O consórcio é a melhor estratégia de investimento?

18 de ago. de 202511 minutos de leitura
O consórcio é a melhor estratégia de investimento?

Nos últimos anos, o interesse dos brasileiros por educação financeira e estratégia de investimento tem crescido significativamente. Em 2024, os investimentos das pessoas físicas no Brasil totalizaram R$ 7,3 trilhões, um aumento de 12,6% em relação ao ano anterior, segundo dados da ANBIMA. O consórcio, uma modalidade financeira para aquisição de crédito, entra nessa estatística. 

Esse aumento expressivo demonstra uma mudança de mentalidade: o brasileiro está cada vez mais consciente da importância de planejar o futuro e aplicar seus recursos de maneira inteligente. Nesse contexto, o consórcio desponta como uma alternativa estratégica, principalmente por reunir características que agradam aos perfis mais conservadores, disciplinados e que valorizam o planejamento de longo prazo.

Mas será que é correto considerá-lo a melhor estratégia de investimento? Vamos descobrir! 

É possível definir o consórcio como investimento? Entenda!

Ao longo dos anos, o consórcio tem sido visto principalmente como uma alternativa ao financiamento para a aquisição de bens duráveis. Contudo, com a evolução da consciência financeira e da forma como os brasileiros lidam com o dinheiro, surge a pergunta: o consórcio pode ser considerado um investimento?

Segundo a ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), a resposta é sim. O economista da Associação, Luiz Antonio Barbagallo, afirma que, do ponto de vista econômico, o termo "investimento" envolve qualquer aplicação de capital com a expectativa de retorno futuro. Isso não se limita a ativos financeiros, como ações e títulos de renda fixa, mas também abrange bens físicos, como imóveis e veículos, que podem gerar renda ou valorização patrimonial.

Dessa forma, o consórcio se insere em uma categoria de aplicação planejada que une consumo, poupança e investimento. Em vez de pagar à vista ou recorrer a financiamentos com juros altos, o consorciado poupa mensalmente em um sistema coletivo que pode resultar na aquisição de um bem.

Agora, para descobrir se essa é a melhor estratégia de investimento, só lendo o artigo até o final para sabermos: 

O que é o consórcio e para que serve?

Apesar de ser um sistema que existe no Brasil desde a década de 1960, muita gente ainda não conhece ou entende como funciona o consórcio. Basicamente, trata-se de uma modalidade de aquisição de crédito, mas com um grande diferencial em relação ao financiamento: a isenção de juros. 

A lógica do consórcio é relativamente simples: se várias pessoas sonham em comprar uma casa, por exemplo, por que não reuni-las em um grupo, onde cada uma contribui com um valor mensal para realizar esse sonho? 

No decorrer do tempo, uma ou mais pessoas são contempladas por sorteio ou por lance e têm acesso ao valor total que está sendo formado no grupo. Até o final do prazo, todas as que mantiverem suas parcelas em dia terão a chance de utilizar esse crédito e comprar o bem desejado à vista. Ou seja, é como uma poupança compartilhada.

Seu principal objetivo é a aquisição programada de bens e serviços de alto valor. Entre os mais comuns, destacam-se:

  • Imóveis: residenciais, comerciais ou terrenos

  • Veículos: carros, motos, caminhões ou tratores

  • Serviços: cirurgias estéticas, viagens, festas, educação, entre outros

Ao permitir que pessoas se organizem para realizar grandes conquistas sem juros abusivos, o consórcio se torna uma excelente forma de se planejar financeiramente.

Conheça as principais vantagens do consórcio

  1. Ausência de juros: um dos principais atrativos do consórcio é a não incidência de juros compostos. Embora existam taxas de administração, fundo de reserva e seguros, elas costumam ser mais leves do que os encargos de um financiamento;

  2. Disciplina financeira: como o pagamento é mensal, o consórcio ajuda o participante a manter uma rotina de economia. É uma opção interessante para quem tem dificuldade em poupar por conta própria;

  3. Flexibilidade de planos: existem várias opções de valores de carta de crédito e prazos. Isso permite ao consumidor escolher o plano que mais se adequa ao seu orçamento e ao bem desejado;

  4. Poder de compra à vista: quando contemplado, o consorciado pode comprar o bem à vista, o que permite negociar descontos e condições especiais com fornecedores;

  5. Planejamento a longo prazo: para quem não tem pressa, o consórcio é uma excelente opção de construção patrimonial. Ele permite acumular recursos para realizações futuras de forma organizada e segura.

