Hábitos de consumo: antes, durante e pós pandemia

Hábitos de consumo: antes, durante e pós pandemia

Desde que o Brasil registrou a primeira morte de coronavírus, em março de 2020, não demorou para que muitos estados brasileiros começassem a ficar alertas para tomar as primeiras medidas de isolamento social.

Com isso, as pessoas tiveram que se acostumar a passar mais tempo em casa e sair apenas para fazer coisas mais urgentes, como ir ao supermercado ou à farmácia.

Até mesmo a relação com o trabalho foi modificada drasticamente por conta da pandemia: quem estava acostumado a trabalhar em escritório, por exemplo, teve que se adaptar ao modelo de home office.

Mas, em relação ao consumo? Será que as pessoas estão deixando de comprar ou estão se adaptando ao modelo digital? A seguir, vamos mostrar como os hábitos dos consumidores foram mudando ao longo da pandemia, o que deve continuar como antes e mudar para sempre.

Mais compras pela internet

Por mais que as principais lojas de varejo e de departamento tenham migrado para a internet, todas elas tinham como principal relação com os consumidores o ponto físico.

O isolamento social nas maiores cidades do país obrigou muitos lojistas a fecharem as portas. Com isso, quem já comprava pela internet passou a utilizar ainda mais o e-commerce. E, quem nunca havia feito esse tipo de compra, teve a oportunidade de começar a utilizar a internet para comprar o que fosse preciso para casa.

De acordo com estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC),  61% dos clientes que compraram online durante a quarentena aumentaram o volume de compras devido ao isolamento social. Esse aumento foi puxado pelo interesse em itens de consumo imediato, como alimentos e bebidas.

Isso significa que o antigo hábito de sair de casa para ir a um local mais próximo e comprar pequenas coisas está passando por uma mudança. Agora, as pessoas têm adquirido cada vez mais o hábito de fazer essas compras pela internet.

A seguir, vamos mostrar quais são os artigos que as pessoas têm procurado mais pela internet.

Produtos de higiene

Médicos especialistas em infectologia e muitos agentes públicos têm alertado sobre a importância de se prevenir contra o coronavírus. A limpeza nas mãos é essencial, e isso tem gerado uma imensa procura por itens de limpeza, principalmente por sabão e álcool em gel.

Por conta disso, os preços de itens como desinfetantes, sabão, lenços umedecidos e outros produtos higienes tiveram aumento de cerca de 20%, segundo dados da Euromonitor. Só o alvejante ficou até 32% mais caro, para se ter uma ideia.

O álcool em gel, por outro lado, passou por uma variação turbulenta no início da pandemia. Entre março e abril, seu preço chegou a subir mais de 1.000%. Mas, com mais empresas se esforçando para produzir mais álcool em gel, o preço voltou a diminuir na maioria das grandes capitais.

Os principais institutos de pesquisa acreditam que a alta na procura por itens de higiene deve durar apenas no período da pandemia. Ainda assim, o que veio para ficar foi a comodidade de comprar itens de higiene sem precisar sair de casa. A estimativa é que, mesmo que diminua a procura geral por itens de higiene, mais pessoas devem adquirir como hábito de consumo a compra desses itens pela internet.

Alimentação na pandemia

O setor de bares e restaurantes certamente foi um dos mais impactados em toda a pandemia. Todos eles tiveram que manter os estabelecimentos fechados e restringir seu atendimento pela internet, trabalhando apenas com comida para viagem.

Pequenos empreendedores sentiram o baque: o faturamento de muitos deles caiu, chegando a um terço do que era antes de fecharem as portas. Com isso, a solução para muitos deles foi entrar para os aplicativos de delivery de comida, como iFood, Rappi e Uber Eats.

Além disso, muitos dos restaurantes tiveram que se adaptar a um ambiente com mais exigências de higiene. Isso representou um custo a mais para operação: comprar mais álcool em gel, preparar os funcionários para trocarem de máscaras o tempo inteiro e manter o distanciamento mínimo de 1,5 metro foram algumas das medidas adotadas.

Por outro lado, os aplicativos de delivery receberam um volume bem maior de visitantes. Mais pessoas passaram a pedir almoço e janta por meio desses serviços. Um levantamento do Instituto Locomotiva mostrou que, até final de abril, a procura por compra em apps de delivery aumentou em 30%, muito puxado por pessoas com mais de 50 anos e das classes C, D e E - que representam mais da metade de todos os consumidores do país.

Para se adaptar ao momento de isolamento social, a maioria dos apps trouxe como possibilidade comprar sem precisar interagir com o entregador. Ou seja, muitos receberam suas pizzas, marmitas e almoços na porta, sem ter que encostar no entregador e, assim, manter-se protegido.

Muitas dessas pessoas acabaram fazendo a primeira transação digital via aplicativo. Com a comodidade, é possível que muitas delas mantenham esse hábito e, regularmente, voltem a comprar pelos apps de delivery.

Outras mudanças de consumo com a pandemia

Produtos eletrônicos e eletrodomésticos também tiveram alta de procura em tempos de pandemia. Sem poder sair de casa, as pessoas optaram por comprar fogão, máquinas de lavar, TV e outros acessórios pela internet.

Para se adaptar ao cenário de home office, muitas lojas também faturaram com a venda de cadeiras de escritório, mesas e itens de papelaria. No entanto, a compra desses itens foi mais puxada pelo cenário de isolamento e não devem ter grande alteração no futuro.

É importante lembrar que muitos consumidores também têm passado por algumas frustrações na pandemia. O valor do frete e a demora no tempo de entrega foram algumas das principais reclamações dos consumidores, segundo o estudo da SBVC.

Com a abertura gradual do comércio nos próximos meses, é possível que as pessoas realizem a compra pela internet e retirem no local. Isso deve potencializar as ações de omnichannel do varejo. Uma análise do site e-commerce Brasil estima que não deve demorar para que mais de 93% das compras sejam iniciadas a partir de uma busca pela internet, e que mais de 60% dos consumidores tenham a internet como ponto de contato na sua experiência de compra.

Os hábitos de consumo mudaram e é por isso que você deve sempre ficar atento a sua saúde financeira. Uma boa dica é a realização de consórcio, faça uma simulação no nosso site.

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