Como os juros impactam a compra do primeiro imóvel?

3 de dez. de 202512 minutos de leitura
Como os juros impactam a compra do primeiro imóvel?

Comprar o primeiro imóvel é uma conquista que marca todas as pessoas. Para muitos brasileiros, representa mais do que simplesmente adquirir um bem: significa segurança, estabilidade e a realização de um sonho cultivado durante anos. No entanto, transformar esse desejo em realidade pode ser desafiador, já que nosso cenário econômico, com juros elevados, torna o financiamento habitacional um peso difícil de carregar.

Se você quer realizar o sonho de comprar a casa própria, neste artigo, vamos falar sobre o tema e explicar como os juros afetam diretamente quem está em busca do primeiro imóvel. Além de explicarmos, também, por que o financiamento pode se tornar um fardo e como o consórcio de imóveis pode ser uma alternativa mais inteligente e vantajosa para conquistar esse objetivo sem cair na armadilha dos juros abusivos.

O impacto dos juros no financiamento habitacional 

Antes de entender as alternativas mais vantajosas para conquistar o primeiro imóvel, é importante analisar o que torna o financiamento bancário tão caro. 

O principal fator está nos juros, que funcionam como um peso adicional em cada parcela e acabam transformando o valor final pago em algo muito superior ao preço real da casa ou do apartamento. 

Eles não aparecem só como números frios em um contrato: influenciam diretamente na quantidade de parcelas, no tempo da dívida e até na sensação de segurança financeira do comprador.

O que são os juros?

Juros são, em sua totalidade, a remuneração cobrada pelas instituições financeiras para disponibilizar o crédito. Quando alguém contrata um financiamento imobiliário, está pegando emprestado o valor total ou parcial do imóvel. O banco, ao ceder esse recurso, cobra uma taxa sobre o saldo devedor como forma de garantir lucro e compensar os riscos assumidos.

Esse custo adicional é o que faz com que a compra do primeiro imóvel via financiamento muitas vezes custe o dobro ou até o triplo do valor do bem ao longo dos anos. Por essa razão, muitos preferem buscar outras modalidades de crédito, já que, com o financiamento, tudo parece inviável. 

Como os juros se acumulam?

No financiamento, os sistemas mais utilizados são o SAC (Sistema de Amortização Constante) ou a Tabela Price. Em ambos os casos, os juros incidem sobre o saldo devedor, o que significa que, no início do contrato, quando o valor da dívida ainda é muito alto, o comprador paga quase só juros.

É somente após anos de pagamento que as parcelas começam a ter mais amortização do que juros. Essa lógica prolonga a dívida e aumenta consideravelmente o custo final do imóvel.

Suponha, por exemplo, que você queira comprar um imóvel de R$ 600 mil, a prazo de 30 anos e com juros de 10% ao ano. A partir desse cálculo, a parcela inicial pode superar R$ 3.000,00, e ao final do contrato, o comprador terá pago aproximadamente R$ 900.000,00. Ou seja, R$ 600.000,00 apenas em juros.

Esse valor extra poderia ser usado para comprar outro imóvel, investir em renda fixa, iniciar um negócio ou até garantir a aposentadoria.

Por que os juros são tão altos no Brasil?

A Taxa Selic é a principal referência da economia brasileira. Definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ela influencia diretamente todas as operações de crédito. Quando a Selic está alta, os bancos elevam os juros para manter suas margens de lucro e reduzirem o risco de inadimplência. Isso significa que, mesmo quem está apenas tentando comprar o primeiro imóvel, acaba sofrendo os efeitos de decisões macroeconômicas.

Inflação e risco de crédito

O histórico de inflação elevada e instabilidade econômica no Brasil fez com que os bancos adotassem margens de segurança maiores. Além disso, o risco de inadimplência é considerado alto, o que leva as instituições a cobrarem taxas mais caras.

Consequências para o comprador do primeiro imóvel

Na prática, o trabalhador que financia o primeiro imóvel acaba pagando caro não só pela casa ou apartamento, mas também pelo cenário econômico do país. O custo da instabilidade recai diretamente sobre o consumidor final.

Saiba mais sobre o financiamento e os seus desafios

Entender os números é importante, mas o financiamento do primeiro imóvel não se resume a cálculos de juros e prazos. Na verdade, essa escolha impacta diretamente a rotina, o orçamento familiar e até o planejamento de vida. 

