Guia completo: aprenda como escolher um consórcio sem erros

Guia completo: aprenda como escolher um consórcio sem erros

Para conseguir realizar um grande sonho, é preciso que as pessoas tenham um planejamento financeiro que as permitam ter as condições necessárias para alcançar esse objetivo. Contudo, em muitos casos, será necessário buscar no mercado algum crédito para agilizar o processo. Dentro desse contexto, o autofinanciamento surge como uma das opções mais viáveis e econômicas.

Contudo, antes de fechar negócio, é fundamental ter alguns cuidados antes de escolher um consórcio. Como nem todos os grupos são iguais, é essencial que o cotista fique atento a alguns detalhes antes de fazer a sua adesão.

Por isso, reunimos neste guia tudo o que você precisa saber para poder escolher com segurança um consórcio que o ajudará realizar os seus sonhos. Boa leitura!

O que é e como funciona um consórcio?

Basicamente, o consórcio é uma modalidade de crédito em que diversas pessoas criam um grupo com o intuito de guardar dinheiro para alcançar um objetivo comum, o qual poderá ser a compra de um automóvel, de um imóvel ou a contratação de um serviço. Dessa forma, cada cotista participa do autofinanciamento que o permite parcelar completamente o valor do bem e, o melhor de tudo, sem a incidência de juros.

Assim, durante a vigência do contrato, são realizadas assembleias mensais com o objetivo de escolher os consorciados que receberão o valor do plano escolhido. Para isso, os contemplados são definidos de duas formas: por sorteio, no qual cada participante tem as mesmas chances de ser sorteado;ou pelo maior lance, que funciona semelhante a um leilão.

Para que isso seja possível, as parcelas pagas por participante do grupo são revertidas na formação das cartas de créditos — as quais são um documento financeiro, que tem um valor estabelecido em contrato e permite ao contemplado adquira o bem ou contrate o serviço desejado.

Quais são as vantagens de um consórcio?

Por se tratar de um autofinanciamento, o consórcio proporciona diversas vantagens. A principal, por não se tratar de um empréstimo, é a não incidência de juros nas parcelas, o que faz dessa modalidade de crédito uma das mais econômicas do mercado. Uma das poucas taxas existentes é a de administração, a qual se baseia na remuneração da administradora pelos serviços prestados.

Além disso, outro ponto importante, principalmente para quem não tem uma disciplina financeira para guardar dinheiro, é a possibilidade de parcelar integralmente o montante do bem a ser adquirido ou do serviço a ser contratado. Desse modo, ao contrário de um financiamento, não é preciso ter parte do valor do investimento para ser usado como entrada.

Outro ponto a ser considerado é a grande variedade de planos. Assim, o consorciado poderá optar por um que atenda às suas necessidades, definindo o valor do crédito, o quanto será pago em cada parcela e o tempo de vigência do contrato.

Contudo, uma das desvantagens do autofinanciamento é o tempo. Em alguns casos, pode demorar um pouco para que o consorciado seja contemplado por uma carta de crédito. Apesar disso, o valor da cota é sempre atualizado, de modo que os cotistas que receberão o recurso no final do contrato não tenham o seu poder de compra prejudicado.

O que faz uma administradora de consórcio?

Basicamente, uma administradora de consórcio é uma empresa que tem como objetivo criar e organizar grupos de autofinanciamento. A principal função é administrar a poupança formada por essas agremiações, assegurando o cumprimento das normas e que cada membro cumpra suas obrigações financeiras.

No entanto, de acordo com a legislação vigente, o Sistema de Consórcio é uma modalidade de crédito fiscalizada e regulamentada pelo Banco Central do Brasil (BCB). Por isso, apenas as organizações que são autorizadas por essa instituição têm o direito organizar e gerenciar grupos de consórcio no País.

Sendo assim, a administradora de consórcio é uma empresa que, para atuar de forma legal, precisa cumprir algumas exigências e ter autorização do BCB. Dessa forma, essa companhia precisa efetuar auditorias independentes, publicar semestralmente as demonstrações financeiras e enviar ao Banco Central os balanços de cada grupo.

A administradora precisa ter meios para que tudo ocorra de forma legal e que os consorciados tenham a melhor experiência durante a vigência do contrato. Para isso, antes de começar grupo, a empresa deve estabelecer regras, como o número de cotista, o prazo, o valor do crédito, a quantidade de contemplações.

