejamento financeiro para autônomos deve ser um pouco diferente do que para um assalariado, afinal, custos com produção e mão de obra, por exemplo, impactam diretamente no fluxo de caixa.

Se você é uma dessas pessoas que optaram por trocar a carteira assinada pelo ato de empreender? Parabéns! Mas junto com essa decisão, você precisa ter muito cuidado e controle financeiro pessoal.

Só que não tem com que se preocupar. Mesmo que algumas questões sobre planejamento financeiro sejam diferentes, você ainda tem o mesmo poder de compra, e podemos te ajudar com isso.

Na hora de se organizar, um dos fatores que se destacam são os ganhos variáveis. A renda da empresa é diferente todos os meses, principalmente quando o setor tem picos de consumo sazonais, por isso, preparamos esse conteúdo para você que está interessado em fazer investimentos mais conscientes e de quebra ter acesso a um guia prático de como organizar as finanças.

Confira!

É possível fazer consórcio sendo profissional autônomo?

Independente do que muitos acham sobre um profissional autônomo ou assalariado, é totalmente possível fazer um consórcio sendo um profissional liberal! A grande vantagem do consórcio é que é totalmente democrático, além de oferecer tudo que você precisa.

O consórcio é uma ótima forma de poupar em grupo para realizar uma compra planejada, seja de um bem ou serviço. Ao final de um consórcio de imóveis, por exemplo, todos os participantes têm o crédito necessário, disponibilizado em uma carta para compra do bem. Quando é contemplado, o consorciado parte para a aquisição de um imóvel.

Todos que participam do consórcio precisam pagar uma mensalidade, sem juros e sem entrada, referente ao crédito que será acumulado. Os consorciados que estiverem com os pagamentos em dia podem participar da assembleia, que acontece todo mês.

Nessas reuniões, a pessoa contemplada, via sorteio ou lance, recebe a carta de crédito naquele mês e assim sucessivamente, até que todas as pessoas do grupo sejam contemplados. Porém, se alguém atrasar os pagamentos, pode ficar de fora da assembleia.

Sendo assim, o mais importante de tudo é analisar sua capacidade de pagamento antes de fazer qualquer dívida financeira.

Como participar das assembleias como autônomo?

Fato é que qualquer pessoa pode participar das assembleias de consórcio, até mesmo as que estão sem emprego, desde que as mensalidades estejam em dia. Em outras palavras, o mais importante é quitar os seus débitos com o consórcio, como já mencionado, quem atrasar as parcelas não participa do sorteio de contemplação.

Contudo, se você está com restrição no nome, pode ser que precise apresentar um comprovante de renda ou contar com a ajuda de um devedor solidário (que garanta o pagamento naquele mês que as contas apertaram) antes de conseguir a aprovação da carta contemplada para realizar a compra de determinado bem ou a contratação do serviço. Caso isso aconteça, o departamento de finanças da administradora do consórcio estará pronta para te auxiliar da melhor maneira.

Para que a carta de crédito seja aprovada, é realizada uma análise que leva em conta também o histórico do consumidor e suas dívidas. Por esse motivo, fazer consórcio com restrição no nome pode atrapalhar o recebimento da carta de crédito. Mas tudo é uma questão de planejamento, e você pode terminar o consórcio com o nome limpo, certo? Essa é a ideia do consórcio, você conseguir investir dentro das suas condições!

Como regularizar minha situação para participar de um consórcio?

Há diversas situações em que o profissional autônomo precisa comprovar renda, como na hora de receber sua carta contemplada pelo consórcio. Independente do caso, você vai precisar apresentar uma maneira de comprovar sua renda.  

Com todas as mudanças e novos modelos de contratação substituíram os que existiam no passado, a carteira de trabalho, por exemplo, já não é mais tão central como antes. Mas, para por aí?

Como comprovar renda sendo autônomo?

1. Extrato bancário

Pessoas que possuem uma conta corrente podem utilizar o extrato bancário como comprovante de renda, isso vale para profissional liberal ou freelancer. Geralmente, o período mínimo solicitado é de seis meses.

O mais recomendado é que o trabalhador centralize todos os recebimentos em apenas uma conta corrente. Desta maneira, o extrato bancário irá sempre ter base no total dos ganhos.

Utilize o extrato impresso pelo site do seu banco na internet ou solicite ao gerente.

É fundamental evitar o uso do extrato emitido pelo caixa eletrônico, até porque esse tipo de extrato pode não ser aceito para a comprovação de renda.

