Economia criativa: entenda tudo sobre o assunto

Economia criativa: entenda tudo sobre o assunto

Economia criativa é o conjunto de negócios e atividades que estão baseados na criatividade, sempre ancorados na cultura e no capital intelectual, mas que se ramificam para outras áreas de atuação.

Diferentemente de indústrias tradicionais, a economia criativa leva em consideração os ciclos de criação, produção e distribuição de bens baseados no intelectual.

Por exemplo, consideremos um grupo de samba, que se encaixa no conceito de economia criativa. Para que possa fazer com que o dinheiro circule, existem diversas etapas: da composição das músicas, formação dos grupos, gravação musical, estrutura de palcos, divulgação e realização de shows, são envolvidos diversos profissionais, que retroalimentam a economia do setor.

Para se ter uma ideia, a economia criativa é responsável por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, gerando mais de 1 milhão de empregos formais. A cada ano, a economia criativa possui um crescimento médio de 8%, um índice bem acima do conjunto de toda a economia, segundo estudos da consultoria PricewaterhouseCoopers divulgados pela Secretaria Especial da Cultura, que faz parte do Ministério do Turismo.

Aliás, a economia criativa também envolve diversos setores e atividades, como turismo, tecnologia e telecomunicações. Ainda segundo a Secretaria Especial da Cultura: “Constituem, portanto, um front de promoção de desenvolvimento. Cultura gera renda, gera emprego, gera inclusão, gera desenvolvimento. Acima de tudo, gera futuro. Trata-se de um vetor de aceleração da economia do país, com muitas externalidades positivas”.

Por sua participação no PIB e por gerar inúmeras oportunidades de renda, a economia criativa tem ganhado cada vez mais relevância. A seguir, vamos explicar com mais detalhes como ela realmente funciona, quais são os setores mais impactados, sua relevância no mercado de trabalho brasileiro e os caminhos para o futuro.

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Como funciona a economia criativa

A economia criativa é uma das maiores apostas que formam um novo hábito de consumo não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Isso porque, embora a economia criativa tenha como base o capital intelectual, ela ajuda a empregar diversas pessoas que não necessariamente trabalham com criatividade.

Podemos ter como base um programa de televisão, por exemplo. Sua base é constituída de capital intelectual: um programa tem critérios artísticos, com o objetivo de atingir um público-alvo para, então, atrair patrocinadores à medida em que conquista novos telespectadores.

Para um programa de TV ir para o ar, é necessário uma série de operações complexas. Além dos roteiristas e apresentadores, por exemplo, é preciso ter pessoal dedicado para gravação do programa, montagem de palco, iluminação, operador de teleprompter, produtores responsáveis por trazer convidados, relacionamento com os patrocinadores, organização da programação, entre diversas outras frentes.

Trata-se, então, de uma cadeia de trabalho que envolve operadores de câmera, especialistas em iluminação, contrarregras, produtores, diretores, funcionários responsáveis pela limpeza do estúdio, copeiros, enfim, uma série de profissionais necessários para fazer com que o programa realmente aconteça.

Todos eles são remunerados por conta da ‘roda’ girada pela economia criativa: se o programa de TV dá certo, são maiores as chances de se ter contrato renovado, ou quem sabe até mesmo receber uma verba maior do patrocinador - ou, quem sabe, conquistar outros novos! E, assim, o programa ajuda a ampliar o número de funcionários, criando um ciclo virtuoso típico da economia criativa, em que tanto os criadores são beneficiados, como a cadeia de produção ao seu redor.

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A seguir, vamos mostrar quais são os setores que integram a economia criativa.

Quais são os setores da economia criativa

Existem quatro grandes áreas que compõem o setor como um todo. Vamos apresentar quais são esses segmentos criativos e suas afinidades setoriais.

Consumo

O consumo responde a principal área criativa quando se analisa a quantidade de trabalhadores formalmente empregados. De acordo com o relatório mais recente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), de 2019, mais de 365 mil trabalhadores formais integram essa categoria, que é dividida em:

   • Publicidade & Marketing: Atividades de publicidade, marketing, pesquisa de mercado e organização de eventos.

   • Arquitetura: Design e projeto de edificações, paisagens e ambientes. Planejamento e conservação.

   • Design: Design gráfico, multimídia e de móveis

   • Moda: Desenho de roupas, acessórios, calçados e modelistas.

