Na hora de fazer um planejamento financeiro, muitas pessoas se perguntam se o consórcio é um bom investimento. Afinal, trata-se de uma forma diferente de adquirir bens e serviços, com regras próprias, vantagens interessantes e também algumas limitações que precisam ser bem compreendidas.
Neste artigo, vamos explicar como o consórcio funciona, quais os diferentes tipos existentes, seus princípios básicos e, principalmente, se ele pode ser considerado uma boa opção de investimento.
Com base em opiniões de especialistas, como o economista Luiz Antonio Barbagallo da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), vamos listar os prós, os contras e as situações em que investir em consórcios pode ser vantajoso. Continue a leitura com a gente!
Como funciona o consórcio?
Antes de entender se a modalidade de compra programada é um bom investimento, vale entender o que ela é e como funciona. O consórcio é uma forma de compra planejada e colaborativa, que se baseia na união de pessoas físicas ou jurídicas que formam um grupo com o objetivo comum de adquirir bens ou serviços.
Esse grupo é administrado por uma empresa autorizada pelo Banco Central do Brasil e fica responsável por organizar, gerenciar os pagamentos e realizar os sorteios ou lances mensais.
Cada integrante do grupo contribui mensalmente com uma parcela. Com os valores arrecadados, a administradora contempla um ou mais participantes por mês, permitindo que eles adquiram o bem ou serviço desejado por meio de uma carta de crédito.
É importante destacar que não há incidência de juros sobre as parcelas, mas há a cobrança de taxas de administração, fundo de reserva e eventuais seguros.
Da adesão à contemplação: entenda como as etapas do consórcio funcionam
Basicamente, se você está pensando na modalidade de compra como um bom investimento e quer aderir a um consórcio, é válido ressaltar que ele funciona assim:
Adesão ao grupo: primeiro, o interessado escolhe o tipo de consórcio e o valor da carta de crédito que deseja e, então, a administradora apresenta as condições e formaliza a entrada do novo consorciado;
Pagamentos mensais: o participante começa a realizar os pagamentos das parcelas conforme o contrato. Esses valores formam o fundo comum que, mais tarde, será utilizado para contemplar os integrantes;
Contemplação: todo mês, ocorrem as contemplações, que podem acontecer por sorteio (realizado durante as assembleias) ou por lance (valor adicional oferecido pelo consorciado para antecipar sua contemplação);
Utilização da carta de crédito: quando o participante é contemplado, ele pode adquirir o bem ou serviço desejado de forma à vista, mesmo que ainda precise continuar pagando as parcelas até o fim do plano; e
Encerramento do grupo: no final do prazo contratual, todos os consorciados devem estar contemplados e, então, o grupo se encerra.
Quais são os tipos de consórcio do mercado?
Além dos bens duráveis, o consórcio conta com outras formas de aquisição. Entre os principais tipos, estão:
Consórcio de imóveis
Esse tipo de consórcio é voltado para quem deseja investir em bens imobiliários, como casas, apartamentos, terrenos urbanos e rurais, salas comerciais e até imóveis na planta. Também é possível utilizar a carta de crédito para quitar financiamentos ou reformar/construir em terrenos já adquiridos.
É uma alternativa interessante não só para quem deseja sair do aluguel, mas também para investidores que querem aumentar e diversificar o seu patrimônio de uma forma planejada e sem a incidência de juros.
Consórcio de veículos:
Bastante popular, o consórcio de veículos abrange desde carros de passeio até motos, caminhões, ônibus e veículos utilitários e pesados. Ele é muito utilizado por pessoas físicas que querem comprar seu primeiro carro, trocar de veículo com economia ou até mesmo por empreendedores que precisam renovar ou ampliar sua frota.
A possibilidade de adquirir o veículo à vista com a carta de crédito pode garantir boas negociações com concessionárias e vendedores.
Consórcio de serviços:
Talvez o menos conhecido entre os três, mas não menos relevante.
O consórcio de serviços oferece uma alternativa para quem quer realizar um sonho ou uma necessidade pessoal. É possível contratar pacotes turísticos (viagens nacionais ou internacionais), pagar por festas de casamento, cirurgias plásticas, tratamentos odontológicos, cursos no exterior, entre outros. Com a carta de crédito, o cliente tem liberdade para escolher prestadores de serviços, ampliando as possibilidades de negociação e personalização da experiência.
