3 formas de crédito populares no mercado

9 de out. de 202511 minutos de leitura
3 formas de crédito populares no mercado

Buscar diferentes formas de crédito no mercado faz parte da realidade de milhões de brasileiros, e as razões para isso podem variar: realização de sonhos pessoais, compra de bens, pagamento de dívidas, organização financeira, ou até mesmo investimentos em negócios próprios.

O mercado oferece diversas modalidades de crédito, mas três delas se destacam por sua popularidade e facilidade de aceitação: financiamento, empréstimo e consórcio.

Essas três opções, apesar de serem soluções para o mesmo objetivo final, ou seja,  conseguir dinheiro ou comprar algum bem de alto valor, são bastante diferentes em suas estruturas, regras, custos e vantagens. Por isso, é fundamental entender como cada uma funciona, para que você possa fazer uma escolha mais consciente e alinhada ao seu perfil financeiro.

Neste conteúdo, vamos explicar as características, os benefícios e as limitações de cada uma dessas formas de crédito, para que você possa se informar profundamente antes de tomar qualquer decisão. Confira!

Financiamento: conheça uma das principais formas de crédito 

O financiamento é uma modalidade de crédito voltada para aquisição de bens ou serviços específicos.

Diferente do empréstimo pessoal, no qual o valor concedido pode ser utilizado livremente, o financiamento tem uma finalidade determinada, ou seja, o dinheiro é concedido para a compra de algo específico, como um imóvel, um veículo ou até mesmo para fins educacionais.

Esse tipo de crédito é geralmente concedido por bancos e instituições financeiras, e a liberação do recurso não é feita diretamente ao cliente, mas sim ao vendedor do bem ou prestador de serviço. Assim, a instituição financeira "compra" o bem em seu nome, e você assume uma dívida com ela, pagando de volta em parcelas mensais.

Principais tipos de financiamentos 

  • Financiamento imobiliário: usado para aquisição de imóveis, terrenos, construção ou reforma. Pode contar com subsídios governamentais, como no caso do programa Minha Casa Minha Vida.

  • Financiamento de veículos: bastante comum no Brasil, é utilizado para comprar carros, motos, caminhões e até veículos agrícolas.

  • Financiamento estudantil: como o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), para custear cursos de ensino superior.

  • Financiamento empresarial: voltado para empresas que desejam adquirir máquinas, equipamentos ou capital de giro.

Características do financiamento 

O financiamento só pode ser usado para a finalidade pré-estabelecida no contrato, como a compra de um imóvel, veículo ou serviço educacional. O valor não vai diretamente para o consumidor, mas sim para o vendedor ou prestador de serviço, o que garante que o dinheiro será utilizado conforme o combinado.

É comum que o financiamento exija o pagamento de uma entrada inicial, que pode variar entre 10% e 30% do valor total do bem a ser adquirido. Essa entrada serve como uma forma de reduzir o valor financiado e, consequentemente, o valor das parcelas e os encargos embutidos.

Para quitar o financiamento, o tempo pode variar bastante de acordo com o tipo de bem e a política da instituição financeira. No caso de imóveis, por exemplo, é comum encontrar prazos que vão de 12 até 420 meses (35 anos). Já para veículos, o período costuma ser menor, geralmente entre 12 e 60 meses.

Outra coisa importante para ressaltar é que, por contar com uma garantia real, ou seja, o próprio bem financiado, o risco para o banco é menor, o que possibilita a prática de taxas de juros mais baixas em comparação a outras formas de crédito, como o empréstimo pessoal. Ainda assim, vale destacar que as taxas podem dobrar o valor do imóvel ou móvel adquirido.

Caso as parcelas não sejam pagas e o cliente se torne inadimplente, o banco ou a instituição financeira poderá “tomar” a aquisição para si e colocá-la no leilão. 

Há, também, uma análise de crédito, que é feita antes da aprovação do financiamento. São avaliados fatores como a renda mensal do solicitante, seu histórico de crédito, score financeiro, estabilidade no emprego e nível de comprometimento da renda. Tudo isso para garantir que o cliente terá capacidade de honrar com os pagamentos mensais até o fim do contrato.

5 vantagens do financiamento 

Que o financiamento é uma das formas de crédito mais utilizadas do mercado, todo mundo sabe, mas assim como em todo investimento, há prós e contras. Vejamos: 

  1. Permite adquirir bens de alto valor: mesmo que o cliente não tenha o total disponível em mãos para adquirir bens como imóveis e veículos, consegue viabilizar sonhos que seriam difíceis de alcançar apenas com recursos próprios.