2. Declaração do imposto de renda

O imposto de renda precisa ser declarado anualmente e ao ser enviado para a Receita Federal também pode servir como comprovante de renda. Ainda que você seja isento do pagamento de imposto, é importante manter suas declarações todo ano.

A declaração do imposto de renda funciona como uma declaração da situação financeira do ano anterior. Com isso, dependendo do caso, pode ser fundamental apresentar outro comprovante de renda que demonstre a situação do período mais recente de recebimentos.

3. Recibos emitidos

Outra maneira de comprovar renda sendo autônomo é através dos recibos emitidos pelos serviços prestados. No entanto, para assegurar sua veracidade, o indicado é que os recibos estejam assinados por ambas as partes.

Se você utilizar o recibo de pagamento de autônomo (RPA), procure guardar as guias de recolhimento de impostos, pois elas podem ser utilizadas com outras finalidades.

Uma dica valiosa é: todo trabalhador informal e autônomo, deve ter o costume de emitir ou guardar seus recibos, pois isso evitará dores de cabeça.

Como facilitar a comprovação de renda do autônomo?

Já mencionamos algumas formas para comprovar renda, agora vamos te mostrar como todo esse processo pode ser simplificado para você ter seus dados aprovados. Fique atento: siga as seguintes indicações, que poderão contribuir para a aprovação dos seus dados.

Abra uma conta corrente

Caso você não tenha uma conta bancária, providencie a abertura. Sempre consulte as diversas opções dos bancos, e sempre esteja atento às melhores condições oferecidas.

Providencie o cadastro positivo

O cadastro positivo é um serviço oferecido pelo SERASA, com ele é possível ter acesso ao histórico de pagamentos em dia de contas como luz, água e telefone. Este é um recurso que possibilita o controle das finanças. Com isso, a informação do cadastro positivo mostrará que é um bom pagador. E somente a informação a respeito do score (total de pontos) fica disponível para consulta.

Cuidado com as restrições do CPF

Manter o nome limpo é essencial na hora de fazer qualquer negócio, procure pagar as contas sempre em dia, evitando deixar dívidas em aberto. Mas, caso você esteja com restrições no CPF, veja como quitar suas dívidas ou renegociar seus débitos o quanto antes.

Busque a formalização do seu trabalho

Abrir uma empresa como microempreendedor individual (MEI) é uma excelente opção para formalizar seu trabalho, e assim obter aprovação da renda ficará muito mais fácil. Fora isso, o microempreendedor individual tem direito a benefícios, como auxílio-doença e aposentadoria.

Liberação de crédito para utilização da carta após a contemplação

O consórcio é uma das formas mais vantajosas para adquirir bens e contratar serviços. É uma modalidade financeira que permite a realização dos seus sonhos de forma planejada, com pagamento parcelado e sem a cobrança de juros. Outro fator importante é que, ao ser contemplado, é possível pagar à vista pelo bem ou serviço, o que garante uma negociação mais interessante.

Já podemos adiantar que existem duas formas de ser contemplado: sendo sorteado nas assembleias mensais promovidas pela administradora ou ofertando um lance. E realmente, a contemplação é a hora mais aguardada pelos consorciados. Mas sabia que depois dessa conquista ainda é necessário passar por um processo de análise para a liberação de crédito? Confira como tudo isso funciona!

O que fazer depois da contemplação?

Depois de cada assembleia mensal, a administradora do consórcio divulga quais foram os consorciados contemplados por sorteio e lance. Esses contemplados, por sua vez, precisam dizer à empresa como a carta de crédito será usada (para a compra de um imóvel, de um carro ou a contratação de serviço, por exemplo), sempre especificando a unidade ou o modelo em questão.

Nessa fase, você já pode ir reunindo a documentação necessária para dar continuidade à análise e à liberação de crédito, toda a relação de documentos geralmente pode ser encontrada no site da administradora. O objetivo é que esses documentos garantem a segurança jurídica da operação.

Assim que receber sua documentação, a administradora analisa o material e, caso seja preciso, já solicita informações adicionais ou mais atualizadas. Com todas as informações devidamente conferidas e aprovadas, o analista do processo entrará em contato (por telefone ou e-mail) para informar sobre a finalização da ação.

Quais documentos devem ser enviados?

Para esclarecer essa parte, entenda agora mesmo por que alguns documentos são solicitados!

Apresentação de garantias

É possível que você seja contemplado antes do fim do consórcio — principalmente se conseguir fazer um bom lance. Qualquer que seja a situação, vale lembrar que é necessário continuar pagando suas parcelas normalmente até o fim das mensalidades. Isso porque, você tem que honrar o compromisso feito com os demais consorciados.