Para quem investe, é possível contratar outros tipos de serviços como contabilidade, marketing, palestras, estudos, entre outros objetivos.
Consórcio como um bom investimento: por quê?
Para entender se o consórcio pode ser considerado um bom investimento, é necessário refletir sobre o conceito do próprio termo "investimento".
Segundo o economista Luiz Antonio Barbagallo, da ABAC, investir significa aplicar seus recursos com o objetivo de obter retorno futuro. Isso pode se dar por meio de ativos financeiros, como ações e títulos, ou por meio de ativos reais, como imóveis e veículos.
No caso do consórcio, embora não haja uma rentabilidade como nos investimentos financeiros (juros, dividendos ou valorização imediata), há, sim, um retorno no longo prazo, principalmente se considerarmos os seguintes aspectos:
Planejamento e disciplina: depois de entrar em um consórcio, o participante assume um compromisso de pagar suas parcelas mensalmente. Isso exige organização e promove uma cultura de disciplina e poupança, o que é um dos fundamentos mais importantes para qualquer investido;
Aquisição sem juros: uma das maiores vantagens do consórcio é a possibilidade de adquirir um bem ou serviço de alto valor sem pagar os juros embutidos nos financiamentos. Ao invés disso, o consorciado paga a taxa de administração composta por fundo de reserva e seguro, que costuma ser bem mais baixa do que os juros praticados pelo mercado financeiro;
Poder de compra à vista: a carta de crédito contemplada permite ao consorciado comprar à vista, o que pode gerar boas oportunidades de negociação e descontos com fornecedores ou vendedores, valorizando mais ainda o poder de compra do consumidor;
Valorização patrimonial: quando você compra um imóvel por meio de consórcio, por exemplo, o consorciado pode ver seu patrimônio valorizar com o tempo. O mesmo vale para determinados tipos de veículos e até serviços, dependendo do contexto econômico. É uma forma indireta de obter retorno sobre o investimento; e
Menor risco de endividamento: como o consórcio não exige entrada nem cobra juros compostos, ele é mais seguro para quem deseja evitar o endividamento que pode ocorrer com financiamentos mal planejados. O consorciado sabe, desde o início, qual será o valor das parcelas até o final do contrato.
Como lucrar com o consórcio?
Embora o consórcio não pague dividendos nem ofereça retorno imediato, ele pode ser altamente vantajoso para quem busca investir em bens duráveis com potencial de valorização ou geração de renda. Há algumas estratégias que investidores podem adotar para transformar o consórcio em um bom investimento lucrativo.
Compra de imóveis residenciais e comerciais
Uma das formas mais inteligentes de gerar lucro com consórcio é utilizar a carta de crédito contemplada para adquirir imóveis. Ao investir em imóveis residenciais, o consorciado pode aproveitar o potencial de valorização ao longo dos anos, além de contar com a possibilidade de gerar renda passiva por meio de aluguel.
Já os imóveis comerciais, como salas corporativas, lojas e galpões, tendem a oferecer uma rentabilidade ainda maior por meio de aluguéis com valores mais altos. Além disso, esses imóveis geralmente apresentam valorização atrelada ao desenvolvimento econômico da região e à demanda empresarial.
Como o consórcio permite comprar à vista com a carta de crédito, o investidor ganha poder de negociação e pode obter bons descontos no momento da compra. Isso valoriza o retorno sobre o investimento, já que o bem é adquirido por um valor menor do que seria num financiamento, por exemplo.
Ampliação de frota de veículos leves e pesados
Empreendedores e empresas de transporte ou logística podem utilizar o consórcio como uma possibilidade para renovar ou expandir sua frota de veículos. Isso inclui tanto veículos leves – como carros para transporte executivo ou por aplicativo – quanto veículos pesados, como caminhões, ônibus ou vans.
Ao optar pelo consórcio em vez dos financiamentos com juros elevados, a empresa reduz o custo total de aquisição dos veículos. Com a economia gerada, é possível reinvestir o capital no próprio negócio, aumentar a capacidade operacional e, assim, elevar a margem de lucro.
Sem contar que os veículos adquiridos podem ser usados como ativos produtivos, ou seja, são bens que geram receita diretamente, o que caracteriza um bom investimento com retorno relativamente previsível quando bem gerido.