Quando o comprador assume uma dívida que pode durar décadas, ele precisa lidar não só com parcelas mensais, mas também com limitações financeiras e pressões emocionais que acompanham esse compromisso de longo prazo.

Comprometimento da renda 

As instituições financeiras exigem que as parcelas do financiamento não ultrapassem 30% da renda familiar. Isso pode parecer um número razoável, mas, considerando que muitas famílias já têm despesas fixas altas, como alimentação, transporte, educação e saúde, esse percentual pode inviabilizar outros projetos.

Dívida de longo prazo 

Um contrato de 20 a 30 anos é praticamente uma vida inteira de pagamentos. Durante esse período, o comprador do primeiro imóvel fica preso a uma obrigação mensal que não pode falhar, porque, qualquer deslize, traz o risco de perder o bem.

Impacto psicológico

Além do aspecto financeiro, existe também o peso emocional de conviver com uma dívida tão longa. Muitos relatam a sensação de estar pagando por algo que nunca acaba, o que gera ansiedade e limita outras conquistas.

Como o consórcio pode ser uma alternativa ao financiamento na compra do primeiro imóvel?

Quando o assunto é reduzir o peso dos juros e organizar a compra do primeiro imóvel de forma planejada, o consórcio é visto como uma alternativa ao financiamento, e não por acaso, tem atraído quem quer gastar menos com encargos e ganhar previsibilidade no orçamento. 

A seguir, vamos explicar como o consórcio funciona, quais são as despesas reais por trás do contrato, em que situações ele se torna mais vantajoso que o financiamento e que cuidados tomar para transformar essa opção em uma vitória financeira. Confira!

Como o consórcio funciona?

Na prática, o passo a passo do consórcio é assim: 

  • Primeiro, você escolhe o plano, define o valor da carta de crédito e o prazo que cabe no seu bolso. 

  • Depois de assinar o contrato, passa a fazer parte do grupo e começa a pagar as parcelas. 

  • Todo mês acontecem as assembleias, nas quais alguns participantes são contemplados. Essa contemplação pode acontecer por sorteio ou pelo lance, que nada mais é do que antecipar parcelas para aumentar as chances de receber a carta. 

  • Quando chega a sua vez, você usa o crédito para comprar o imóvel, negociar à vista e até ganhar bons descontos.

Quais são os encargos do consórcio?

Um dos grandes atrativos do consórcio é que ele não tem juros como no financiamento. Mas isso não significa que ele seja isento de custos. Existem encargos que precisam ser considerados, como: 

  • Taxa de administração: é o valor que remunera a empresa que organiza o grupo. Fica diluído nas parcelas;

  • Fundo de reserva: uma espécie de segurança para o grupo, usada em caso de inadimplência de alguns participantes;

  • Seguros ou tarifas: em alguns planos, há seguros inclusos, como o prestamista, que quita a dívida em caso de falecimento do titular;

  • Reajustes: o valor da carta de crédito e das parcelas é corrigido de acordo com algum índice, geralmente ligado ao setor da construção ou à inflação.

É claro que, apesar das taxas, o custo do consórcio é relativamente menor do que o custo no financiamento. 

Principais diferenças entre consórcio e financiamento 

A comparação entre consórcio e financiamento deixa claro por que o consórcio vem chamando tanta atenção, principalmente de quem está atrás do primeiro imóvel.

No financiamento, o banco libera o crédito na hora, mas cobra juros altos que fazem o valor final pago quase dobrar – ou até triplicar. Já no consórcio não existem juros: você paga apenas a taxa de administração e alguns encargos, o que torna o custo final bem mais leve.

Claro, há uma diferença importante: no financiamento você já sai com o imóvel, enquanto no consórcio precisa aguardar a contemplação. Mas esse tempo pode ser encurtado se você tiver condições de ofertar lances. E o detalhe que faz diferença: quando é contemplado, você compra à vista. Ou seja, ganha poder de negociação, podendo conseguir descontos que quem financia não consegue.

Contemplação por sorteio e lance 

A contemplação é o momento mais esperado do consórcio, pois é com a contemplação que os consorciados podem comprar o bem desejado. Esse momento acontece de duas formas:

  • Sorteio: todo mês, durante a assembleia, um ou mais participantes são sorteados. Se você estiver em dia com suas parcelas, participa automaticamente.

  • Lance: é quando você oferece um valor extra (antecipando parcelas) para aumentar suas chances. Quem oferece o maior lance dentro do grupo leva a carta naquele mês.

