O mercado de consórcios vale a pena?

11 de jul. de 202512 minutos de leitura
O mercado de consórcios vale a pena?

O mercado de consórcios tem se consolidado como uma das alternativas mais atrativas para quem deseja adquirir bens ou serviços no Brasil. Este modelo de compra, que dispensa a necessidade de financiamento e suas altas taxas de juros, tem atraído cada vez mais consumidores que buscam uma forma mais econômica de planejar a aquisição de seus bens. 

De acordo com dados divulgados pela ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), o mercado movimentou cerca de R$ 316 bilhões de reais em 2023, um aumento de 25,6% em comparação a 2022. 

No entanto, para que a adesão a um consórcio seja vantajosa, é importante entender não só o seu funcionamento, mas também suas vantagens e desvantagens, além de como escolher a melhor opção disponível.

A grande pergunta que muitos se fazem ao considerar essa modalidade é: "Vale a pena entrar em um consórcio?" A resposta, embora dependa de uma série de variáveis pessoais e financeiras, tende a ser positiva para quem possui um perfil financeiro disciplinado e um planejamento de longo prazo.

Como funciona o mercado de consórcios no Brasil? 

O mercado de consórcios é um sistema de compra coletiva em que várias pessoas se unem para formar um fundo comum, com o objetivo de adquirir um bem ou serviço. Cada participante contribui mensalmente com uma parcela do valor total do bem desejado, e, de tempos em tempos, um ou mais membros do grupo são contemplados com o direito de usar o valor do fundo para realizar a compra. Essa contemplação pode ocorrer por sorteio ou por meio de lances, uma modalidade onde o participante oferece uma quantia adicional para tentar acelerar sua contemplação.

O modelo é baseado em uma lógica de cooperativismo, na qual todos os membros do grupo colaboram com as suas parcelas mensais para que todos possam atingir seus objetivos de compra. O fundo comum é gerido por uma administradora, que organiza os sorteios e lances, além de fornecer as cartas de crédito aos contemplados. Para garantir que o sistema funcione de maneira justa, o Banco Central do Brasil regula e fiscaliza as administradoras de consórcios.

O consórcio se caracteriza pela ausência de juros, o que o torna uma alternativa mais barata quando comparado ao financiamento. Contudo, a principal desvantagem desse sistema é o tempo de espera até a contemplação, o que pode ser um fator limitante para aqueles que precisam do bem de forma urgente. Vamos entender tim-tim por tim-tim como esse sistema opera: 

O papel do Banco Central na regulamentação 

No Brasil, o Banco Central tem um papel importante e necessário na regulamentação e fiscalização do mercado de consórcios.

Desde que a Lei 11.795/08 entrou em vigor, o sistema de consórcios passou a ser rigidamente regulamentado, oferecendo mais segurança aos consorciados e garantindo a transparência dos processos. O Banco Central assegura que as administradoras de consórcios operem de forma transparente, que sigam as normas estabelecidas e que não haja fraudes. Além disso, qualquer tipo de abuso ou desvio por parte das administradoras pode ser questionado e punido pelas autoridades competentes.

A atuação do Banco Central também se reflete na formação dos grupos. As administradoras precisam garantir que o montante arrecadado seja suficiente para atender a todos os consorciados de forma justa e que as parcelas pagas não ultrapassem o limite estipulado pela regulamentação.

Modalidades de consórcio no Brasil

Existem diversas modalidades de consórcio no Brasil, e cada uma delas é voltada para a aquisição de diferentes tipos de bens ou serviços. As principais modalidades incluem:

  1. Consórcio imobiliário: o consórcio imobiliário é um dos mais populares no Brasil, principalmente porque a aquisição de imóveis tem se tornado cada vez mais difícil devido aos altos juros do financiamento. O consórcio imobiliário permite que o consorciado adquira imóveis, sejam eles novos ou usados, residenciais ou comerciais, com a vantagem de não pagar juros. O consorciado também tem liberdade para negociar a compra do imóvel, podendo escolher o tipo de imóvel, a localização e o preço;

  2. Consórcio de veículos: os consórcios de veículos também são muito procurados, já que oferecem uma forma acessível de adquirir carros, motos e até caminhões. A grande vantagem é que, assim como no consórcio imobiliário, o consorciado não precisa pagar juros altos, e pode escolher o modelo e as condições de pagamento do veículo desejado;

  3. Consórcio de serviços: embora menos comum, os consórcios de serviços têm se popularizado nos últimos anos. Eles permitem que o consorciado adquira serviços como viagens, tratamentos estéticos, reformas e até cursos de especialização. Essa modalidade oferece a mesma flexibilidade e a possibilidade de planejamento que os consórcios de bens, mas com a diferença de que o consorciado não adquire um bem físico. O consórcio de serviços pode ser uma excelente opção para quem busca adquirir experiências ou investir em qualificação profissional, de forma planejada e sem precisar recorrer a financiamentos.