  2. Possibilidade de uso do FGTS: especialmente no financiamento de imóveis, o saldo do Fundo de Garantia pode ser usado para compor a entrada, amortizar parcelas ou até mesmo liquidar o saldo devedor. Isso dá ao trabalhador uma forma de aproveitar um recurso que, em geral, fica parado por anos.

  3. Prazo estendido para pagamento: o prazo total pode chegar a várias décadas no caso de imóveis. Essa diluição do valor total em prestações mensais permite maior previsibilidade financeira e planejamento de longo prazo.

  4. Facilidade de acesso a bens essenciais: muitas vezes, o financiamento é a única forma viável para uma família adquirir sua casa própria, o que representa não só estabilidade, mas também patrimônio e segurança para o futuro.

  5. Condições especiais e programas de incentivo: é possível contar com iniciativas governamentais, como o Minha Casa Minha Vida, que oferecem taxas mais acessíveis, subsídios e facilidades na aprovação do crédito.

5 desvantagens e limitações do financiamento 

Entre as principais desvantagens e limitações do financiamento, podemos destacar: 

  1. Risco de inadimplência: em caso de não pagamento, o bem pode ser retomado pela instituição, e o comprador pode ter seu nome negativado nos órgãos de proteção ao crédito, o que dificulta futuras solicitações de crédito e impacta diretamente o score financeiro.

  2. Comprometimento por longo prazo: os financiamentos, especialmente os imobiliários, podem comprometer parte significativa da renda familiar por décadas, o que limita a flexibilidade financeira para outras metas ou emergências.

  3. Burocracia: o processo de aprovação pode ser demorado e exigir uma série de documentos, comprovantes e análises, tornando o acesso ao crédito mais difícil para quem não tem toda a documentação em dia ou renda formal.

  4. Custo efetivo total (CET) elevado: embora algumas taxas possam parecer pequenas isoladamente, quando somadas ao longo do tempo, representam um custo expressivo. Em alguns casos, os juros e encargos podem dobrar ou até triplicar o valor original do bem, tornando a compra substancialmente mais cara do que seria à vista.

  5. Possibilidade de não aprovação: mesmo após a escolha do bem e início do processo, o financiamento pode ser recusado por questões como score de crédito baixo, renda incompatível ou restrições no CPF, o que pode frustrar expectativas e atrasar planos importantes.

Empréstimo pessoal com FGTS: o que você precisa saber sobre uma das formas de crédito mais procuradas? 

Agora que você já sabe tudo o que precisa sobre uma das principais formas de crédito, vamos à segunda: o empréstimo pessoal com o uso do FGTS

O empréstimo nada mais é do que uma modalidade de crédito na qual o consumidor recebe um valor em dinheiro que pode ser utilizado de forma livre, sem necessidade de comprovar a finalidade. O cliente se compromete a devolver esse valor acrescido de juros, em um prazo estipulado em contrato.

Pode ser solicitado por pessoas físicas ou jurídicas, e existe em diversos formatos, como o empréstimo pessoal, empréstimo consignado e crédito com garantia. No que se refere ao crédito pessoal, o dinheiro cai na conta do cliente, com poucos requisitos e sem garantia.

Principais características do empréstimo pessoal 

  • O dinheiro pode ser usado de forma completamente livre, seja para quitar dívidas, investir em um negócio próprio, fazer reformas ou cobrir emergências. Essa liberdade total é um dos maiores atrativos do empréstimo.

  • A liberação do crédito costuma ser extremamente rápida, especialmente em bancos digitais e fintechs. Em muitos casos, o valor é depositado na conta no mesmo dia da solicitação ou no máximo em 24 horas úteis.

  • Os prazos de pagamento são mais curtos em comparação ao financiamento, com opções que variam geralmente de 6 a 48 meses, dependendo da análise de crédito e da modalidade contratada. Isso pode ser benéfico para quem quer se livrar da dívida rapidamente.

  • A contratação tende a ser mais simples e menos burocrática. Dependendo da instituição, o processo pode ser feito 100% online, sem a necessidade de apresentar garantias físicas ou justificar a finalidade do crédito.

  • Existem modalidades que oferecem condições especiais para determinados públicos, como aposentados, servidores públicos e beneficiários do INSS, com descontos direto na folha de pagamento e maior facilidade de aprovação.

