Prévia do PIB do BC tem 10ª alta seguida

Prévia do PIB do BC tem 10ª alta seguida

A atividade econômica brasileira avançou pelo décimo mês consecutivo e teve alta de 1,7% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central.

O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de compensação para comparar períodos diferentes. Em janeiro, o avanço havia sido de 1,25% (dado revisado).

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que afetou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril de 2020. Após esse período, o IBC-Br passou a reagir.

Mas com a segunda onda, registrada com mais intensidade a partir de março de 2021, analistas indicam que deve haver novo impacto na atividade.

O indicador mostra uma economia que segue em um ritmo similar ao do fim de 2020, mesmo com o término - temporário - de medidas de estímulo, como o auxílio emergencial. Essa é a avaliação do economista sênior do Banco ABC Brasil, Daniel Xavier.

No entanto, diz ele, a surpresa em fevereiro e as melhores indicações para o primeiro trimestre não mudam o fato de que a economia deve "sofrer" no segundo trimestre. Para o período, Xavier estima queda de 1,0% do PIB. Contudo, o cenário é bom para o segundo semestre, com o avanço da vacinação, avalia.

A XP Investimentos projeta uma forte queda em março, de 5,70%, como reflexo do lockdown em vários Estados. Para o primeiro trimestre, a expectativa é de expansão de 1,00%, já sem efeitos sazonais.

A projeção para o PIB de 2021 é de expansão de 3,20%, após queda de 4,10% em 2020. "Nosso cenário embute uma visão construtiva para o 2.º semestre. O progresso da vacinação contra a covid- 19 - esperamos idosos e profissionais da saúde imunizados até o início de junho - e a reabertura gradual da economia compõem o prognóstico de retomada do crescimento", explica em nota Rodolfo Margato, economista da XP.

Fonte: Fenabrave