A maior quantidade de profissionais do segmento de consumo está concentrada na parte de engenheiros civis, arquitetos e afins, que respondem por mais de 78 mil empregos diretos. Em seguida, a área de publicidade e marketing está bem representada com analistas de negócios (quase 40 mil profissionais) e analistas de pesquisa de mercado, com 31,7 mil profissionais em todos os estados.

Os profissionais mais bem remunerados da categoria são diretor de marketing (com salário médio mensal de R$23,8 mil) e diretor de contas (R$11,5 mil de salário). Os engenheiros e arquitetos também aparecem na lista, com salário médio de R$9.500.

Cultura

Apesar de ser o nome mais associado ao termo economia criativa, a parte de cultura permanece como a menor área de toda a indústria criativa. Ela envolve diversos profissionais como atores, músicos, diretores e até mesmo gastronomia.

Segundo dados de 2017 da Firjan, o segmento contava com cerca de 65 mil profissionais, que são divididos em:

   • Expressões Culturais: Artesanato, folclore e gastronomia.

   • Patrimônio & Artes: Serviços culturais, museologia, produção cultural e patrimônio histórico.

   • Música: Gravação, edição e mixagem de som; criação e interpretação musical.

   • Artes Cênicas: Atuação; produção e direção de espetáculos teatrais e de dança.

Como a gastronomia integra a parte de cultura, ela domina com folga a quantidade de profissionais dedicados do setor com os chefes de cozinha, que geram 16.300 empregos em todo o país. Em segundo lugar aparecem os gerentes de serviços culturais (6.700 ao todo) e os chefes de bar, com 5.900 profissionais.

As profissões mais bem remuneradas são: atores, com salário médio de R$20,6 mil; diretores teatrais, que ganham em média R$ 10,3 mil; e diretores de serviços culturais, com média de R$ 7.400.

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Mídias

Pela última estimativa, cerca de 95 mil profissionais brasileiros compõem o setor de mídias, que engloba tanto os meios tradicionais (como livros, rádio e televisão), como os meios digitais (para quem trabalha com produção de conteúdo para internet, por exemplo).

Nos últimos anos, houveram transformações importantes no setor que afetaram bastante os trabalhadores do meio. Uma delas foi a digitalização dos jornais, por exemplo. Isso mudou bastante o segmento de assinaturas. Muitos anunciantes deixaram de investir nesse meio, que teve que se reinventar para utilizar as páginas na web como fonte de renda por meio de assinaturas e novos contratos com anunciantes.

A seguir, veja como é dividido o setor de Mídias dentro da economia criativa:

   • Editorial: Edição de livros, jornais, revistas e conteúdo digital.

   • Audiovisual: Desenvolvimento de conteúdo, distribuição, programação e transmissão.

Entre as profissões mais numerosas da categoria estão a de locutores de rádio e televisão, responsáveis por mais de 10 mil empregos. Jornalistas, editores de texto, assessores de imprensa e montadores de filmes aparecem na sequência.

Porém, quando se observa os maiores salários, a área que domina é a audiovisual, representada por diretores de programas de TV, que ganham em média R$ 19,4 mil, e autores/roteiristas, com média de R$ 13,8 mil. Em terceiro lugar entra o diretor de redação, cargo máximo da linha editorial, com salário médio de R$ 10,4 mil.

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Tecnologia

O setor de tecnologia é um dos que têm apresentado maior índice de crescimento nos últimos anos. Para se ter uma ideia, é um segmento bastante dinâmico, que passa por diversas transformações a cada ano que passa.

Segundo estimativa de 2017, o setor de tecnologia possui mais de 310 mil trabalhadores formais. Só que, de acordo com o Tech Report 2020,  estudo realizado pelo Observatório da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e pela Neoway, com apoio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), existem diversas empresas que não são de tecnologia que têm demandado uma quantidade elevada de profissionais do setor.

Se antes as empresas contavam com consultorias ou empresas especializadas em Tecnologia da Informação para dar conta da infraestrutura tecnológica do setor, cada vez mais essa realidade vem se alterando, com equipes inteiras sendo montadas em indústrias de setores tradicionais, como logística, vestuário, energia, mercado financeiro, entre muitos outros.

A seguir, confira a separação dos profissionais de tecnologia na economia criativa:

   • P&D (Pesquisa e Desenvolvimento): Desenvolvimento experimental e pesquisa em geral (exceto biologia).

   • Biotecnologia: Bioengenharia, pesquisa em biologia e atividades laboratoriais.

   • TIC: Desenvolvimento de softwares, sistemas, consultoria em TI (Tecnologia da Informação) e robótica.

