Qual o valor ideal da parcela mensal de um consórcio?

Qual o valor ideal da parcela mensal de um consórcio?

A melhor forma de saber se o consórcio irá ajudar a realizar os seus sonhos é por meio do planejamento. Sem a preocupação de ter o bem de forma imediata, você consegue tomar uma decisão que favoreça o seu orçamento mensal.

É que, com o consórcio, quem fica no controle do valor do bem que deseja adquirir e o valor da parcela é o próprio consorciado.

Você não precisa saber de antemão que carro, casa, moto ou serviço deseja adquirir antes de começar a pagar pelo consórcio. Isso porque se trata de um autofinanciamento em torno de uma carta de crédito, que irá possibilitar a compra do bem que deseja.

Em resumo, você se organiza para ter acesso a uma carta de crédito, que dará poder de compra à vista para o bem que você selecionou comprar. Isso dá uma boa margem de negociação com o proprietário. Já pensou em um desconto de 5%, por exemplo, na compra de uma casa de R$ 300 mil? São R$ 15 mil a menos, que podem ser utilizados para resolver burocracias de transferência de propriedade e escritura, por exemplo.

Mas, já que tenho a liberdade de escolher o bem que quero comprar, escolher o valor da mensalidade e a quantidade de parcelas, a pergunta no ar que fica é: como selecionar o valor ideal para a parcela do consórcio? Vamos dar algumas dicas a seguir.

Simulação de parcelas do consórcio

A primeira etapa antes de comprar um bem por meio do consórcio é fazer a simulação de compra. O simulador é uma forma dinâmica de entender o valor da mensalidade a partir de informações como valor total da carta de crédito e quantidade de mensalidades.

Além dessa divisão, o simulador retorna com o valor das taxas de consórcio, como taxa de administração, que serve para remunerar a empresa de consórcio pela criação dos grupos e entrega das cartas de crédito, e fundo de reserva, que impede que a inadimplência de alguns integrantes do grupo prejudique as contemplações.

Por meio do simulador, você consegue tentar quantas vezes for necessário identificar o melhor valor para pagar pelo consórcio. Este é o primeiro passo antes da administradora entrar em contato e fechar o contrato de adesão.

Como decidir o valor da parcela do consórcio

O valor ideal da parcela de consórcio depende muito dos seus rendimentos mensais e da sua situação financeira.

Como regra, nenhuma administradora de consórcio autorizada pelo Banco Central do Brasil (Bacen), como a Embracon, permite fechar o valor de uma mensalidade que ultrapasse 30% dos rendimentos mensais do consorciado.

Essa medida é uma forma de proteção diante de possíveis casos de inadimplência. Afinal, quanto mais o consorciado comprometer seus rendimentos com o consórcio, maiores são as chances dele acabar desistindo por conta de alguma dificuldade financeira, por exemplo.

Como o consórcio se trata de um investimento a longo prazo, o ideal é definir um valor que não irá afetar muito os seus rendimentos mensais. Dessa forma, você pode continuar pagando por sua cota sem gerar muita ansiedade em torno dela.

Digamos que você e sua família tenham um rendimento mensal de R$ 15 mil e queiram dar o primeiro passo para a compra de uma casa. Nesse exemplo, a mensalidade não poderia ultrapassar R$ 4.500.

As cotas de imóveis podem ser divididas em até 240 meses, ou seja, a contemplação não é assim tão rápida - a não ser que você seja sorteado nos primeiros meses. Nesse caso, você e sua família podem separar parte do dinheiro para juntar e, mais para a frente, fazer a oferta de um lance.

Ainda utilizando o mesmo exemplo, o ideal seria pagar por uma parcela menor que R$ 4.000 e usar os R$ 500 restantes, ou até um pouco mais, para poupar e, em determinado momento, fazer a oferta de um lance. É uma boa forma de tentar acesso à carta de crédito do imóvel de forma antecipada.

Caso queira se preparar para terminar a cota de forma mais rápida, você pode selecionar um valor de mensalidade ainda menor e ir quitando sempre a mensalidade corrente e a última mensalidade da sua cota. Com isso, você reduz pela metade o tempo em que terminaria de pagar pelo consórcio e, assim, pode ser contemplado mais rapidamente.

Portanto, antes mesmo de definir o valor da mensalidade, faça um planejamento de como poderia usar o dinheiro da melhor forma. Se você deseja ser contemplado mais rapidamente, separe parte do seu orçamento mensal para juntar para o lance ou quitar as últimas mensalidades.

Mas, se não tem muita pressa, defina um valor que não irá deixá-lo em uma situação apertada. Quanto menos o consórcio afetar seus rendimentos, melhor será sua experiência em investir em uma compra planejada.

Atenção ao reajuste das parcelas

A cada aniversário de cota, a administradora faz um reajuste das parcelas do consórcio. Essa medida protege o poder de compra da sua carta de crédito. Digamos que você tenha um apartamento em mente ao selecionar a carta de R$ 300 mil em consórcio de imóveis, por exemplo. Porém, por conta dos índices inflacionários, seu poder de compra pode diminuir. Com a correção, a sua carta fica com um valor maior, e essa diferença é repassada nas mensalidades.

Se você tiver definido um valor muito próximo de 30% dos seus rendimentos mensais, corre o risco de ultrapassar esse percentual sempre que houver reajuste da carta.

Ao ser contemplado, a administradora faz uma nova análise de crédito. Se o valor da mensalidade no momento da contemplação ultrapassar os 30% dos seus rendimentos, será necessário indicar um devedor solidário, que irá compartilhar a responsabilidade pela dívida do consórcio até que seja integralmente pago.

Portanto, defina um valor de mensalidade que não comprometa seus rendimentos mensais e permita um planejamento mais saudável para a compra do bem que tanto deseja.

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