Vale dizer que existem diferentes tipos de lances. Entre os mais comuns, estão: lance livre, lance fixo e lance embutido.

O lance livre é um tipo de lance no qual os participantes podem ofertar o valor que desejarem, livremente; enquanto o lance fixo é predefinido pela administradora, e o percentual de lance pode variar conforme as regras. O lance embutido, por sua vez, permite que o consorciado oferte uma parte da própria carta de crédito, o que significa que, caso seja contemplado, o valor é descontado. 

Vantagens do consórcio para quem busca o primeiro imóvel 

Comprar o primeiro imóvel envolve ansiedade, pressa e muitas dúvidas. É natural querer resolver tudo rápido, mas também é nessa hora que surgem os maiores riscos de entrar em um financiamento pesado e acabar pagando muito mais do que o imóvel realmente vale. Por essa razão, o consórcio se mostra uma alternativa muito mais vantajosa. 

Confira os benefícios dessa modalidade: 

  1. Custo total muito menor: para sermos sinceros, a maior diferença está no bolso: enquanto um financiamento pode dobrar ou até triplicar o valor do imóvel por conta dos juros, no consórcio você paga somente a taxa de administração e outros encargos. Isso significa que, em vez de gastar R$ 600 mil em um imóvel de R$ 300 mil (como acontece em muitos financiamentos de longo prazo), você pode chegar ao fim do consórcio pagando pouco mais de R$ 360 mil. Essa economia representa anos de trabalho que não serão desperdiçados com juros;

  2. Poder de compra à vista: quando você é contemplado, a carta de crédito equivale a dinheiro vivo. Isso dá um poder enorme de negociação. Imagina um apartamento anunciado por R$ 280 mil. Um comprador financiado talvez precise pagar esse valor cheio. Mas quem tem a carta de crédito pode oferecer R$ 260 mil à vista, e o vendedor, muitas vezes, aceita pela facilidade de receber tudo de uma vez. Esse poder de barganha pode render descontos de 5% a 15% no valor do imóvel;

  3. Disciplina sem sufoco: o consórcio “obriga” você a guardar dinheiro todos os meses, mas de uma forma menos pesada do que um financiamento. Como não existem juros embutidos, as parcelas são mais acessíveis, e isso cria um hábito saudável de organização financeira. É como uma poupança forçada, mas com destino certo: o seu primeiro imóvel;

  4. Flexibilidade de uso do crédito: a carta de crédito não limita suas opções. Você pode comprar um apartamento pronto, uma casa usada, um imóvel na planta, um terreno para construir ou até quitar parte de um financiamento já existente. Para quem ainda está decidindo qual imóvel comprar, essa flexibilidade é uma vantagem e tanto;

  5. Possibilidade de usar o FGTS: em muitos casos, é permitido usar o FGTS para complementar o valor do imóvel ou até dar um lance para antecipar a contemplação. Isso significa acelerar a conquista do primeiro imóvel sem comprometer suas economias principais;

  6. Chance de ser contemplado antes do previsto: quem entra em um consórcio pode ser sorteado logo no início. Ou, se tiver algum dinheiro guardado, pode dar lances para aumentar as chances. Diferente do financiamento, em que a dívida só termina depois de 20 ou 30 anos, o consórcio pode te surpreender e permitir que você compre bem antes do prazo final;

  7. Ausência de entrada: no financiamento, geralmente o banco exige uma entrada de 20% a 30% do valor do imóvel. Se o imóvel custa R$ 300 mil, isso significa desembolsar logo de início R$ 60 mil ou R$ 90 mil. No consórcio, você não precisa desse valor inicial. Basta começar a pagar as parcelas e aguardar a contemplação;

  8. Planejamento financeiro sem pressa: o consórcio é perfeito para quem está  planejando comprar um imóvel com calma. Se você não tem urgência, pode esperar ser contemplado e, nesse tempo, se organizar financeiramente. Assim, quando receber a carta de crédito, já terá clareza sobre o tipo de imóvel que quer, a região e até condições melhores de negociação;

  9. Menos burocracia que o financiamento: a análise de crédito no consórcio é bem mais simples. Como não há liberação imediata de dinheiro, as exigências são menores na entrada. A avaliação mais criteriosa acontece somente no momento da contemplação, mas ainda assim tende a ser mais leve que a burocracia bancária de um financiamento;

  10. Segurança regulatória: muita gente ainda confunde consórcio com “investimento arriscado”, mas a verdade é que ele é regulado pelo Banco Central, o que traz segurança para os participantes. Depois de escolher uma administradora autorizada e com boa reputação, você tem garantias de que seu dinheiro está sendo usado da forma correta.

