Reajuste no consórcio: como funciona

Reajuste no consórcio: como funciona

Alguns consumidores podem reclamar de alterações no valor das mensalidades. Isso porque, ao fazer a simulação, eles já planejam seus gastos por um longo período de tempo e não preveem qualquer tipo de alteração.

Por isso mesmo, é importante informá-los sobre os reajustes anuais da cota.

Sempre em cada aniversário da cota, ou seja, quando ela completa um ano, a administradora faz o reajuste da mensalidade. Esse cálculo é feito para evitar prejuízos por conta de índices inflacionários.

Além da divisão do valor integral da carta de crédito, a mensalidade também inclui taxa de administração, fundo de reserva e seguro.

Ao contrário do que possa parecer, o reajuste não tem como objetivo dar mais lucro à administradora. Ele é feito por conta dos índices de inflação, que são determinados a partir da economia do país e influenciam o poder de compra das pessoas.

Ou seja, ao investir em um bem a longo prazo, o consumidor tem que estar ciente de que este bem pode valorizar ou desvalorizar.

Para que esse cenário não prejudique os integrantes do grupo, a administradora trabalha o reajuste após um ano de pagamento, para que ninguém se sinta lesado ao pagar a mais assim que entrar no consórcio.

A seguir, explicamos como o reajuste é aplicado em determinadas situações.

Reajuste para cotas não contempladas

O reajuste de uma cota ainda não contemplada leva em consideração a correção na carta de crédito por conta dos índices econômicos.

Por exemplo, se um consumidor estiver investindo em um consórcio de automóveis de R$ 40 mil e a inflação correspondente à categoria do bem, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), for de 2% do último ano para o mais recente, a carta ficará em R$ 40.800, e o valor adicional é dividido nas mensalidades.

No caso de um consórcio de imóveis, o consumidor deve acompanhar o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), responsável por verificar os custos de obras no segmento de habitação.

Além disso, o consumidor deve ficar atento ao valor final do bem que deseja comprar. As alterações de preço também impactam os bens. É por isso que o valor da carta de crédito, muitas vezes, é superior ao que os consumidores projetaram no início.

Isso porque, de certa forma, o reajuste ajuda o consumidor a investir em uma cota que acompanha o índice geral de preços.

Reajustes para cotas contempladas

Nem todos os consorciados têm uma ideia formada de como irão utilizar a carta de crédito quando forem contemplados.

Em casos assim, muitos consumidores deixam a carta de crédito no fundo da administradora. Enquanto o valor permanecer por lá, ele continua rendendo. Porém, existe um prazo de retirada, e o consumidor deve ficar atento.

Em alguns casos, a administradora permite utilizar esse recurso para uma aplicação. Oriente o consumidor a procurar a Embracon, caso não queira retirar a carta de imediato. Assim, ele evita surpresas indesejáveis.