Diante de tanta responsabilidade, é fundamental que se escolha uma administradora de consórcio séria, que tenha credibilidade e confiança do mercado. Caso contrário, existirá um sério risco de ter que enfrentar problemas no futuro e ser vítima de falsas promessas.

Como escolher um consórcio?

Como é possível perceber, o consórcio se tornou uma das formas mais viáveis para adquirir um bem ou contratar um serviço. Isso porque não ocorre a incidência de juros nessa modalidade de crédito, o que garante a realização de um sonho sem um endividamento excessivo.

No entanto, antes de aderir a um grupo, é preciso ficar atento a alguns detalhes para conseguir escolher um consórcio que não prejudicará o seu planejamento financeiro ou que lhe trará problemas. Por isso, listamos a seguir 7 dicas essenciais para ajudá-lo durante a sua escolha.

1. Conheça a administradora

O primeiro passo para participar de um bom consórcio é escolher uma administradora confiável, pois essa empresa será responsável por administrar o seu dinheiro. Para isso, priorize companhias que proporcionam um relacionamento transparente com seus clientes e que fornecem todas as informações sobre os seus produtos de maneira clara.

Além disso, é necessário verificar se a empresa tem a autorização do BCB para exercer essa atividade. Essa informação pode ser obtida no próprio site do Banco Central.Outro ponto a ser considerado é o histórico da administradora. Para esse fim, busque informações nos órgãos de proteção ao consumidor — como o Procon e o Reclame Aqui — sobre os problemas mais frequentes e as reclamações de antigos clientes.

2. Leia atentamente o contrato

Apesar de ser algo recomendado por todos advogados, ainda é comum muitas pessoas assinarem um contrato sem ter lido antes.

Quando isso acontece, o contratante não toma ciência de todos os termos do acordo realizado. Por isso, é fundamental ler atentamente o documento.

Para evitar possíveis dúvidas, o contrato deverá ser escrito de modo claro, especificando tudo que foi negociado com a administradora. Por isso, nunca aceite promessas verbais, caso contrário você não terá a garantia de que todos os termos acordados serão respeitados.

Fique atento às regras do consórcio. Nesse documento serão informados os valores das parcelas, o número de prestações, as taxas cobradas, o índice de reajuste, as regras das assembleias e das contemplações.

3. Conheça os custos extras

Dependendo do valor do consórcio, é comum que o contrato dure alguns anos. Devido a isso, existem alguns riscos envolvidos nessa modalidade de crédito. Sendo assim, é comum incidir nas parcelas alguns serviços que proporcionam segurança ao cotista. Entre os serviços que podem existir, um dos mais comuns é o seguro de vida. Ele garante o funcionamento do grupo na situação do falecimento algum membro. Também é normal a formação de um fundo de emergência que é usado caso algum consorciado fique inadimplente.

Outro custo adicional que será preciso observar, o qual influencia no valor final da parcela, é a taxa de administração. Ela pode variar entre as administradoras e é usada para pagar os custos operacionais da empresa e do gerenciamento do grupo.

4. Fique atento ao valor das parcelas

Para que a realização do sonho não se torne um grande pesadelo, antes de aderir a um consórcio, é preciso ter um planejamento financeiro pessoal. Dessa forma, será possível definir o quanto do orçamento mensal pode ser usado no pagamento das parcelas.

Além de analisar se o custo do consórcio está de acordo com as condições financeiras atuais, é fundamental ficar atento com a forma que a administradora faz o reajuste das parcelas. Afinal, para evitar a perda do poder de compra da carta de crédito, protegendo-a da inflação, é preciso ajustar o valor do contrato usando um indexador.

Essa análise é muito importante, pois nem sempre a renda do cotista aumenta nas mesmas proporções da valorização do montante a ser pago nas parcelas. Dessa forma, o consorciado pode descobrir se em um futuro próximo ele conseguirá honrar os seus compromissos junto a administradora.

5. Analise os prazos

Uma das vantagens de participar de um consórcio é a possibilidade do cotista planejar o momento em que receberá a sua carta de crédito. Todavia, para que isso seja viável, será necessário ter recursos que o permitam fazer um lance vencedor. No entanto, nem sempre isso é possível, o que obriga o consorciado esperar um resultado positivo nos sorteios para ser contemplado.

Diante desse cenário, é preciso escolher um consórcio que tenha duração compatível à sua necessidade de adquirir o bem ou contratar o serviço. Já que existe a possibilidade de ser contemplado por uma carta de crédito em um dos últimos sorteios.