5 vantagens do empréstimo pessoal 

Entre as principais vantagens do empréstimo pessoal, estão: 

  1. Agilidade: o empréstimo costuma ser liberado rapidamente, em muitos casos no mesmo dia da solicitação. Isso o torna ideal para quem enfrenta emergências, como despesas médicas, dívidas urgentes ou imprevistos no orçamento.

  2. Menos burocrático do que o financiamento, o processo de contratação geralmente exige menos documentos, menos comprovações e pode ser feito de forma 100% online, especialmente por meio de fintechs e bancos digitais.

  3. Flexibilidade de uso: o cliente tem total liberdade para usar o valor como quiser, desde pagar contas atrasadas até realizar uma viagem, investir no próprio negócio ou comprar bens de consumo.

  4. Modalidades com garantias (como uso do FGTS, imóvel ou veículo) oferecem condições muito mais vantajosas, como taxas de juros menores e prazos maiores, devido à maior segurança para a instituição financeira.

  5. Acessível mesmo para negativados: algumas categorias de empréstimo, como o consignado para aposentados e servidores públicos, não exigem consulta ao SPC/Serasa, permitindo que pessoas com restrições consigam crédito com facilidade e taxas mais acessíveis.

6 desvantagens e limitações do empréstimo 

Como dito, todo investimento, independente se estivermos falando de diferentes formas de crédito, possui seus prós e contras. Veja a seguir as desvantagens do empréstimo: 

  1. Juros potencialmente altos, especialmente em empréstimos pessoais sem garantias, o que pode fazer com que o valor total pago pelo consumidor dobre ou até triplique ao final do contrato, principalmente em prazos mais longos.

  2. Facilidade pode levar ao endividamento: o acesso simplificado ao crédito pode incentivar a contratação sem o devido planejamento, alimentando decisões financeiras precipitadas e consumo desnecessário.

  3. Impacto no orçamento mensal: as parcelas, muitas vezes calculadas no limite da capacidade de pagamento, deixam pouco espaço para imprevistos e podem comprometer a saúde financeira familiar.

  4. Risco de inadimplência e negativação do nome: em caso de atraso ou não pagamento, o consumidor pode ter seu nome incluído nos cadastros de inadimplência (como SPC e Serasa), dificultando o acesso a novos créditos e prejudicando sua reputação financeira.

  5. Penhora de bens ou bloqueio do saldo do FGTS: nos empréstimos com garantia, a inadimplência pode acarretar perda do bem oferecido como garantia (como imóvel ou veículo), ou no bloqueio parcial ou total do saldo do FGTS.

  6. Endividamento em cascata: ao contrair um novo empréstimo para pagar outro anterior, o consumidor pode entrar em um ciclo vicioso de dívidas sucessivas, onde os juros e encargos se acumulam rapidamente, tornando cada vez mais difícil sair do vermelho.

Consórcio: uma das formas de crédito que se populariza no mercado

O consórcio é uma forma de adquirir bens ou serviços por meio da união de pessoas com o mesmo objetivo. Todos contribuem mensalmente para um fundo comum administrado por uma empresa especializada e, mensalmente, um ou mais integrantes são contemplados por sorteio ou lance para utilizar o valor da carta de crédito. Ele pode ser usado para a compra de veículos, imóveis, serviços (como cirurgias estéticas e viagens), entre outros.

Principais características do consórcio 

  • O consórcio se destaca pela ausência de juros, o que o torna uma alternativa atrativa para quem deseja evitar os custos financeiros elevados de outras formas de crédito. No entanto, essa ausência de juros não significa que não haja custos envolvidos: os participantes precisam arcar com taxas administrativas, que remuneram a empresa gestora do consórcio, além de um fundo de reserva que serve para manter a saúde financeira do grupo em caso de inadimplência ou desistência de membros;

  • A contemplação, ou seja, o direito de usar a carta de crédito, pode levar meses ou até anos, já que depende dos sorteios mensais realizados entre os membros do grupo. Para quem deseja acelerar esse processo, existe a possibilidade de oferecer um lance, que consiste em um valor adicional proposto com o objetivo de obter a contemplação antecipadamente. A competitividade dos lances, no entanto, varia de grupo para grupo, podendo exigir um valor significativo;

  • Outro ponto importante é que a carta de crédito tem uso vinculado à finalidade descrita no contrato. Ou seja, não pode ser utilizada livremente: o bem ou serviço desejado deve estar dentro das categorias previamente determinadas no momento da adesão ao consórcio, o que pode limitar as opções do consorciado caso ele mude de ideia ou encontre alternativas diferentes ao longo do tempo.

