O endividamento é uma realidade que afeta milhões de brasileiros, sendo resultado de diversos fatores, como o uso descontrolado do cartão de crédito, financiamentos com juros elevados e falta de planejamento financeiro.
Diante desse cenário, surge uma dúvida comum: o consórcio está entre as causas do endividamento brasileiro? Apesar de ser uma alternativa de compra planejada e sem juros, muitas pessoas ainda têm receio sobre como essa modalidade funciona e qual é seu impacto na vida financeira dos consumidores. Entenda melhor a seguir!
Entenda o cenário do endividamento brasileiro
De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o endividamento no Brasil está fortemente relacionado a comportamentos como falta de controle sobre o orçamento pessoal, uso exagerado de crédito rotativo, empréstimos mal planejados e despesas não previstas.
Nesse sentido, as principais causas do endividamento brasileiro são:
- Descontrole financeiro pessoal 
- Cartão de crédito utilizado de forma excessiva 
- Financiamentos com juros altos 
- Empréstimos com parcelas incompatíveis com a renda 
- Perda de emprego ou diminuição da renda 
- Doenças ou emergências familiares 
- Falta de educação financeira 
Entre essas causas, o consórcio não aparece como protagonista. Na verdade, ele tende a ser uma das alternativas mais equilibradas para quem deseja adquirir bens sem recorrer a taxas de juros.
O que é consórcio e como ele funciona?
O consórcio é uma modalidade de compra programada em grupo, na qual várias pessoas se reúnem com o objetivo de adquirir um imóvel, veículo ou até mesmo planejar viagens.
Cada participante paga mensalmente uma parcela e, ao longo do tempo, um ou mais membros do grupo são contemplados, seja por sorteio ou lance. A contemplação permite a utilização da carta de crédito para a aquisição do bem desejado, como um apartamento, caminhão, equipamento ou até mesmo serviços.
Diferente de um financiamento, o consórcio não envolve juros, há apenas a cobrança de taxa de administração e o fundo de reserva, diluído nas parcelas mensais. Isso faz com que o valor total pago seja menor do que em outras formas de crédito.
Afinal, o consórcio pode causar endividamento brasileiro?
De acordo com um estudo da ABAC, a inadimplência no setor de consórcios permanece baixa, principalmente se comparada a outras modalidades de crédito. Por exemplo, em 2023, a taxa de inadimplência foi inferior a 5%, sendo considerada bastante controlada.
Essa baixa inadimplência está ligada a alguns fatores importantes, como:
- O consorciado tende a planejar a compra antes de aderir ao grupo 
- Não há cobrança de entrada nem juros altos 
- A própria lógica do consórcio incentiva disciplina financeira 
- Muitos utilizam o consórcio como forma de poupança com objetivo definido 
Ou seja, o consórcio, por si só, não é uma causa de endividamento brasileiro. O que pode ocorrer, no entanto, é que o participante assuma parcelas além da sua capacidade financeira, o que pode levar à inadimplência – algo que também acontece com qualquer outra forma de crédito.
Portanto, a responsabilidade recai sobre o planejamento e organização financeira do consorciado, e não sobre a modalidade em si.
Ou seja, o consórcio não é vilão do endividamento brasileiro!
Com base no que foi discutido acima, é possível afirmar com segurança que o consórcio não está entre as principais causas do endividamento brasileiro. Pelo contrário, ele pode ser um importante aliado da educação financeira e do consumo consciente, desde que utilizado de forma adequada.
O segredo está no planejamento: analisar as finanças pessoais, entender as condições do grupo e manter a disciplina com os pagamentos.
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