Além disso, é essencial considerar o valor da parcela, pois quanto mais curto for o período do consórcio, maior será o montante a ser pago mensalmente. Sendo assim, será preciso conciliar o prazo que esteja de acordo com as suas necessidades com o valor que caiba em seu orçamento.

6. Entenda como funcionam os lances

Conforme já foi explicado, o lance é uma das formas possíveis em que um cotista pode ser contemplado pela carta de crédito. Ele funciona da seguinte forma: durante a assembleia mensal ocorre uma espécie de leilão, em que a oferta mais alta recebe o recurso. Dessa forma, o consorciado consegue adiantar a sua contemplação.

É preciso estar ciente que as regras para esse leilão varia de acordo com a administradora e o tipo do consórcio. Por isso, é essencial ficar atento com os termos existentes no contrato. De maneira geral, existem duas classes de lances que podem ser ofertados: os lances fixos e os lances livres.

Nos lances fixos, a administradora define um percentual mínimo e máximo do valor da carta de crédito que o cotista pode oferecer. Enquanto nos lances livres apenas existe um piso a ser ofertado.

7. Confira quais são as formas de contemplação

A contemplação é, sem nenhuma dúvida, o momento mais esperado por um consorciado, pois será a partir dela que ocorre a realização de um sonho. Por isso, é importante saber as regras que a regem, como a forma em que ocorrerão os sorteios e os lances.

Também é primordial saber como a carta de crédito pode ser usada. Dependendo da administradora, é possível usá-la para abater o pagamento de um bem semelhante mais caro. Contudo, existem consórcios que entregam o produto e não o recurso. Sendo assim, é preciso ficar atento às normas existentes no contrato.

Quais os erros mais comuns que devem ser evitados ao contratar um consórcio?

Devido à sua importância, é preciso tomar vários cuidados durante a escolha de um consórcio. No entanto, devido aos vários detalhes que devem ser considerados, não é difícil que o cotista cometa alguns erros que podem prejudicá-lo antes e durante a sua participação no grupo.

Por isso, caso o seu desejo seja participar de um consórcio, é fundamental tomar alguns cuidados para evitar futuras dores de cabeça. Por isso, reunimos os 7 erros mais comuns que um consorciado comete.

1. Não considerar os reajustes

Para muitos brasileiros, a maior vantagem de contratar um consórcio é a não incidência de juros, os quais estão presentes nos mais diversos tipos de financiamentos ou empréstimos oferecidos pelos bancos. Contudo, isso não significa que o cotista pagará o mesmo valor de parcela durante a vigência de seu contrato.

Para que o poder da carta de crédito não seja corroído pela inflação — o que prejudica os últimos membros contemplados do grupo —, ocorre anualmente a sua correção. Para isso, é usado algum índice de reajuste, o qual é definido durante a formação da associação. Sendo os indexadores mais usados são:

  • o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — usado nos consórcios de serviços;
  • o Índice Nacional de Custo da Construção — usado para reajustar o valor dos consórcios de imóveis.

Além disso, as taxas administrativas também podem sofrer reajustes. Por isso, é fundamental ficar atento com essas questões durante a leitura do contrato.

2. Não participar das assembleias

Além de manter em dia o pagamento das parcelas, o consorciado tem a obrigação de saber o que ocorre nas assembleias. Afinal, são nesses encontros que ocorrem as contemplações e são demonstradas a movimentação financeira do grupo.

Dessa forma, a administradora apresenta aos cotistas um documento específico que contém todas as informações sobre o andamento do grupo. Por isso, é primordial que o consorciado verifique esses dados para constatar que não existem inconsistências.

3. Não ter paciência

Uma das vantagens de participar de um consórcio é a possibilidade parcelar integralmente o montante do bem a ser adquirido ou do serviço a ser contratado. Isso permite às pessoas que não têm disciplina financeira a realizar os seus sonhos.

Contudo, ao aderir a um grupo de consórcio, o cotista deve estar ciente de que a sua contemplação poderá demorar algum tempo, pois será necessário contar com a sorte para ser sorteado. Por isso, caso exista uma urgência para receber a carta de crédito, o autofinanciamento não é a modalidade de crédito mais indicada.

Para poder antecipar a sua contemplação, o consorciado pode dar lances. No entanto, principalmente se o grupo estiver no início, a concorrência pode ser acirrada a ponto de deixar elevado o valor dos lances. Ainda mais que é possível usar o FGTS nesse tipo de operação.

