Primeiros passos para organizar suas finanças

Primeiros passos para organizar suas finanças

Conseguir organizar as finanças, por mais fácil que pareça, tem sido um desafio cada vez maior para o brasileiro. Quanto a isso, não se pode ignorar o efeito de alguns fatores externos importantes, como a crise econômica, a diminuição do poder de compra, a inflação, entre outros - como a guerra na Ucrânia, por exemplo, que tem afetado o agronegócio e os combustíveis.

Tudo isso, de certa forma, impacta em seu planejamento. Porém, tão ou mais importante do que entender o cenário ao seu redor é conseguir colocar em prática alguns ensinamentos de finanças pessoais.

Nesse quesito, investir em educação financeira é importante. Você não precisa gastar dinheiro com isso. Com ajuda do blog da Embracon, além de outros especialistas relevantes sobre o assunto, você consegue desenvolver uma relação melhor com o seu dinheiro.

Dar o primeiro passo é importante, e você pode começar hoje mesmo. Trata-se de construção de novos hábitos e de ter ciência de tudo relacionado ao seu dinheiro e à forma de gastar.

A seguir, vamos trazer os primeiros passos para que consiga se organizar financeiramente.

Anote todos os seus gastos

Antes de qualquer tipo de planejamento, é preciso saber quais são os seus gastos correntes.

Muitos brasileiros pecam justamente nessa etapa, que é a base de qualquer organização financeira.

Por mais doloroso que seja, anotar todos os seus gastos é essencial para quem quer saber como utilizar melhor o dinheiro. A boa notícia é que a tecnologia pode ser a sua aliada neste momento.

Em vez de ficar utilizando o caderninho de anotações, você pode economizar tempo e ter mais praticidade com o uso de uma planilha, por exemplo. Existem modelos prontos na internet que podem atender ao que você precisa.

Com uma planilha, você precisa inserir o valor que ganha mensalmente - que seria o seu salário e o dos demais integrantes da família. É importante listar todos os gastos, para saber o que pode ser diminuído ou até cortado de seus hábitos de consumo.

Não deixe de listar todos os seus gastos: faturas de cartão de crédito, despesas fixas (como luz, água, aluguel, entre outros que tiver) e planos de assinatura. E, sempre que gastar algo, atualize a informação em sua planilha.

Por isso mesmo, vale a pena criar um hábito de atualização da sua planilha de finanças: você pode determinar um alarme, ou dedicar pelo menos 1h a cada três dias, por exemplo.

O mais importante é que você consiga ter visualização do quanto ganha e quanto realmente gasta para, então, determinar um plano de ação a fim de melhorar a organização de suas finanças.

Planeje o pagamento de suas dívidas

Criou a sua planilha e viu que tem mais dívidas do que gostaria? Não tem problema. Agora, chegou a hora de estabelecer um plano de ação para pagá-las.

Veja qual é a dívida que mais compromete os seus rendimentos mensais e priorize. Dívidas de cartão de crédito e cheque especial, por exemplo, possuem mais de 100% de juros ao ano.

A melhor forma de pagar uma dívida é juntando o necessário para seu pagamento à vista. Só que, em muitos casos, isso significa estender o não pagamento da dívida por um período ainda maior, o que pode ser prejudicial. Sempre tente negociar a dívida com o seu credor e busque a melhor opção possível. Assim que estabelecer um acordo, se comprometa com o pagamento: assim que quitar a primeira parcela, o credor tira o seu nome da lista dos órgãos de proteção ao crédito.

Fique atento, também, aos feirões de renegociação, que acontecem geralmente no início e no meio do ano. Você pode obter bons descontos com o pagamento de sua dívida e, assim, dar uma boa folga no seu orçamento.

Corte gastos supérfluos

Com a utilização de uma planilha, você verá o que realmente está comprometendo seus gastos mensais. Se perceber que gasta mais do que ganha, então precisa urgentemente cortar alguns desses custos.

Você pode começar pelo que não afeta tanto o seu cotidiano: pacotes de TV por assinatura, diminuição do uso dos serviços de streaming, evitar as saídas não planejadas, entre outros.

Dependendo da forma que é conduzido, o corte de gastos pode ser traumático. Por isso, opte por cortar aos poucos: se você costuma comprar determinado tipo de marca no supermercado, por exemplo, procure uma opção mais em conta ou dedique um tempo com antecedência para pesquisar locais mais baratos para a sua compra.

O importante é conseguir fechar a conta no fim do mês. Lembre-se, sempre: você precisa gastar menos do que ganha mensalmente. Aos poucos, você chega lá!

Adote novos hábitos de consumo

Tão importante quanto cortar alguns tipos de gastos é adotar novos hábitos de consumo.

Por exemplo, em vez de pedir a pizza todo fim de semana, que tal reduzir esse hábito para duas vezes no mês, a fim de economizar? E, em vez de pedir comida via delivery ou sair de casa para algum restaurante, que tal comprar o que deseja no mercado e fazer a sua comida em casa?

Claro que essa mudança pode afetar algum tipo de hábito. Se você não tem tempo ao longo da semana, pode dedicar um dia para fazer as marmitas e congelar, por exemplo.

Abra a sua cabeça para alternativas de como economizar o seu dinheiro. Dessa forma, você conseguirá se organizar com antecedência.

Junte dinheiro

Ao cortar gastos supérfluos e adotar novos hábitos, você perceberá o efeito positivo nos próximos meses ao atualizar a sua planilha.

Quando finalmente conseguir equiparar seu salário com os seus gastos, é hora de começar a juntar dinheiro. Para isso, vale a pena utilizar uma conta apartada da sua conta corrente. É possível contar com serviços de bancos digitais, que possuem conta corrente que rendem mais de 100% do CDI - ou seja, bem mais que a poupança.

Com o tempo, você pode guardar o seu dinheiro em diferentes alocações. Começa com produtos de renda fixa e, aos poucos, você pode guardar um percentual com renda variável e até mesmo investir em um patrimônio com o consórcio de imóveis.

Para mais dicas sobre finanças pessoais, acompanhe o blog da Embracon.