Conheça os riscos envolvidos no consórcio 

Seguindo a linha de uma estratégia de investimento, todo e qualquer investidor sabe que investir traz riscos. No caso dos consórcios, apesar de ser uma alternativa segura, já que é regulamentado pelo Banco Central do Brasil, ele não oferece liquidez imediata. Ou seja, quem opta pelo consórcio precisa estar ciente de que o acesso ao bem depende da contemplação que acontece exclusivamente por sorteio ou lance, como já explicamos.

Por isso, o consórcio é mais indicado para quem pode esperar e está pensando no médio ou longo prazo. Além disso, vale sempre lembrar da regra de ouro das finanças: a diversificação é indispensável. Evitar concentrar todo o capital em uma única modalidade é uma forma de reduzir riscos e proteger seu patrimônio. Em vez de apostar tudo em um único tipo de investimento, o ideal é montar uma carteira equilibrada, combinando uma estratégia de investimento consistente e diferentes prazos. 

Entenda melhor cada um dos riscos: 

  • Prazo para contemplação: não há garantia de quando será contemplado (pode ser no início, no meio ou no fim do plano). É importante deixar isso claro para não haver dúvidas no momento de adesão;

  • Imobilização do capital: até a contemplação, o valor pago mensalmente não tem liquidez. Ou seja, o participante não tem acesso ao dinheiro aplicado;

  • Falta de liquidez: sair de um consórcio pode ser um processo burocrático. Caso precise desistir, o consorciado só receberá os valores de volta após o fim do grupo ou conforme regras contratuais.

Como funcionam as contemplações?

Uma das maiores curiosidades de quem está considerando entrar em um consórcio é: “quando serei contemplado?”. A contemplação é o momento mais aguardado, pois é quando o participante recebe sua carta de crédito, o valor que poderá ser usado para adquirir o bem ou serviço desejado. Existem duas principais formas de contemplação:

  1. Por sorteio:

O sorteio é realizado mensalmente durante as assembleias do grupo de consórcio. Ele é uma forma democrática e igualitária, onde todos os participantes ativos têm a mesma chance de serem contemplados, independentemente de quanto já pagaram ou há quanto tempo estão no grupo.

A base para o sorteio geralmente é a extração da Loteria Federal, o que garante transparência e imparcialidade ao processo. Cada consorciado recebe um número (ou mais, conforme o regulamento da administradora), e os contemplados são definidos com base nos números sorteados.

  1. Lance:

O lance é uma oferta antecipada de parcelas feita pelo consorciado que deseja tentar acelerar sua contemplação. Na prática, funciona assim: cada participante propõe um valor e quem oferece o maior percentual (ou valor, conforme a regra do grupo) tem mais chances de ser contemplado. Há três tipos mais comuns de lance:

  • Lance livre: o consorciado decide quanto quer ofertar, geralmente com base em um percentual da carta de crédito. O maior lance do mês é contemplado, desde que haja saldo disponível no grupo.

  • Lance fixo: a administradora estabelece um percentual fixo (ex: 25% do valor da carta). Se houver mais de um interessado, é feito um sorteio entre os que ofereceram esse mesmo valor.

  • Lance embutido: permite que o consorciado utilize parte do valor da própria carta de crédito como lance. Isso é útil para quem não tem dinheiro extra no momento, mas quer tentar antecipar sua contemplação. Por exemplo, se a carta de crédito é de R$ 100 mil, é possível usar R$ 20 mil como lance, ficando com R$ 80 mil para a compra.

É importante destacar que nem todos os grupos aceitam todos os tipos de lance, por isso, é essencial verificar as regras do seu consórcio.

Principais estratégias de lances no consórcio 

Nem todo mês oferece as mesmas chances para quem tenta ser contemplado por lance. Há períodos em que há menos concorrência, como meses de férias, datas comemorativas e início de ano letivo, quando muitas pessoas evitam compromissos financeiros adicionais. Nesses meses, as chances de contemplação com lances mais baixos aumentam.

Além disso, ao longo da existência do grupo, os lances vencedores tendem a diminuir, pois muitos consorciados já foram contemplados ou desistem. Portanto, conhecer o histórico do grupo e conversar com a administradora são formas de identificar os melhores meses estrategicamente para fazer uma oferta vantajosa.

Se você não estiver aderindo ao consórcio como empresa, poderá utilizar o saldo FGTS para melhorar as condições do consórcio, como: ofertar um lance, ampliar o valor da carta de crédito ou ofertar um lance mais alto. Para isso, deve-se entender quais são as regras estipuladas no contrato.

