Quando usar a reserva de emergência?

Quando usar a reserva de emergência?

Uma das primeiras coisas a se fazer quando se tenta investir é montar a sua própria reserva de emergência.  

A grande maioria dos especialistas em finanças pessoais recomendam que você tenha um dinheiro guardado para lidar com assuntos emergenciais por diversos motivos.

Um dos principais é que, com a reserva, você pode estar mais seguro diante de momentos difíceis - como aconteceu com a chegada da pandemia de Covid-19, por exemplo, que aumentou ainda mais o número de desemprego, pegando muitas pessoas desprevenidas.

Porém, a reserva de emergência tem uma utilidade ainda maior. A seguir, vamos explicar por que é importante investir nesse tipo de reserva, quando é o melhor momento de utilizar e algumas dicas para que você possa montar a sua reserva de emergência.

O que é a reserva de emergência e por que é importante ter uma?

A reserva de emergência é um valor que corresponde a, pelo menos, seis vezes o salário que você ganha mensalmente.

Seu principal objetivo é cobrir situações de aperto. Por exemplo, caso você tenha que sair do seu emprego, ou costuma ter uma renda extra para seus gastos e, de repente, se vê sem este recurso. Além disso, a reserva costuma ser utilizada para lidar com situações de doença grave, seja de algum ente da família ou de algum parente distante.

Especialistas em finanças recomendam ter pelo menos seis vezes o valor da sua mensalidade para lidar com situações de perda de renda. Trata-se, na verdade, de um ‘fôlego’, até que você consiga encontrar outro emprego, procurar uma renda extra ou até mesmo montar o seu próprio negócio, com o objetivo de obter novamente os rendimentos necessários para restabelecer o seu padrão de vida.

Por mais que exista essa recomendação, algumas pessoas costumam guardar um valor ainda maior para a própria reserva de emergência. É importante que este valor esteja em uma conta ou um produto financeiro de fácil resgate, afinal, nunca se sabe quando você realmente terá que sacar ou fazer uso deste valor.

E, quando tiver que usar, não importa o motivo, é preciso ter um plano de ação para guardar dinheiro novamente e voltar a ter o dinheiro suficiente para a sua reserva.

Embora a poupança seja bastante utilizada pelo brasileiro como um dos principais produtos de investimento, vale a pena considerar outras alternativas para montar a sua reserva de emergência. Produtos de renda fixa, por exemplo, como Tesouro Direto e CDB também costumam ser considerados. O problema é que esses produtos podem fazer com que você perca dinheiro com o resgate antes do tempo predeterminado.

Para isso, uma boa forma é aplicar em contas digitais que rendem acima de 100% do CDI, que é um dos principais indexadores para investimentos. Diversos bancos digitais e fintechs oferecem essa possibilidade, portanto, pesquise a melhor para você e guarde o quanto antes a sua reserva de emergência.

Como usar a reserva de emergência?

Antes mesmo de fazer qualquer tipo de investimento, o ideal é ter um valor guardado de reserva de emergência. Se, após guardar o dinheiro necessário para a sua reserva, você tiver aplicado algum dinheiro em renda fixa e variável, certamente está seguindo a cartilha de recomendação dos investidores.

Caso se depare com alguma situação de emergência, o ideal é que utilize o valor já aplicado. Afinal, a reserva deve ser a última camada de segurança de seu investimento para utilização.

É possível até mesmo usar o valor da reserva de emergência e, posteriormente, cobrir o que for utilizado com parte dos seus investimentos aplicados.

Mas, se não tiver jeito, trace o quanto antes um plano de ação para repor o valor que foi utilizado. Se você costuma separar um percentual dos seus rendimentos mensais para investimento, redirecione parte deste valor para montar novamente a sua reserva de emergência para, o quanto antes, ter novamente o valor devidamente guardado.

No momento de emergência, é comum termos uma relação mais imediatista com o dinheiro. Em alguns casos, você pode não ter a opção de economizar - como tratamento médico complexo, por exemplo. Mas, se tiver a possibilidade de escolha ao ter que recorrer à reserva, opte sempre pelo menor gasto possível, para que não impacte demais as suas aplicações.

Como montar a minha reserva de emergência

Agora que você já sabe da importância e a melhor forma de utilizar a sua reserva de emergência, vamos dar algumas dicas de como montar a sua própria reserva.

  • Defina o valor necessário para a sua reserva de emergência: especialistas recomendam guardar, pelo menos, seis vezes os rendimentos mensais para a reserva de emergência. Por exemplo, se você ganha em torno de R$ 5 mil mensais, o ideal é que este valor seja de R$ 30 mil como reserva de emergência.  
  • Controle tudo o que entra e sai dos seus rendimentos: é possível fazer isso com o uso de uma planilha de gastos ou até com aplicativos para controle de finanças. Até caderninho vale; o importante é ter as finanças no controle, para que consiga saber o quanto precisa guardar para montar sua reserva.
  • Defina o valor a ser guardado: o ideal é guardar, pelo menos, 10% do seu salário mensalmente, para que consiga aplicar em investimentos. Porém, cada um tem uma realidade diferente. Não tenha medo de começar com pouco, caso ainda não tenha dinheiro guardado.
  • Crie uma conta apartada para a sua reserva de emergência: como já explicamos, contas com rendimentos do CDI podem ser uma ótima opção para montar a sua reserva de emergência. Ela deve ser de fácil resgate e, acima de tudo, não pode ser confundida com a sua conta corrente, em que você faz transações diárias.

Portanto, comece o quanto antes a montar a sua reserva de emergência para, então, se arriscar em investimentos de renda fixa e de renda variável.  

Veja mais dicas de como usar seu dinheiro com mais inteligência em nosso passo a passo para começar a investir.

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