Rentabilidade indireta com ganho de patrimônio
O consórcio também pode ser encarado como uma forma de construção patrimonial. Mesmo que não haja uma remuneração financeira direta, o investidor que é contemplado e adquire seus bens consegue ampliar seu patrimônio com base em valores de mercado futuros.
Por exemplo, um imóvel comprado hoje por meio de consórcio pode dobrar de valor em uma década. Da mesma forma, um veículo bem adquirido pode ser revendido com margem ou gerar lucros enquanto estiver em operação. Essa valorização ou retorno de uso caracteriza a chamada “rentabilidade indireta”, uma abordagem válida para quem pensa no consórcio como parte de uma carteira de ativos reais.
Principais “desvantagens” do consórcio como investimento
Apesar de todos os benefícios já apontados, é importante analisar com clareza e equilíbrio os pontos que podem ser considerados desvantagens ou limitações do consórcio como um bom investimento. Afinal, nenhum modelo é perfeito, e conhecer os desafios é válido para uma decisão consciente.
Prazos de contemplação incertos: uma das maiores críticas ao consórcio está na imprevisibilidade do momento da contemplação. Quem não possui recursos para oferecer lances acaba dependendo exclusivamente dos sorteios mensais, o que pode demorar anos. Isso significa que, mesmo pagando as parcelas em dia, o participante pode esperar muito tempo até ter acesso à carta de crédito, o que torna o consórcio pouco indicado para quem tem urgência na aquisição do bem;
Taxas e custos envolvidos: embora o consórcio não tenha juros, ele não é isento de custos. As taxas de administração, fundo de reserva e eventuais seguros são cobradas mensalmente e podem impactar o valor final pago pelo bem. É importante comparar essas taxas com os custos de outras administradoras, para entender qual opção se encaixa melhor no seu planejamento financeiro;
Carência e regras de desistência: ao entrar em um consórcio, o participante assume um compromisso de longo prazo. Se por algum motivo ele quiser desistir antes da contemplação, terá que arcar com penalidades previstas em contrato, além de esperar o encerramento do grupo ou sua revenda da cota para receber de volta os valores pagos, o que impacta negativamente na liquidez do investimento;
Liquidez limitada do investimento: diferente de ativos financeiros que podem ser vendidos rapidamente no mercado, uma cota de consórcio não possui liquidez imediata. Isso significa que, caso o consorciado precise do dinheiro com urgência, ele pode enfrentar dificuldades para vender sua cota ou recuperar o capital investido a curto prazo;
Risco de inadimplência do grupo: embora as administradoras tenham formas de manter a segurança, como o fundo de reserva, a inadimplência de outros participantes pode afetar o ritmo das contemplações. Grupos com alto índice de inadimplência podem ter menos recursos disponíveis mensalmente, o que reduz o número de consorciados contemplados por assembleia.
Essas desvantagens não devem ser vistas como impeditivos, é claro, mas como aspectos que exigem atenção e análise antes de qualquer decisão.
O sucesso de um consórcio como bom investimento depende diretamente da clareza nos objetivos do participante, da sua capacidade de planejamento e da escolha de uma administradora séria e transparente.
Quando o consórcio pode ser um bom investimento?
No geral, o consórcio é sempre um bom investimento, no entanto, é preciso considerar os prós e contras dessa finalidade. Se o seu objetivo é ter resultados rápidos, a curto prazo, pode ser que a modalidade de compra parcelada não seja a mais indicada.
Confira a seguir o que considerar para verificar se o consórcio é ou não um bom investimento:
Para quem busca disciplina financeira
Para o investidor que precisa desenvolver ou manter uma rotina de organização financeira, o consórcio surge como uma forma de disciplina. Isso acontece porque, ao assumir o compromisso mensal das parcelas, o participante se obriga a destinar uma quantia fixa todo mês com um propósito claro: a aquisição futura de um bem. Trata-se de uma espécie de "poupança com contrato", em que a pessoa não tem a opção de resgatar o valor antes da hora, o que evita o uso impulsivo do dinheiro.
Para quem tem dificuldades em manter o foco ou costuma gastar suas economias antes de alcançar objetivos , o consórcio impõe limites e cria uma estrutura que favorece o acúmulo progressivo de patrimônio. É como se o consorciado estivesse se pagando primeiro, mas de forma automatizada e protegida contratualmente.