Nem tudo são flores no consórcio, e isso quer dizer que ele também tem suas limitações. Veja quais são: 

Principais limitações do consórcio

  1. Tempo de espera até a contemplação: o maior ponto de atenção é o prazo. Diferente do financiamento, no qual o imóvel é liberado na hora, no consórcio você precisa esperar até ser sorteado ou dar um lance que seja aceito. Isso pode acontecer logo no início, mas também pode levar anos. Para quem tem urgência em sair do aluguel ou já precisa do imóvel por algum motivo específico, essa espera pode ser frustrante;

  2. Dependência do grupo: como o consórcio é coletivo, o bom funcionamento depende da contribuição de todos. Se muitos participantes ficarem inadimplentes, pode ser necessário usar o fundo de reserva para manter os sorteios. Isso não costuma comprometer o grupo em administradoras sérias, mas é um risco que existe nas menores;

  3. Não serve para quem tem pressa: o consórcio é uma estratégia de médio a longo prazo. Ele é ótimo para quem pode se planejar e quer economizar, mas não funciona bem para quem precisa do imóvel de forma imediata.

Antes de aderir ao consórcio em busca do primeiro imóvel, é muito importante considerar os prós e contras da modalidade para não se sentir frustrado mais tarde. O consórcio de imóveis é, sim, um bom negócio, mas como explicamos, não funciona para todos. 

Agora que você já sabe tudo o que precisa, vamos ao que pode te ajudar: escolher a administradora certa conta muito. Saiba como escolher a sua. 

Como escolher a administradora ideal para comprar o seu imóvel?

Entrar em um consórcio é um passo importante, e a escolha da administradora pode determinar se sua experiência será tranquila ou um pesadelo cheio de dores de cabeça. Afinal, é ela que organiza o grupo, administra o dinheiro e garante que tudo aconteça dentro da lei.

Veja os pontos que merecem mais atenção:

1 - Autorização do Banco Central

O primeiro filtro é básico: a administradora precisa ser autorizada e fiscalizada pelo Banco Central. Sem isso, você corre o risco de cair em golpes ou em empresas que não oferecem garantias. Uma consulta rápida no site do Bacen já elimina dúvidas.

2 - Clareza nas taxas e encargos

Antes de assinar, peça a planilha com todos os custos: taxa de administração, fundo de reserva, possíveis seguros e índice de reajuste. Fuja de propostas que escondem detalhes ou prometem “taxa zero” sem explicar como funcionam os encargos. Administradora séria coloca tudo no papel, sem letras miúdas.

3 - Reputação no mercado

Pesquise a empresa: tempo de atuação, número de clientes, reclamações registradas em sites de defesa do consumidor, comentários em redes sociais e até conversas em fóruns. Uma administradora consolidada, com anos de experiência, costuma ser mais confiável do que empresas novas que aparecem com promessas milagrosas.

4 - Transparência nas assembleias

A base do consórcio são as assembleias, momentos nos quais acontecem sorteios e lances. Por isso, verifique se a administradora permite acompanhar as assembleias online, se divulga os resultados com clareza e se oferece canais de consulta ao histórico de contemplações. Quanto mais transparente, melhor para você.

5 - Atendimento e suporte ao cliente

Consórcio é um compromisso de longo prazo, então você precisa de uma administradora que esteja presente durante todo o percurso. Teste o atendimento antes de fechar: ligue, mande e-mail, faça perguntas pelo chat. A agilidade e a clareza das respostas já dão uma boa ideia de como será a relação no futuro.

6 - Flexibilidade nos planos

Cada pessoa tem uma realidade financeira diferente. Administradoras sérias oferecem variedade de prazos, valores de carta de crédito e condições que se adaptam ao seu perfil. Se a empresa tentar empurrar apenas um tipo de plano, desconfie.

7 - Política de rescisão

Mesmo entrando no consórcio com convicção, imprevistos podem acontecer. Por isso, verifique quais são as condições de saída do grupo, em quanto tempo você pode receber os valores pagos de volta e quais descontos podem ser aplicados. Entender isso antes evita surpresas desagradáveis.

Agora que você já tem todas as informações que precisa em mãos, aqui vai uma dica: a Embracon é referência nacional no segmento de consórcios. Já realizou milhares de sonhos e o próximo será o seu!

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