6 vantagens do consórcio 

A modalidade de consórcio é vantajosa para diferentes perfis, desde que os participantes conheçam o seu funcionamento. Entre os principais benefícios dessa forma de crédito, estão:

  1. Sem juros, o que representa uma economia significativa ao longo do tempo. Essa característica é especialmente vantajosa em comparação a financiamentos e empréstimos, nos quais os juros podem elevar o valor total pago.

  2. Disciplina financeira: o pagamento mensal das parcelas do consórcio funciona como uma espécie de poupança turbinada, ideal para quem tem dificuldade de guardar dinheiro por conta própria, mas deseja alcançar um objetivo específico.

  3. Planejamento de longo prazo: perfeito para quem não tem urgência em adquirir o bem ou serviço, permitindo uma programação financeira mais consciente e sem pressa.

  4. Contemplação antecipada por lance, o que dá ao participante a possibilidade de receber a carta de crédito antes do encerramento do grupo, caso ele tenha recursos para oferecer um valor competitivo. Isso proporciona mais controle sobre o momento da aquisição.

  5. Valorização do poder de compra: com a carta de crédito em mãos, o consorciado pode negociar como comprador à vista, o que abre margem para conseguir melhores condições de preço, descontos ou vantagens na aquisição do bem.

  6. Flexibilidade de escolha dentro da categoria contratada: embora a carta de crédito tenha uma destinação pré-definida (como imóveis ou veículos), o consorciado pode escolher livremente dentro dessa categoria. Por exemplo, quem participa de um consórcio de veículos pode usar a carta para comprar um carro novo, seminovo ou usado, desde que atenda aos critérios da administradora. Isso oferece liberdade de decisão e permite aproveitar boas oportunidades de mercado;

5 desvantagens e limitações do consórcio

  • Demora para receber o bem, pois depende de sorteio ou lances competitivos. A imprevisibilidade frustra quem precisa do bem a curto prazo.

  • Taxas administrativas existem para remunerar a administradora e garantir o funcionamento adequado do grupo. Embora estejam presentes, geralmente são mais baixas do que os juros cobrados em outras formas de crédito, como financiamento e empréstimos.

  • Risco de inadimplência coletiva: atrasos no grupo afetam a saúde do fundo e a regularidade das contemplações, podendo prejudicar o andamento do cronograma previsto.

  • Multas por desistência: quem sai antes da contemplação perde parte do valor pago, já que há cobrança de penalidades contratuais e prazos para reembolso.

  • Limites contratuais: embora a carta de crédito ofereça flexibilidade dentro da categoria escolhida, ela está vinculada ao tipo de bem ou serviço previsto no contrato. Caso o valor do bem desejado ultrapasse o valor da carta, o consorciado deverá complementar a diferença por conta própria.

Afinal, qual é a melhor forma de crédito?

A resposta é: depende muito do seu objetivo, momento financeiro e perfil de consumo. Cada uma das formas de crédito disponíveis no mercado tem características que podem ser mais ou menos vantajosas conforme a necessidade da pessoa. 

Quem precisa de dinheiro imediato e está disposto a lidar com juros altos pode optar pelo empréstimo. Quem busca adquirir um bem de forma rápida, sem esperar, pode considerar o financiamento. Já quem pode planejar e espera economizar no longo prazo, encontra no consórcio uma alternativa mais interessante.

Mesmo assim, é possível afirmar que o consórcio se destaca em diversos aspectos. Isso porque ele permite que os participantes se organizem, evita o pagamento de juros abusivos, estimula a disciplina e ainda oferece flexibilidade de escolha dentro da categoria contratada, como decidir entre um carro novo, seminovo ou usado, por exemplo. Trata-se de uma forma inteligente de comprar bens de alto valor sem se comprometer com dívidas onerosas.

Além disso, o consórcio pode ser uma forma de educação financeira, pois incentiva o consumidor a pensar no futuro e a consumir com mais consciência. É um modelo mais colaborativo e sustentável, que se diferencia das outras formas de crédito por não impor a lógica da urgência e do endividamento imediato.

Portanto, a melhor escolha depende de planejamento, clareza sobre os objetivos e, principalmente, conhecimento das opções disponíveis no mercado. Se quiser ter certeza de qual modelo funciona para você, basta fazer uma simulação.

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