Mas, afinal, quais são os benefícios de investir no mercado de consórcios? Vamos descobrir! 

Vantagens de investir no mercado de consórcios em 2025

Com a economia brasileira em constante transformação, muitas pessoas buscam alternativas para otimizar seus investimentos e adquirir bens de forma mais acessível. O consórcio, em 2025, continua sendo uma alternativa viável para quem deseja fugir dos altos juros do financiamento. Conheça as principais vantagens:

Ausência de juros

Uma das maiores vantagens do mercado de consórcios em relação ao financiamento é a ausência de juros. No financiamento, os juros podem representar uma parte significativa do valor total pago pelo bem, tornando-o muito mais caro do que o preço original. No consórcio, não há juros, mas existem taxas administrativas que, em geral, são bem mais baixas do que as taxas de juros cobradas pelos financiamentos. Em média, a taxa de administração no consórcio gira em torno de 15% a 20% do valor do bem, o que representa uma economia considerável a longo prazo. Além da taxa administrativa, o consórcio também inclui o fundo de reserva visando a saúde do grupo.

Flexibilidade na escolha do bem

Quando o consorciado é contemplado, ele recebe uma carta de crédito, que pode ser utilizada para comprar o bem ou o serviço desejado, de acordo com suas preferências. Essa carta de crédito oferece uma grande flexibilidade, pois o participante pode escolher o imóvel, o veículo ou o serviço que mais lhe agradar, dentro do valor da carta. Em um financiamento, por outro lado, o valor é estipulado pela instituição financeira, e o consorciado precisa adquirir exatamente o bem definido no contrato.

Essa liberdade de escolha é um dos principais atrativos do consórcio, principalmente quando o consorciado possui um gosto específico em relação ao bem que deseja adquirir, seja ele um imóvel em uma localização específica ou um modelo de veículo de sua preferência.

Planejamento a longo prazo

O consórcio é bastante recomendado para quem tem disciplina financeira e deseja fazer um planejamento de longo prazo. Ao aderir ao consórcio, o participante sabe que terá que pagar uma parcela mensal, o que o força a se organizar financeiramente. Isso é especialmente vantajoso para quem tem dificuldades em poupar dinheiro por conta própria, pois o consórcio funciona como uma forma de poupança coletiva.

Essa característica do consórcio é um ponto forte para quem não tem pressa de adquirir o bem. Em contrapartida, ela pode ser uma desvantagem para quem precisa do bem com urgência, já que o tempo de espera para ser contemplado pode variar.

Diversificação de investimentos 

Muitas pessoas estão buscando alternativas para diversificar seus investimentos e fugir da volatilidade dos mercados financeiros. É aí que o mercado de consórcios entra, pois pode ser uma excelente alternativa de diversificação, especialmente para quem deseja adquirir um bem específico no futuro. Ao aderir a um consórcio, o consorciado consegue, além de planejar a aquisição de um bem de grande valor, uma forma de poupar para o futuro sem depender da rentabilidade de investimentos mais arriscados.

O consórcio oferece, portanto, uma boa oportunidade de equilibrar a carteira de investimentos, principalmente para quem deseja focar na aquisição de bens de forma mais conservadora e sem se expor aos riscos dos mercados financeiros.

Desvantagens do mercado de consórcios 

Embora o consórcio ofereça uma série de vantagens para os interessados, ele também conta com algumas desvantagens que não podem ser ignoradas. Pensando nisso, listamos alguns aspectos que precisam ser considerados: 

Templo de contemplação indefinido

Uma das principais desvantagens do consórcio é o tempo de espera até ser contemplado. O consorciado pode ser sorteado a qualquer momento, mas não há garantia de quando isso ocorrerá. Esse fator pode ser um problema para quem precisa do bem com urgência. Para alguns, o tempo de espera pode ser um problema, especialmente se o bem desejado for de grande necessidade, como um veículo ou imóvel.

Esse tempo de espera é uma das características que torna o consórcio menos atrativo para quem precisa do bem imediatamente. Para quem não tem pressa, no entanto, o consórcio pode ser uma excelente opção de planejamento.