Consórcio como a melhor estratégia de investimento 

De forma geral, o consórcio pode, sim, ser considerado uma estratégia de investimento, quando o bem adquirido com a carta de crédito tem potencial de gerar retorno financeiro ou aumentar o patrimônio da pessoa consorciada.

“O consórcio deixou de ser apenas uma ferramenta de compra parcelada e passou a ocupar um espaço importante no planejamento financeiro dos brasileiros. Hoje, é também uma alternativa estratégica de investimento, especialmente para quem busca alavancar patrimônio com previsibilidade e sem os impactos dos juros”, afirma Luís Toscano, vice-presidente de Negócios do Consórcio Embracon.  

De acordo com a ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), nos últimos anos houve um aumento nas adesões de consórcio por investidores, com objetivo de usufruir do bem como gerador de renda. Mas o que faz uma estratégia de investimento ser boa?

O que faz um investimento ser bom?

Um bom investimento, normalmente, é definido por alguns pilares:

  • Rentabilidade: retorno financeiro

  • Segurança: baixo risco de perda

  • Liquidez: facilidade de resgatar o valor investido

  • Planejamento: compatibilidade com seus objetivos

Muito mais do que uma forma de comprar bens, o consórcio pode ser uma alternativa inteligente e estratégica para quem busca investir com planejamento. Ao permitir a aquisição de imóveis, veículos, serviços e até estrutura para empreender, ele abre portas para diferentes formas de retorno financeiro e patrimonial. 

Confira algumas possibilidades em que o consórcio se destaca como uma escolha vantajosa para investidores de diversos perfis: 

No setor imobiliário 

Quando estamos falando do setor imobiliário, nos referimos à possibilidade de utilizar a carta de crédito para comprar imóveis destinados à locação, construção e venda, reforma ou mesmo aquisição de propriedades comerciais, rurais, para veraneio ou no exterior. Tudo isso com flexibilidade de uso dentro da mesma categoria de bem! 

Na área de mobilidade

Veículos podem ser adquiridos para atuação profissional, como transporte por aplicativo, vendas externas, formação de frotas de utilitários ou veículos de carga. Motos, cada vez mais presentes na logística urbana, são usadas por motoboys e profissionais autônomos em diversos serviços, de entregas a apoio técnico e clínico. Já o consórcio de veículos pesados viabiliza a renovação e ampliação de frotas para empresas e empreendedores do setor de transporte e turismo. 

No agronegócio 

O consórcio vem contribuindo com a modernização do campo, facilitando a aquisição de tratores, colheitadeiras, sistemas de irrigação, drones e outros equipamentos de alta tecnologia, que elevam a produtividade e tornam o setor mais competitivo. 

Além dos bens físicos, o consórcio também pode impulsionar negócios e carreiras. É possível utilizá-lo para montar empresas, coworkings ou lojas, com a compra de móveis e equipamentos, e até financiar estudos como graduação, pós-graduação e MBA. 

Nesse caso, o retorno vem por meio da valorização profissional e aumento de renda! 

Consórcio x outras estratégias de investimento

O consórcio se destaca como uma alternativa vantajosa em comparação a outros tipos de estratégia de investimento, especialmente para quem deseja adquirir bens de forma planejada. 

  • Financiamento: embora proporcione aquisição imediata, possui juros compostos altos. O consórcio, ao cobrar apenas taxas administrativas, é financeiramente mais viável a longo prazo para quem pode esperar;

  • Empréstimo: empréstimos são onerosos e indicados para emergências, não para aquisições programadas. O consórcio, por outro lado, evita o endividamento com juros abusivos;

  • Poupança: apesar da liquidez, a poupança rende pouco e não estimula a disciplina. O consórcio impõe um compromisso mensal e favorece a formação de patrimônio;

  • Renda Fixa: oferece rentabilidade e liquidez previsíveis. Porém, o consórcio é uma opção de construção patrimonial, mesmo sem gerar rendimentos diretos;

  • Renda Variável: com alta volatilidade e risco elevado, não é ideal para perfis conservadores. O consórcio é mais seguro, indicado para quem busca planejamento financeiro com menor exposição a perdas.

Quem pode investir no consórcio? 

Qualquer indivíduo que tenha em mente a aquisição de um bem ou serviço por meio de um planejamento estruturado e consciente pode, sim, investir no consórcio.

Essa modalidade é acessível tanto para jovens que estão dando os primeiros passos na vida financeira quanto para pessoas mais maduras, como aposentados, que buscam preservar seu patrimônio com segurança e previsibilidade.