Para quem não tem pressa e quer economizar com juros
Quem é investidor sabe que o tempo é um dos ativos mais valiosos. E, no caso do consórcio, o tempo trabalha a favor de quem pode esperar. Isso porque, ao contrário dos financiamentos, que exigem o pagamento de juros compostos e aumentam consideravelmente o custo final de compra, o consórcio opera com parcelas livres de juros. Embora haja taxas de administração e outros encargos, o custo final é bem menor.
Portanto, para o investidor que não precisa do bem de forma imediata e tem flexibilidade para aguardar a contemplação por sorteio ou lance, o consórcio se mostra como uma alternativa para adquirir bens de forma econômica. Além disso, o poder de compra à vista, viabilizado pela carta de crédito, permite negociar descontos com fornecedores ou vendedores, o que aumenta ainda mais o valor investido.
Para quem planeja aquisições futuras
Se você pensa no futuro com clareza, como comprar um imóvel em outra cidade, trocar de carro nos próximos anos ou até mesmo pagar uma faculdade ou serviço, o consórcio é uma maneira de alinhar o planejamento financeiro às metas de médio e longo prazo.
O que diferencia essa modalidade de um simples financiamento é a previsibilidade e a ausência de pressa: o investidor constrói aos poucos a possibilidade de aquisição, respeitando seu próprio ritmo financeiro.
Isso evita decisões apressadas, endividamentos excessivos e garante um bom investimento, além de ser mais seguro para quem preza por estabilidade. Ao saber exatamente o valor da parcela e ter uma noção clara do quanto pagará ao longo dos meses, o consorciado consegue se preparar com antecedência, sem comprometer outras áreas do orçamento.
Como estratégia para aumentar patrimônio
Comprando bens duráveis como imóveis e veículos, o consórcio te ajuda a formar um patrimônio. Imóveis podem valorizar com o tempo e gerar renda passiva, enquanto veículos e serviços podem atender a necessidades que geram retorno financeiro, como transporte por aplicativo ou especializações profissionais.
Para fugir dos juros
Quem quer se livrar dos juros compostos não só pode, como deve considerar o consórcio. Mesmo com taxas, o custo final costuma ser menor do que o de um financiamento, e isso torna o consórcio uma forma mais econômica de adquirir bens e serviços de alto valor.
6 dicas para evitar fraudes no consórcio
Verifique se a administradora é autorizada pelo Banco Central: esse é o primeiro passo para garantir que o seu consórcio é legítimo. A autorização do Banco Central é muito necessária, pois somente empresas fiscalizadas e regulamentadas podem operar legalmente no setor de consórcios. A lista completa das administradoras autorizadas está disponível no site oficial do Bacen, e a verificação pode ser feita rapidamente com o CNPJ da empresa;
Pesquise a reputação da empresa: não se baseie somente em anúncios e promessas. Visite sites de reclamações como o Reclame Aqui, veja avaliações no Google, leia comentários em redes sociais e procure opiniões de pessoas que já utilizaram os serviços da administradora. Uma empresa com muitos relatos negativos ou problemas recorrentes pode não ser uma boa escolha;
Leia o contrato com atenção: o contrato de consórcio contém todas as regras, obrigações e direitos dos consorciados. É nele que você encontrará detalhes sobre as taxas cobradas, as regras de contemplação, prazos, possíveis penalidades e condições de desistência. Não assine nada antes de entender completamente os termos. Se tiver dúvidas, consulte um advogado ou especialista de confiança;
Desconfie de promessas irreais: desconfie de ofertas que prometem contemplação imediata, ausência total de taxas ou vantagens fora do padrão do mercado. Consórcio sério é um processo regulado, com regras claras e que depende de sorteios ou lances. Promessas exageradas costumam ser iscas de golpes;
Evite intermediários não autorizados: a contratação do consórcio deve ser feita diretamente com a administradora ou com representantes autorizados, devidamente cadastrados. Evite realizar pagamentos ou fornecer dados a pessoas que não possam comprovar seu vínculo oficial com a empresa. Fraudes com "atravessadores" são comuns e perigosas;
Peça todos os comprovantes: exija recibos, contratos assinados, comprovantes de pagamento e qualquer outro documento que comprove a sua relação com o consórcio. Guarde todos esses registros em um lugar seguro, pois eles serão fundamentais caso você precise comprovar sua posição dentro do grupo ou contestar algum problema futuramente.
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