4. Não cumprir suas obrigações financeiras

Conceitualmente, o consórcio é um grupo de pessoas que se unem com um objetivo de fazer uma poupança comum. Por isso, caso algum membro não honre com os seus compromissos financeiros, todos serão prejudicados, pois a administradora será obrigada a aumentar a taxa de reserva para minimizar o problema da inadimplência.

Além disso, ao ficar inadimplente, o cotista será punido com o pagamento de juros sobre as parcelas atrasadas e poderá ser multado. Sendo que, nos casos mais graves, o atraso em sequência pode implicar na expulsão do consorciado do grupo. Quando isso ocorre, essa pessoa recupera o dinheiro pago apenas após o encerramento do consórcio.

Dessa forma, caso fique constatado que não conseguirá manter em dia o pagamento das mensalidades, uma boa saída é tentar migrar o seu contrato para um grupo que tenha uma carta de crédito mais baixa e, consequentemente, parcelas mais baratas.

5. Acreditar em promessas

Para conseguir realizar uma venda, é comum pessoas e empresas pouco idôneas fazerem promessas que não poderão ser cumpridas. Por isso, é preciso desconfiar delas, pois elas agem de má fé com o intuito de iludir o seu futuro cliente.

Sendo assim, é preciso fugir dos consórcios que ofereçam garantias de contemplação rápida, uma vez que é impossível prever quem serão os cotistas premiados pelo sorteio ou pelo lance. Desconfie, também,das ofertas que prometem o recebimento da carta de crédito em uma data específica.

De forma semelhante, não se deve acreditar nas promessas de lance garantido ou de baixo valor. Afinal, será o consorciado que oferecer o maior montante que será contemplado.

6. Sair do consórcio não é tão simples quanto entrar

Ao aderir a consórcio, o cotista precisa ter muita certeza de sua escolha, pois não é tão simples sair do grupo e receber de volta o dinheiro pago. Sendo assim, é fundamental conciliar as expectativas de aquisição do bem com o tempo de vigência do contrato.

Caso um cotista desista de seu contrato, existem três formas para que ele receba os recursos investidos:

  • por meio da venda de sua cota para um terceiro. Nesse caso, o consorciado deverá manter em dia suas obrigações financeiras e se responsabilizar pela procura de um comprador;
  • ser sorteado como "cancelado", o que pode não ocorrer por se tratar de sorte;
  • comunicar a administradora sobre a sua desistência e esperar até o término do grupo para reaver os valores pagos.

7. Não ter um planejamento financeiro

Para poder conseguir realizar qualquer sonho de consumo, o primeiro passo é desenvolver um planejamento financeiro. Desse modo, é possível criar um plano de ação que o permita ajustar o seu orçamento mensal para economizar dinheiro e alcançar esse objetivo.

Contudo, ao aderir a um consórcio, o cotista deve estar ciente que ele deverá honrar suas obrigações financeiras com o grupo até o término do contrato, o que pode demorar alguns anos. Diante desse compromisso, o consorciado deverá ajustar os seus gastos mensais durante esse período para não se tornar um inadimplente.

Outra falha muito comum é a inexistência de fundo de emergência. O qual, como o nome já propõe, é um recurso que tem como objetivo ser usado em situações inesperadas e de dificuldades.

Como escolher uma administradora?

Como é possível perceber, antes de definir um plano que atenda a todas suas necessidades, o cotista precisa analisar diversas variáveis para não errar em sua escolha. No entanto, muitas delas estão relacionadas à empresa que administrará o grupo. Por isso, para ter a melhor experiência possível, é fundamental escolher uma boa administradora de consórcio.

Como um grupo de autofinanciamento pode durar alguns anos, é preciso que a relação entre a empresa e o cotista seja a melhor possível. Por isso, priorize uma companhia que tenha um bom atendimento e que explique de maneira clara todos os detalhes do plano a ser contratado.

Outro ponto a ser considerado é a credibilidade da operadora. Verifique o tempo de mercado da empresa e a satisfação de seus clientes. Para isso, procure junto aos órgãos de defesa do consumidor a existência de reclamações e a forma que ela lidou com esses protestos.

De qualquer forma, saber como escolher um consórcio é algo muito importante para quem deseja usar essa modalidade de crédito. Afinal, para não cometer erros, é essencial analisar vários detalhes, desde a credibilidade da administradora, até se o seu planejamento financeiro permite a realização desse investimento.

Caso você tenha se interessado em autofinanciar a realização de seu sonho, entre em contato conosco. Com certeza teremos um plano que atenderá todas as suas necessidades. Até mais!