Trata-se de uma alternativa bastante democrática e abrangente, ideal para diversos perfis de consumidores e investidores. Seja para quem deseja se organizar financeiramente a médio e longo prazo, seja para quem quer fugir de dívidas com juros altos, o consórcio pode ser aproveitado por todos os públicos.

Entre os perfis mais beneficiados pelo consórcio, destacam-se:

  • Pessoas que não têm pressa para adquirir o bem ou serviço e, por isso, podem aguardar o momento ideal da contemplação

  • Aquelas que desejam evitar o endividamento oriundo de financiamentos, com suas altas taxas de juros

  • Investidores que almejam formar patrimônio com foco no futuro e na valorização de bens tangíveis

  • Famílias que visam organizar suas finanças para conquistas futuras, como a compra de um imóvel, veículo ou mesmo a realização de um grande projeto pessoal

Cenários nos quais o consórcio não é a melhor estratégia de investimento 

Embora o consórcio apresente uma série de vantagens, é importante reconhecer que ele não se encaixa perfeitamente em todos os perfis ou situações. Há cenários específicos em que essa modalidade pode não ser a escolha mais vantajosa no curto prazo ou do ponto de vista da rentabilidade direta.

  • Para quem busca rentabilidade financeira direta e imediata: o consórcio não é um instrumento de investimento com retorno financeiro direto como dividendos, juros ou valorização de ativos líquidos. Ele não oferece rendimentos mensais, como fundos imobiliários ou ações. No entanto, pode ser estrategicamente utilizado para aquisição de bens que venham a gerar renda no futuro, por exemplo, a compra de imóveis destinados à locação ou revenda. Assim, ele se torna uma ferramenta de investimento indireto, com foco em valorização patrimonial e geração futura de fluxo de caixa;

  • Para quem precisa adquirir um bem com urgência: o consórcio é um planejamento de médio a longo prazo, e a contemplação, seja por sorteio ou lance, pode demorar. Não há como prever com exatidão quando o consorciado receberá a carta de crédito. Portanto, para aqueles que têm pressa em comprar um imóvel, veículo ou serviço, o financiamento (mesmo com taxas mais altas) pode se mostrar uma alternativa mais imediata. A ausência de previsibilidade na contemplação torna o consórcio menos indicado para situações emergenciais ou com prazos curtos definidos.

Esses exemplos não anulam as qualidades do consórcio, mas reforçam a importância de alinhar suas características ao perfil e às necessidades de cada investidor ou consumidor.

Avaliar com clareza seus objetivos financeiros e o tempo disponível para alcançá-los é fundamental na hora de escolher a melhor estratégia de investimento e de aplicação de recursos.

E aí, o consórcio é uma boa estratégia de investimento pra você?

O consórcio pode, sim, ser considerado uma boa estratégia de investimento, desde que faça sentido dentro do seu perfil, dos seus objetivos e do seu planejamento financeiro! Ele é uma alternativa atrativa para quem busca crescer com segurança, disciplina e sem os custos de juros. 

No fim, a resposta para a pergunta “consórcio é um bom investimento?” depende menos de uma fórmula pronta e mais de entender se essa ferramenta está alinhada com o seu momento e seus planos. 

Se for o caso, ele pode ser a escolha certa para construir, com calma e estratégia, um patrimônio sólido e cheio de possibilidades!

Para chegar a uma conclusão, você pode fazer uma simulação no site da Embracon. Assim, terá acesso a todas as informações sobre esse investimento, que só cresce e tende a crescer ainda mais. 

Faça uma simulação com a Embracon e descubra tudo o que precisa sobre o impacto do seu investimento no consórcio!

Antes de tomar qualquer decisão financeira, realizar uma simulação é muito importante e, no caso do consórcio, isso não é diferente. A simulação com a Embracon é gratuita, rápida e sem compromisso. Você consegue visualizar com clareza como os valores das parcelas se encaixam no seu orçamento, qual o prazo mais adequado às suas metas e quais são as possibilidades de contemplação. 

Mais do que apenas números, essa ferramenta ajuda a projetar seu futuro com segurança e estratégia, entendendo de forma transparente todos os custos, prazos e benefícios envolvidos. Além disso, a equipe da Embracon está preparada para tirar todas as suas dúvidas, explicando cada detalhe do consórcio como uma estratégia de investimento e mostrando como ele pode se ajustar às suas necessidades, seja para comprar um imóvel, realizar um serviço ou até formar patrimônio. 

Não deixe de aproveitar essa oportunidade para conhecer melhor o impacto positivo que o consórcio pode ter no seu planejamento financeiro. Faça agora mesmo uma simulação ou entre em contato com a gente para saber mais!