Necessidade de planejamento financeiro 

Embora o consórcio seja uma excelente forma de poupar e adquirir um bem, ele exige um planejamento financeiro adequado. O consorciado precisa se comprometer a pagar as parcelas mensais em dia. Caso contrário, poderá ser excluído do grupo e perder o dinheiro investido até então. Além disso, o valor das parcelas deve ser compatível com a sua capacidade de pagamento, para evitar inadimplência e complicações no futuro.

Risco de inadimplência do grupo

Em um consórcio, o valor arrecadado é compartilhado entre todos os participantes. Se alguns participantes deixarem de pagar as parcelas, o fundo pode ser comprometido, atrasando as contemplações dos demais membros. Esse risco existe, embora seja minimizado pela fiscalização das administradoras e pelo controle do Banco Central.

Esse e os demais riscos de inadimplência devem ser considerados antes de entrar em um consórcio, já que eles podem afetar o fluxo do grupo e o tempo de espera para a contemplação.

Tipos de consórcios em destaque para os próximos anos 

Com a mudança de comportamento dos consumidores e a constante evolução da economia, algumas modalidades de consórcio estão ganhando mais evidência no mercado brasileiro. A seguir, conheça os tipos de consórcio que prometem se destacar nos próximos anos:

  • Consórcio de veículos elétricos 

Com o crescimento da pauta ambiental e o incentivo a práticas mais sustentáveis, veículos elétricos e híbridos vêm se tornando protagonistas no mercado automotivo. Quem nunca ouviu falar do modelo BYD? Ou da Jac Motors?

O consórcio de veículos sustentáveis deve ganhar mais adesão ao longo dos anos, já que muitos consumidores têm buscado formas financeiramente mais vantajosas de adquirir esses automóveis, que ainda estão com valores superiores aos modelos a combustão.

As administradoras já estão se adaptando a essa demanda, oferecendo grupos específicos para esse tipo de bem. Essa tendência acompanha não apenas o apelo ambiental, mas também a valorização tecnológica dos veículos elétricos e a economia no uso a longo prazo.

  • Consórcio de serviços educacionais 

A valorização da educação como base para o crescimento pessoal e profissional tem feito surgir novas modalidades de consórcio voltadas para cursos de graduação, pós-graduação, intercâmbios e outras especializações. Esse tipo de consórcio é a opção perfeita para quem quer se planejar financeiramente para estudar no Brasil ou no exterior, sem recorrer a empréstimos estudantis ou endividamento. Você não acha que essa é uma boa forma de pensar nos próprios estudos ou nos estudos dos filhos?

  • Consórcio para saúde ou estética 

Investir em saúde e bem-estar está entre as prioridades de muitas famílias brasileiras. Com isso, os consórcios voltados para cirurgias, tratamentos odontológicos, procedimentos estéticos e outros serviços relacionados à saúde ganham espaço. Essa modalidade permite que os participantes se organizem para realizar procedimentos com qualidade, segurança e custo reduzido.

Algumas pesquisas vêm mostrando o potencial crescimento do consórcio neste setor, seja para cuidar da saúde ou para corrigir um problema de estética, as pessoas estão dando mais atenção aos consórcios, que, através do consórcio de serviços, podem adquirir o valor alto das cirurgias e/ou dos procedimentos. 

  • Consórcio de imóveis

O consórcio de imóveis continua sendo uma das modalidades mais procuradas no Brasil, e a tendência é que ele se fortaleça ainda mais nos próximos anos. Isso acontece porque o desejo da casa própria continua sendo uma prioridade para milhões de brasileiros. 

Para famílias que querem fugir do aluguel, para jovens que desejam sair da casa dos pais com planejamento, ou até para quem pretende investir em imóveis para gerar renda, essa modalidade é uma excelente escolha.

Independente do tipo de consórcio que você deseja fazer parte, pode aderir a um grupo ciente de que organização e paciência são bases fundamentais para realizar seu sonho com segurança e responsabilidade. 

Consórcio x financiamento x empréstimo 

Na hora de conquistar um bem de valor mais elevado — como um imóvel, um veículo ou até mesmo pagar por um serviço de alto custo — surgem três caminhos principais: o consórcio, o financiamento e o empréstimo. Cada um deles possui suas características específicas, vantagens e limitações. A escolha entre eles depende do perfil do consumidor, da urgência na aquisição e da organização financeira.