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De todas as áreas criativas, o setor de tecnologia é o que apresenta o maior índice de remuneração. Isso porque os empregos em Tecnologia se alinham à tendência

mundial de digitalização. Afinal, a emergência da economia digital e da indústria 4.0 tem tudo para constituir importante motor de crescimento e de geração de riquezas cada vez em mais setores.

Pelo relatório da Firjan, em 2017, os profissionais mais numerosos eram engenheiros das áreas de P&D (com 109 mil profissionais), programadores (72 mil profissionais) e gerentes de tecnologia da informação (39.500 profissionais). E as três profissões que mais remuneram também estão atreladas à P&D: geólogos e geofísicos, com salário médio de R$16,6 mil; gerentes de pesquisa e desenvolvimento, que ganham em média R$ 14 mil; e engenheiros da área de P&D, que recebem mensalmente em torno de R$ 12 mil.

Porém, por conta da pandemia, especialistas estimam que o mercado de TI foi o mais beneficiado dentro do setor de tecnologia. Segundo relatório da IDC Brasil, o crescimento por esse tipo de profissional aumentou cerca de 6% nos últimos meses e apresenta tendência de crescimento para os próximos anos, com as pessoas utilizando cada vez mais os serviços digitais para realizar tarefas como compras, aquisição de novos serviços, streaming de música e TV, entre outras atividades.

Atividades relacionadas à economia criativa

Além de toda parte voltada à produção e criação, a indústria criativa possui atividades de apoio que são importantes não somente para seu desenvolvimento, mas como forma de contribuição ao PIB de todo o país.

Comparada à média de remuneração mensal, a indústria criativa apresenta salários superiores, como mostramos em cada uma das categorias (lembrando que a média de salário do brasileiro é de R$2.260).

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Vale lembrar que, em toda criação, existe uma cadeia produtiva constituída de outras indústrias, serviços e redes de apoio. Eles são extremamente importantes para que a economia criativa mantenha um ciclo virtuoso. Confira as atividades relacionadas a essa indústria:

Indústrias

- Materiais para publicidade;

- Confecção de roupas;

- Aparelhos de gravação e transmissão de som e imagens;

- Impressão de livros, jornais e revistas;

- Instrumentos musicais;

- Metalurgia de metais preciosos;

- Curtimentos e outras preparações do couro;

- Equipamentos de informática;

- Equipamentos eletrônicos;

- Cosmética;

- Produção de Hardware;

- Equipamentos de laboratório;

- Fabricação de madeira e mobiliário.

Serviços

- Registro de marcas e patentes;

- Serviços de engenharia;

- Distribuição, venda e aluguel de mídias audiovisuais;

- Comércio varejista de moda, cosmética e artesanato;

- Livrarias, editoras e bancas de jornal;

- Suporte técnico de TI;

- Operadoras de televisão por assinatura.

Apoio

- Construção Civil: Obras e serviços de edificação;

- Indústria e Varejo de Insumos, Ferramentas e Maquinário;

- Tecelagem;

- Capacitação técnica: Ensino universitário e unidades de formação profissional;

- Telecomunicações;

- Representação Comercial;

- Comércio: Aparelho de som e imagem, instrumentos musicais; moda e cosmética em

atacado;

- Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos;

- Serviço de tradução;

- Agenciamento de Direitos Autorais.

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Criativos na indústria clássica e no mercado de trabalho

Os profissionais que vêm da economia criativa estão sendo cada vez mais requisitados no mercado de trabalho, principalmente por serem agentes importantes dentro da indústria de transformação, que é afetada por um mundo cada vez mais digitalizado.

Por conta de sua capacidade criativa e de resolver problemas complexos, profissionais da economia criativa, principalmente dos setores de consumo e tecnologia, têm ampla participação no que é chamado de ‘indústria clássica’.

Profissionais de consumo e tecnologia contribuem com cerca de 180 mil pessoas atuando na indústria clássica, que também engloba profissionais de mídia (7.500) e cultura (5.300).

Com o passar dos anos, cada vez mais profissionais da indústria criativa devem contribuir para outros setores econômicos, tornando o mercado de trabalho mais dinâmico e acessível.

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Economia criativa no Brasil hoje

Como deu para perceber, os setores de consumo e tecnologia são os mais promissores dentro da economia criativa por estarem mais alinhados à indústria da transformação pela qual passamos.

Em 2020, o Brasil viu o setor de comércio eletrônico crescer em ritmo exponencial. Uma pesquisa da Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI) identificou que 46% dos brasileiros aumentaram seu volume de compras online durante a pandemia, o que fez com que muitas empresas investissem em mais profissionais dedicados a trabalhar com tecnologia.