No intuito de evitar o abandono do consórcio por parte de algum contemplado, a administradora pode exigir uma garantia, que quase sempre envolve a apresentação de um fiador. Esse fiador não pode ser menor de 18 anos ou maior de 65, também não pode ser cônjuge do consorciado titular. Também é importante que o fiador não tenha qualquer tipo de restrição de crédito — como nome inserido na lista de maus pagadores do Serasa ou do SPC.

Comprovação de renda

A comprovação de renda costuma ser outra exigência da administradora para liberar a carta de crédito, principalmente quando poucas parcelas do consórcio já foram quitadas no momento da contemplação. Via de regra, é preciso apresentar a declaração anual do Imposto de Renda, seja de pessoa física ou jurídica, se for o caso.

Existem diferenças para cada tipo de consórcio?

Da mesma forma que as outras modalidades de compra, cada segmento de consórcio exige um conjunto de documentos específicos. A documentação pode variar, sendo assim, se você é um consorciado de imóvel, de automóvel ou de serviço, precisa fazer algumas solicitações gerais, como a ficha cadastral assinada, a cópia de um documento de identidade com foto (RG, CNH ou Carteira de Trabalho), CPF ou CNPJ e um comprovante de residência atualizado (contas de luz ou água, por exemplo).

Para você compreender melhor o porquê de determinados documentos serem solicitados para cada tipo de consórcio, vale acompanhar ao menos os casos mais comuns, para consórcios de automóveis e imóveis!

Automóveis

Primeiramente, é necessário listar os dados relativos ao carro, à moto ou ao caminhão em questão. Ou seja, é necessário discriminar ano de fabricação, marca, modelo e, em caso de veículos usados, o número do chassi para avaliação. Nas transações com vendedores particulares, ainda é exigida a apresentação do Documento Único de Transferência (DUT).

Além dos documentos já mencionados, é preciso enviar à administradora a nota fiscal original, nota promissória assinada e um contrato de alienação fiduciária com firma reconhecida em cartório. Busque conhecer a forma como sua administradora aceita receber cada documento: os arquivos podem ser enviados via e-mail, por exemplo, para agilizar o procedimento?

Imóveis

A documentação necessária para consórcio de imóveis é um pouco mais extensa. Nessa situação, é necessário apresentar certificados negativos comprovando que o imóvel em transação não é afetado por qualquer ação fiscal, cível ou trabalhista. Além disso, também é necessário apresentar um instrumento particular com força de escritura pública, a matrícula do imóvel atualizada, certidão de valor venal e certidão negativa de tributos emitida pela prefeitura.

Já para reformas, é importante apresentar o alvará e a planta, desde que aprovados pela prefeitura.

Assim que tiver toda a documentação aprovada, você já poderá ter acesso ao bem! Para dar continuidade, consulte a empresa sobre o processo de pagamento. É válido ressaltar que ela será a responsável por esse processo, para que você então consiga adquirir seu imóvel, compre seu veículo ou contrate o serviço desejado.

Uma dica: a lista pode até ser grande, mas não precisa se preocupar! Afinal, esse é um passo necessário para manter a segurança jurídica de todo o processo, favorecendo tanto o consorciado quanto a administradora e os demais participantes do consórcio.

Se você tiver alguma dificuldade, pode solicitar à administradora a indicação de uma empresa que faça uma avaliação documental. Dessa forma, a terceirizada fica responsável por orientar o contemplado no momento da organização e da validação dos documentos, rumo à tão esperada liberação de crédito!

Agora, se quer um bônus de como se organizar financeiramente para fazer um consórcio como autônomo, preparamos algumas dicas para você.

Como fazer planejamento financeiro para autônomos

1. Separe as finanças pessoais das despesas do seu negócio

Essa não é a primeira dica por acaso. É fundamental começar a fazer a separação das finanças, pois esse é um motivo bem comum para que profissionais autônomos se endividam.

Isso porque, é necessário diferenciar os custos pessoais dos profissionais, isso vai te ajudar inclusive na parte burocrática. Por exemplo, quando for declarar o imposto de renda, ter essas questões alinhadas irá facilitar todo o processo.

Portanto, a primeira coisa a ser feita para ter um planejamento financeiro saudável é abrir uma conta bancária e um planejamento para Pessoa Física e outra para Pessoa Jurídica.

2. Calcule os custos fixos pessoais e da empresa

Essa é a fase em que você faz a análise da planilha. Dessa forma, será possível compreender quais são custos fixos mensais, como aluguel, internet, telefone, entre outros.