O consórcio, de forma geral, é a alternativa mais que certa para quem pode esperar e quer economizar. Como já explicado, ele funciona por meio da formação de grupos, administrados por uma empresa autorizada pelo Banco Central e é muito mais seguro em comparação a outras linhas de crédito. 

Os participantes contribuem mensalmente com parcelas e, a cada mês, ocorrem contemplações por sorteio ou lance. A grande vantagem do consórcio é que ele não cobra juros — apenas uma taxa de administração, geralmente bem mais acessível do que os encargos cobrados em outras modalidades de crédito, um fundo de reserva, para garantir a estabilidade do grupo e um seguro, que é opcional na maioria dos casos. 

O consorciado contemplado recebe uma carta de crédito para adquirir o bem à vista, o que dá a ele o poder de negociação, que, como consequência, pode resultar em bons descontos.

Já o financiamento, por outro lado, é mais indicado para quem precisa do bem imediatamente. Ao ser aprovado, o consumidor já sai com o bem em mãos, seja um carro, imóvel ou outro tipo de produto financiável. No entanto, essa praticidade tem um custo: os financiamentos incluem juros, que podem ser significativos dependendo do valor do bem, do prazo e do perfil de crédito do cliente. 

Além dos juros, é comum que haja outros encargos, como seguros e tarifas bancárias. Considerando o longo prazo, o consumidor acaba pagando um valor final bem superior ao valor original do bem, e isso não é tão vantajoso quanto parece. 

Por outro lado, o empréstimo, como o próprio nome já sugere, é uma linha de crédito sem destinação específica, ou seja, o dinheiro pode ser usado livremente. É uma opção que pode ser útil em emergências ou para cobrir despesas inesperadas. Contudo, o empréstimo geralmente apresenta as taxas de juros mais altas entre as três opções, especialmente se for contratado em bancos ou financeiras. 

Como o crédito é liberado rapidamente e sem garantia de um bem atrelado, o risco para a instituição é maior — o que se reflete no custo total do empréstimo. Essa modalidade deve ser usada com cautela, e sempre com planejamento para que a dívida não comprometa o orçamento.

Por isso, se você está pensando em comprar um bem de alto valor, vale a pena considerar cada uma das opções com cuidado e atenção. Somente assim, conseguirá definir o melhor comprometimento para as suas necessidades e preferências. Combinado?

5 dicas para investir em consórcios com inteligência 

Entrar em um consórcio exige planejamento e atenção a diversos detalhes. A seguir, você confere cinco dicas para fazer um bom investimento nessa modalidade: 

  1. Escolha a administradora 

Antes de aderir a um consórcio, pesquise a reputação da administradora. Verifique se ela é autorizada e fiscalizada pelo Banco Central, se possui um histórico positivo de contemplações e se oferece atendimento transparente aos clientes. Leia avaliações de outros consorciados e prefira empresas com solidez no mercado, como a Embracon, que atua há décadas com excelência e confiabilidade.

  1. Análise do grupo de consórcio

A saúde financeira do grupo influencia diretamente na regularidade das contemplações. Antes de ingressar, verifique a quantidade de participantes ativos, a taxa de inadimplência e o ritmo das contemplações anteriores. Algumas administradoras disponibilizam essas informações ou oferecem grupos distintos, com características mais adequadas ao seu perfil de compra.

  1. Planejamento do lance

O lance é uma forma de antecipar a contemplação, mas é preciso ter uma estratégia bem definida. Avalie o histórico de lances vencedores do grupo para entender qual porcentagem costuma ser suficiente. Planeje suas finanças para dar um lance competitivo sem comprometer seu orçamento. Considere também o lance embutido, em que uma parte do crédito é usada para compor o valor ofertado.

  1. Leitura atenta do contrato

O contrato do consórcio contém todas as regras da participação, por isso deve ser lido com atenção. Verifique cláusulas sobre desistência, inadimplência, prazo de duração do grupo, regras de contemplação e uso da carta de crédito. Esclareça todas as dúvidas com a administradora antes de assinar. Um contrato bem compreendido é a melhor forma de evitar surpresas no futuro.

  1. Tenha um objetivo claro

Defina com clareza o objetivo da sua participação no consórcio. Saber exatamente o bem ou serviço que deseja adquirir ajuda a escolher o grupo certo, calcular o valor ideal da carta de crédito e se organizar financeiramente. Objetivos vagos ou mal definidos aumentam o risco de arrependimento ou uso ineficiente do crédito quando contemplado. 

Participe do Consórcio Embracon! 

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