O segmento cultural, por outro lado, foi duramente afetado pela pandemia. Devido às restrições de mobilidade como resultado do isolamento social, diversos shows, apresentações e outras formas de se contemplar presencialmente uma apresentação artística tiveram que ser cancelados.

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Para se ter uma ideia, quase 49% dos agentes culturais perderam 100% de sua receita entre maio e julho de 2020, quando houve o pico de isolamento social nas principais cidades do país. Além disso, existe um percentual elevado de informalidade no setor, que contribui para uma incerteza ainda maior: de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 44% dos trabalhadores do setor cultural eram autônomos, sem salário fixo ou carteira assinada.

Um dos setores mais incrédulos com a retomada é o de artes cênicas, que teve perda significativa de receita no período. Na verdade, um em cada dois profissionais da cultura como um todo perderam o seu trabalho em 2020 por conta da pandemia.

Em uma comparação entre junho de 2019 e o mesmo mês de 2020, houve uma queda de 49% de indivíduos trabalhando no segmento: de 659,9 mil profissionais ligados ao setor, o número caiu para 333,7 mil postos, segundo o Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural.

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Dentro do setor da economia criativa cada vez menos pessoas são registradas como trabalhadores formais. Um tipo de contratação mais difundido entre os profissionais da indústria criativa são as pessoas jurídicas.

Segundo a Firjan, para cada 5 empregados formais criativos, existe uma pessoa jurídica que trabalha formalmente com criatividade. Esse volume é bem superior ao do total da economia brasileira – em que a relação é de 18 empregados para apenas um PJ, segundo dados de 2017.

Esse fenômeno, chamado de ‘pejotização’, é baseado em um regime em que não há nenhum vínculo empregatício entre empregador e empregado. Isso gera menor custo para a empresa mas, por outro lado, gera maior flexibilidade para o trabalhador.

Com menos impostos para pagar para o governo, essas empresas conseguem proporcionar remunerações mais altas aos profissionais. Já o profissional, porém, tem menos direitos trabalhistas e perde diversos benefícios de estabilidade associados à CLT.

Desafios da economia criativa

Com o mundo cada vez mais digitalizado, a demanda por profissionais da indústria criativa tem aumentado em ritmo exponencial, principalmente quando observamos a demanda por profissionais de tecnologia.

Segmentos tradicionais, como varejo e serviços, têm sido cada vez mais impactados pela digitalização. Se antes as pessoas costumavam realizar vendas por meio de contato físico, atualmente diversos sites e produtos digitais têm facilitado a vida dos consumidores.

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Nos últimos anos, o e-commerce tem feito com que mais pessoas comprem os artigos dentro de casa (algo que foi bem acelerado por conta do isolamento social da pandemia). Com o aumento de produtos por assinatura, software como serviço (SaaS) e o streaming, que permite assistir conteúdos em vídeo sem a necessidade de uma TV por assinatura, por exemplo, as pessoas têm encontrado novas formas de entretenimento, educação e consumo de conteúdo digital.

Novos hábitos e modelos de negócio têm sido criados de forma acelerada nos últimos anos - tudo isso devido ao avanço da tecnologia, à facilidade de criar novos produtos digitais e, principalmente, à construção de novos hábitos, que foram importantes para a adesão de serviços hoje considerados essenciais, como o Uber nas grandes cidades, o Spotify para ouvir música ou a Netflix para assistir às séries favoritas.

Do especialista em produzir conteúdo ao programador que fará com que tudo isso seja possível, a economia criativa vive um ciclo de crescimento exponencial, que carece cada vez mais de profissionais qualificados. Por isso mesmo, reinventar-se deixou de ser uma opção para se tornar palavra-chave deste novo momento de transformação que estamos vivendo.

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Além dos profissionais que tornam a criação possível, um novo tipo de economia sob demanda tem se fortalecido. É aí que entram os motoristas de Uber, os entregadores de serviços como Loggi e iFood, entre muitos outros - todos eles sem vínculo empregatício, o que tem gerado novas discussões sobre os verdadeiros rumos do mercado de trabalho.

Mas, como lidar com todas essas transformações? E como a economia criativa deve lidar com tudo isso? Existem muitas perguntas sem resposta. Vivemos uma era de incerteza, que se acentua em um momento de pandemia. Porém, o fato é que a economia criativa veio para ficar e tem muito a contribuir para superarmos essa fase e ajudar a resolver problemas complexos.

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