Procure considerar aquilo que é realmente necessário e descarte o que é supérfluo Em ambos os casos, ao se planejar você vai pensar nos cortes de gastos desnecessários.

Conseguiu organizar as despesas? Agora é o momento de separar mensalmente a quantia necessária para arcar com esses gastos. Em casos de contas variáveis, como água e luz, calcule a média dos últimos meses para se preparar.

Se o orçamento não estiver fechado, então considere a redução de mais gastos ou priorize alguns custos e faça um bom planejamento financeiro pessoal.

3. Use o cartão de crédito com sabedoria

Definitivamente, estamos passando por um momento onde não é recomendado gastos supérfluos. Muita gente passou, e ainda está passando pelo isolamento, fazendo somente as atividades essenciais e conseguindo sobreviver. Ter essa mentalidade de optar somente pelo que é essencial na hora de avaliar suas despesas é muito importante para definir o que é ou não essencial e o que pode ser substituído por algo mais econômico.

É necessário estabelecer prioridades e metas, o seu orçamento irá começar a tomar forma e enxergar o seu futuro financeiro de um jeito bem mais simples. Assim, você também aprende a utilizar o cartão de crédito.

Diferente do que muitos pensam, para controlar o orçamento pessoal, não é necessário proibir o uso do cartão de crédito, porém deve-se usá-lo com sabedoria. Quando houver a necessidade de parcelamento, avalie quanto de sua renda ficará comprometida no próximo mês, e claro, veja se você realmente tem a capacidade financeira para debitar esta dívida e seguir utilizando o cartão de crédito.

4. Faça uma reserva de emergência

Com a experiência da pandemia, que fez muitos empresários se reinventarem para segurar essa crise, separar uma parte do seu faturamento e do seu salário para um fundo de emergências se tornou extremamente necessário. Isso vale tanto para fazer uma reserva pessoal quanto profissional.

Talvez essa seja a principal dica para um bom planejamento financeiro para autônomos, pois como os ganhos variam mensalmente, é essencial ter um respaldo.

Para isso, defina o quanto será destinado por mês para essa reserva. O ideal é ter, no mínimo, um caixa que cubra seis meses de custos e despesas, mais conhecida como reserva de emergência, antes do lucro ser retirado da empresa. Quando os meses forem melhores, coloque mais dinheiro nessa quantia. E de preferência, faça investimento em produtos com uma boa combinação entre retorno, risco e liquidez.

5. Estipule os preços e salários

Nos casos de um profissional autônomo que está oferecendo serviços, saiba definir o preço pelo seu trabalho. Para isso, realize uma pesquisa de mercado e cobre um valor que cubra suas despesas e, além disso, te dê a margem de lucro necessária para os seus objetivos. Mas dê valor ao seu produto e explique para o cliente o porquê do preço cobrado.

Faça um estudo desse custo a cada seis meses. Ao fazer isso, você não vai sair prejudicado recebendo menos por conta da inflação e continua se mantendo atualizado com base no que é cobrado por outros concorrentes do mesmo setor.

Para definir uma remuneração pessoal, entenda quanto é necessário para custear as despesas da casa e faça uma separação desse dinheiro para pagar as obrigações.

6. Contrate um consórcio (Investir e Faturar)

Pode parecer que não, mas esse é um excelente momento para investir em um consórcio que te ajude a conquistar objetivos no futuro. Isso porque agora todos nós estamos aprendendo a lidar com um período atípico de consumo, de recursos e até sobre como nos relacionamos com o dinheiro.

Por isso, essa é a oportunidade que você precisava para incluir hábitos financeiramente sustentáveis na sua vida. Você define o valor que precisa para conquistar seu objetivo, o preço que vai pagar nas parcelas e o prazo que você prefere.

Acontece que o consórcio por si só já é uma forma de poupar em grupo para fazer uma compra planejada, seja de um bem ou serviço. Ao final de um consórcio de imóveis, por exemplo, todos os participantes têm o crédito necessário, disponibilizado em uma carta para compra do bem ou contratação do serviço. Assim que for contemplado, o consorciado parte para a aquisição de um imóvel.

O consórcio é mais humano, e atende todas as necessidades. Todos que participam do consórcio devem pagar uma mensalidade, sem juros, referente ao crédito que será acumulado.

Por fim, não deixe de fazer uma simulação com a Embracon para verificar as ofertas e fazer o seu consórcio, calculando os melhores prazos e valores de parcelas, tudo de acordo com suas necessidades e sua capacidade de pagamento!

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