Fui demitido. E agora? Como pagar as minhas contas?

Fui demitido. E agora? Como pagar as minhas contas?

O mundo inteiro testemunhou um dos períodos mais difíceis em relação ao desemprego por conta da pandemia de Covid-19. O Brasil foi bastante impactado: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais de 14 milhões de brasileiros estão desempregados, número que pode aumentar com a recessão que pode vir ao longo de 2021.

Muitas pessoas tiveram que reorganizar as finanças pessoais e contrair dívidas para conseguir pagar as contas em dia. É um processo difícil, que precisa de todo o apoio da família.

Porém, é possível se preparar para não ser tão impactado em momentos difíceis como esse, que podem acontecer com qualquer um.

A seguir, vamos mostrar algumas dicas de como você pode proceder em caso de demissão e até mesmo se preparar para situações difíceis, quando as finanças podem apertar.

O que fazer com o dinheiro da demissão

Quem trabalha com carteira assinada, ou seja, é CLT, acaba tendo mais respaldo no momento da demissão. No caso de demissão sem justa causa, ou seja, demissão por conta da decisão da empresa, você tem direito a:

   • Saldo de salário;

   • Aviso prévio proporcional, trabalhado ou indenizado;

   • Férias proporcionais, com adicional de 1/3;

   • Férias vencidas, se houver;

   • 13º proporcional;

   • Multa de 40% do FGTS;

   • Recebimento das guias para saque do FGTS e solicitação do seguro-desemprego.

A soma de todos esses direitos pode resultar em um valor considerável - às vezes bem maior do que o seu salário mensal, caso você seja colaborador há bastante tempo.

Antes mesmo de receber toda a indenização, o ideal é se reunir com todos os integrantes da família e já começar a cortar gastos desnecessários. Você pode começar por itens mais supérfluos, como TV a cabo, pacotes de assinatura, entre outros, e até mesmo diminuir o valor médio das compras.

O exercício de enxugar os gastos mensais pode ser doloroso, mas é a melhor forma de se prevenir ou, pelo menos, ganhar um tempo a mais até que a situação realmente possa se reverter.

Depois de enxugar todas as possibilidades, faça um cálculo de quanto você poderia dividir por mês o valor que recebeu. Seja cauteloso para conseguir utilizar a sua indenização para garantir o seu sustento o maior número de meses possível. Afinal, algumas contas não podem deixar de ser pagas, como água, luz, gás, faturas passadas de cartão de crédito, entre outros.

E se a situação apertar?

Algumas situações podem ser mais duradouras do que imaginamos. E, por mais que você tenha se organizado para fazer com que suas economias rendam mais, pode acontecer de você permanecer desempregado por um bom tempo.

Não espere todas as suas economias para tomar uma atitude. Avalie bem o momento e, caso esteja muito difícil, considere a possibilidade de tomar um empréstimo. No entanto, só considere essa opção caso seja seu último recurso, porque você terá que se comprometer com uma instituição por um bom tempo e, na hora de pagar, ainda estar desprovido de recursos.

A melhor forma de encarar essa situação é arrumar uma ocupação temporária. Se você tiver um carro, por exemplo, pode considerar a opção de motorista de aplicativo. Caso tenha uma moto, também existe a possibilidade de se tornar entregador. Trace um plano pensando a curto e médio prazo, pelo menos. Por exemplo, se não conseguir se recolocar na sua área em determinado tempo, pode partir para uma opção mais imediata, que consiga garantir entrada de renda e sustentar a família.

Como se precaver para casos de demissão

Períodos de demissão costumam ser traumáticos para toda a família. Por isso, é importante começar a se precaver e não ficar tão vulnerável caso isso venha a acontecer.

A seguir, vamos mostrar algumas opções que podem te ajudar a se preparar para momentos difíceis.

Reserva de emergência

O primeiro passo é criar uma reserva de emergência. Uma reserva é um valor que representa pelo menos 6 vezes os seus gastos mensais e que seja de fácil resgate. Existem diversos produtos financeiros que podem ajudar na sua reserva, como CDBs, Tesouro Direto, entre outros que possuam vencimento próximo.

Embora não seja recomendado pelos especialistas por conta de seu baixo rendimento, você também pode considerar a poupança para manter sua reserva financeira.

Mantenha uma boa saúde financeira

Isso significa não criar tantas dependências para seus gastos, como não exagerar com o cartão de crédito, evitar pagar mensalidades de diversas coisas ao mesmo tempo, entre outras boas práticas de consumo consciente.

A melhor forma de fazer isso é juntar toda a família e deixar muito claro como fazer melhor uso do dinheiro. Aliás, o investimento em educação financeira é uma ótima forma de se prevenir em situações de desemprego.

Caso esteja pagando por um consórcio, por exemplo, você pode considerar adquirir um seguro. Dessa forma, você tem tempo de se recuperar e não deixa de investir no sonho de continuar pagando por um bem de alto valor, como casa, carro, moto ou diferentes tipos de serviços.

Permaneça focado e não fuja do planejamento

Um bom planejamento pode fazer toda a diferença na hora de lidar com situações de desemprego.

Caso não consiga se recolocar na sua profissão, pesquise por uma forma de complementar sua renda. Se conseguir fazer isso antes mesmo de utilizar sua reserva ou o dinheiro recebido da rescisão, melhor ainda.

Você pode considerar trabalhos com os quais têm mais afinidade e que podem trazer um retorno rápido. Se tiver mais algum membro da família que possa contribuir com a força de trabalho, converse com ele e tente ampliar suas possibilidades. É possível fazer desde trabalhos caseiros à prestação de serviços de forma autônoma, que podem trazer um bom respiro financeiro durante esse período.

O importante é não perder o foco e a esperança. Considere todas as possibilidades, converse bastante com toda a família e, mais importante, mantenha-se focado para conseguir passar pela difícil situação de desemprego. Acredite, você vai conseguir passar por essa e dar a volta por cima!

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